Um registro da memória biográfica do poeta, violeiro e repentista Pedro Costa. É isso que será encontrado no "Poe-mário de Cordéis" que reúne apenas alguns dos mais de 400 títulos do poeta piauiense. Editada pela Série Coleção Nordestina da Associação Brasileira das Editoras Universitárias, a obra será lança-da amanhã, às 19h, no Cine Teatro da Universidade Federal do Piauí.
Para o presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Gonçalo Ferreira da Silva, a publicação do livro representa um marco histórico na vida cultural do país e o "reconhecimento ao talento, perseverança e obstinação de um ponto do povo que ajuda a manter indeléveis as colunas de sustentação da cultura nacional".
Logo no primeiro capítulo do livro Pedro Costa fala sobre o ciclo do cordel no Piauí com a trajetória de Firmino Teixeira do Amara, primeiro poeta da literatura de cordel do Piauí, que teve uma passagem curta pela literatura e deixou apenas 12 obras de cor-déis escritas e publicadas em Belém do Pará, lugar em que viveu e trabalhou parte de sua vida como jornalista.
Na sequência o poeta traz o conceito de cordel. É a partir desse conceito que Pedro Costa manifesta nos títulos selecionados várias temáticas sobre saúde, esporte, política e social. Como exemplos foram publicados no Poemário de Cordéis": "A Batalha do Jenipapo", "Cartilha do Hipertenso", "Vaqueiro do Piauí", "A matemática em Cordel" entre outros que fazem uso do poema popular para tratar de forma didática e também divertida temas da história e do cotidiano.
E para quem não consegue imaginar escrever um período sem usar a letra "A", "E" ou "O", o mestre do repente apresenta de forma inteligente e ousada os seguintes títulos: "Cordel sem a letra A", "Cordel sem a letra E" e "Cordel sem a letra O".
Para que, não conhece a obra do poeta piauiense Pedro Costa o livro que será lançado amanhã é muito além de um resumo do talento desse cordelista, mas uma rica fonte de pesquisa para a literatura de cordel.
É por estas e outras que Pe-dro Costa é considerado um dos maiores divulgadores da literatura brasileira de Cordel e responsável por projetos que elevam essa arte como a criação da Fundação Nordestina do Cordel, a edição da Revista De Repente e ainda o Projeto Cordel nas Escolas, que tem incentivado estudantes a preservar, educar e divulgar essa cultura junto ao público jovem, além de oferecer trabalho e renda para violeiros, emboladores e corde-listas, através das oficinas e apresentações artísticas.
Fonte: 180graus.com
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