CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



terça-feira, 27 de outubro de 2015

HUGO MOTA: O DEPUTADO DA PIZZA (PARTE FINAL)

Por Manoel Belizario

Irei relatar agora
Quanto a CPI gastou
Dizendo estar trabalhando
Mais uma vez enganou
A população, coitada
Que está pra lá de abismada
Com a coisa como passou.
***
Gastaram dinheiro a fole,
Como se diz no sertão,
Com viagens e um contrato:
Nada menos que um milhão
E meio e o resultado
Deixa o povo envergonhado.
É triste a situação.
***
         

Mas a vergonha maior

É ver que a principal,
A classe de Hugo Mota,
De político em geral,
Não sofreu um arranhão
Mesmo sabendo que estão.
No meio do lamaçal.


A missão de Hugo Mota
Não custa nada dizer:
Reunir situação
E oposição pra fazer
O famoso acórdão
E tal negociação
 Só fez o Brasil perder.

***

Assim Eduardo Cunha,
Amiguinho de Hugo Mota,
(E tantos outros corruptos,
Congressistas da patota)
Sai da CPI ileso
O cidadão diz é peso
O que tal ação denota.

***

Chego ao final do poema
Com vergonha e embaraço,
Enquanto Huguinho despeja
Sorrisos, beijos e abraço;
Achega-se ao cidadão
Com uma pizza na mão
Dizendo: “quer um pedaço?”

Parte I

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

FELICITAÇÕES DE ANIVERSÁRIO

O signatário deste blog, Manoel Belizario, recebeu via Facebook o poema abaixo em alusão à passagem de seu aniversário. O mesmo agradece ao autor, o poeta Lucarocas, e reproduz o poema abaixo:

Ainda pelo aniversário...
.
Nesta data celebrada
Desejo felicidade

Que em sua caminhada
Haja então prosperidade
E que junto com os seus
Tenha a benção de Deus
Por toda uma eternidade.
.
Que sonho seja vitória
No caminhar dessa vida
Que tudo então seja glória
Na estrada percorrida
E que seu aniversário
Seja só um breviário
Para a paz que é merecida.
.
Saúde seja constante
Em todo seu caminhar
E todo passo avante
Seja mais um conquistar
E que tudo em sua vida
Tenha a graça merecida
Do exercício de amar.
.
Que a benção do amor
Brote em seu coração
E por onde você for
Leve a paz da oração
E que todo seu sorriso
Traga a luz do paraíso
Na mais sonora canção.
.
Parabéns. Paz e Bem.



Lucarocas
(85) 98897-4497 (oi - WhatsApp)
99666-9396 (Tim)
poeta@lucarocas.com.br

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

IX PRÊMIO COSERN DE LITERATURA DE CORDEL

O Prêmio Cosern Literatura de Cordel faz parte da programação do Circuito Potiguar do Livro e supera o campo da poesia e da arte popular, uma vez, que avança também no resgate dos princípios da cidadania e de uma sociedade mais justa e comprometida com o presente e com o futuro.
Envolve, além dos poetas cordelistas – enquadrados na categoria livre -, a imensa comunidade escolar norte-rio-grandense, formada por estudantes do ensino fundamental e médio.
A participação dos estudantes cresce a cada edição, estendendo-se para as diversas regiões do Rio Grande do Norte. O prêmio revela ainda histórias encantadoras de jovens poetas que, independentemente do meio ondem vivam, demonstram a sensibilidade artística encorpada numa das mais tradicionais manifestações da cultura nordestina.
Com o tema “Consuma energia de forma segura e consciente, não desperdice e preserve o meio ambiente”, o IX Prêmio Cosern Literatura de Cordel receberá inscrições até o dia 08 de janeiro de 2016 e distribuirá aos vencedores troféus e mais de 3 mil reais em prêmios.

Para mais informações consulte nosso regulamento.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

HUGO MOTA: O DEPUTADO DA PIZZA (PARTE I)




Por Manoel Belizario

Eita estado, hein Paraíba?
Há tanto tempo usurpado.
O nome da capital
Em muita goela entalado.
Terra de coronelismo
Onde seu politiquismo
Deixa o povo envergonhado.

Temos jovens deputados
Com pensamento atrasado.
Caminham pela direita
Defendendo o próprio lado.
São filhotes da elite
Por ela não têm limite
O povo é escanteado.

O caso que vou narrar
Mais parece uma lorota:
Se refere a um pizzaiolo:
O deputado Hugo Mota.
De pouca idade e tamanho
Um tamborete de banho
Quem bebe o chama meiota.

Vocês lembram, meus amigos,
Da famosa CPI
Referente à Petrobrás?
Eu vou relembrar aqui.
Esse dito deputado
Foi à presidência alçado.
Espere um pouco, não ri.

Pois é nosso deputado
Chegou com gosto de gás.
Dizendo não ser menino
A um deputado voraz
Que pôs sua ação em cheque
O xingando de moleque.
Espere que conto mais.



Muito brasileiro vendo
Aquela bela atitude.
Pensava consigo agora
Vai gente presa amiúde.
Porém muita pequenez
Se esconde com altivez

À sombra da juventude.

(Continua)

CORDEL EM CAXIAS DO SUL-RS

Via Mala de Romances

Corag lança livros em braile e revista da Academia Caxiense de Letras

CORAG lanca cordel em braile e revista da Academia Caxiense de Letras


FEIRA DO LIVRO – A Corag lançou no dia 16/10, durante a Feira do Livro de Caxias do Sul, duas importantes publicações para a cultura regional. A edição em braile da adaptação em cordel da obra de Simões Lopes Neto, escrita por Arievaldo Viana, e a primeira edição da revista da Academia Caxiense de Letras.
A edição dos cordéis em braile é uma iniciativa da Corag, em parceria com a Faders e TVE. Além dos livros impressos, cada livro foi gravado em áudio, com cd’s que acompanham as obras. O escritor Arievaldo Viana esteve presente no lançamento. O presidente da Corag, Vinicius Ribeiro, ressalta que esta foi a primeira obra em braile editada pela Corag, “Este é mais um passo para a democratização da educação. Dar acesso às pessoas com necessidades especiais a essa obra é uma contribuição à cultura regional e, principalmente, o cumprimento de um dever social que o estado tem perante a comunidade gaúcha”, afirma.
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Como forma de incentivar iniciativas culturais no Rio Grande do Sul que valorizem e difundam a qualidade da produção literária do Estado, a Corag apoiou o lançamento da primeira edição da revista Dante, publicação literária oficial da Academia Caxiense de Letras. A parceria entre as duas instituições permitiu à ACL/RS concretizar o sonho de manter um periódico impresso gratuito para veiculação de entrevistas, artigos, contos, ensaios e resenhas sobre literatura, com caráter didático e de entretenimento, produzidos pelos acadêmicos especialmente para a Dante. 

Adaptação em Cordel da Obra de Simões Lopes Neto


Nascido em Pelotas no ano de 1965, o escritor João Simões Lopes Neto é, graças à sua grandiosa produção literária, considerado o maior autor regionalista do Rio Grande do Sul, valorizando em sua obra os aspectos históricos e culturais do povo gaúcho. Sua literatura teatral, muitas vezes dedicada ao gênero cômico, valorizando o sotaque característico do homem do interior do Estado, chamando a atenção para os problemas cotidianos da vida campeira, lançou as bases para o que hoje se entende por tradicionalismo na cultura gaúcha. Em homenagem aos 150 anos de seu nascimento, a Companhia Rio-Grandense de Artes Gráficas compilou nestas publicações algumas das mais famosas obras do autor pelotense adaptadas em cordel nos versos do poeta cearense Arievaldo Viana e ilustradas pelo artista pernambucano Jô Oliveira, contribuindo para a difusão da literatura simoneana e retratando a força cultural e espontânea de nossa obra nativa.
Fotos: Laudir Dutra
Fonte:http://jornalpontoinicial.com.br/cultura/corag-lanca-livros-em-braile-e-revista-da-academia-caxiense-de-letras/

terça-feira, 20 de outubro de 2015

EDUARDO CUNHA E A ILUSÃO VOLUNTÁRIA (PARTE II)

Por Manoel Belizario

Cunha vinha se elevando
Numa postura voraz
Como um ser honesto, probo,
Mas deixou o rabo atrás
Quando foi a CPI
Sordidamente mentir

No caso da Petrobrás.


(Link)

Negou ter alguma conta
Em paraíso fiscal,
Porém nesse requisito
O bacana se deu mal.
A declaração postiça
Desenterrou na Suiça
Os feitos do marginal.

Enviaram da Suiça
Completa comprovação:
Documentos assinados
Pelo “Senhor da Nação”;
Cópias do passaporte
Passadas como suporte
Das contas do “cidadão”.


(Link)

Disse o Sensacionalista
(Site isento de verdade)
Que Eduardo chorou
Quando viu a novidade.
Pôs logo num gêmeo irmão
Responsabilização
Por tamanha falsidade.


(Link)

Mentira tem perna Curta,
Cunha conhece o ditado.
Depois dessa descoberta
Das contas do desgraçado
Seu feitiço traiçoeiro
Virou contra o feiticeiro.
Eu acho é pouco, safado!

Depois disso cada dia
Nova denúncia aparece.
Eduardo, pelo jeito,
Pra te salvar não tem prece,
Pois até mesmo Jesus
Usaste como capuz,
Porém teu rabo aparece.

Pois é, Eduardo Cunha
Com o status de “crente”
Comprou uma frota de carros
De luxo, evidentemente:
Pôs em nome de “Jesus”-
Uma empresa que conduz.
Pense num homem decente!


(Link)

(CONTINUA)



domingo, 18 de outubro de 2015

AS 200 MIL TONELADAS DE LIXO QUE O GATO COMEU


Por Manoel Belizario

200 mil toneladas,
De lixo, o gato comeu?
A prefeitura de Jampa
Ainda não esclareceu
O tal lixo da Lagoa.
O cidadão não perdoa.
Onde diabo se escondeu?

200 mil toneladas
É todo o lixo final
Recolhido por um ano
Nessa nossa capital.
Pagaram oito milhões
Retirados dos cifrões
Do Governo Federal.

Porém ninguém sabe ainda
Onde o lixo foi parar.
Vereadores procuram
Mas tá difícil encontrar,
Pois esse tal lixo, meu,
Sem rumo se escafedeu
Onde será que ele está?

É possível que tal lixo
Tenha sido abduzido
Por ETs, para estudá-lo,
Ou até mesmo ter sido
Engolido pelo chão
É só ir lá no Japão,
Pode estar lá escondido.

200 mil toneladas
De lixo se esconde sim
Por debaixo do tapete
Guiado por Aladim.
Se foi teletransportado
Para o futuro, coitado
De quem vem depois de mim.

Tudo pode acontecer,
Nessa vã filosofia
Até mesmo se sumir,
Sob a luz do meio dia,
200 mil toneladas
De lixo, tão bem contadas
Pela grande assessoria.

Veja detalhes do caso: http://paraibaja.com.br/reportagem-do-paraiba-ja-sobre-lixo-retirado-da-lagoa-ganha-repercussao-nacional/
https://www.facebook.com/sorrentino90/videos/905225189553181/?pnref=story

sábado, 17 de outubro de 2015

EDUARDO CUNHA E A ILUSÃO VOLUNTÁRIA (PARTE I)

Por Manoel Belizario



Caro leitor este mundo
Hoje pertence à cobiça
Cujo patrono DINHEIRO
Não priva nem a justiça.
O político ladrão
Rouba o lucro da nação
Tenta esconder na Suíça.

Os políticos ladrões
Todos têm um ar angélico.
Jeito gentil, sedutor
De gênio maquiavélico.
Usam o nome de Deus.
O mais novo golpe seus
É o disfarce de evangélico.

O caso a que me refiro
Todo mundo é testemunha.
Falo de um tal de Eduardo
Cujo sobrenome é Cunha.
Da câmara federal
É o presidente atual
Que na lama se rascunha.

Transformado em presidente,
Transvestiu-se num vestal.
Virou-se em um paladino
De bom costume e moral.
Com sanha, gana e artimanha
Esquartejou a entranha
Do Governo Federal.

O Governo (e seus asseclas)
Também comete infração
Isso é de conhecimento
De toda a população,
Mas quem quiser atirar
Pedra deve ou não estar
Livre de corrupção?

Quem "acreditou" em Cunha
"Iludiu-se" porque quis - 
Feito Raquel Sheirazedo,
A “guardiã” do país,
Exaltando todo dia
Seu jogo de hipocrisia
O qual hoje o contradiz.




(Continua)

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

BOICOTE NO CURRAL DO PODERIO

Por Manoel Belizario

Quem não age como GADO
Ou passeia livre em trote
Conhece ou conhecerá
Um BOI, novilho, garrote
Treinado pra perseguir,
Em silêncio te ferir:
 Falo, leitor, do BOICOTE.

O BOICOTE ao se expressar
Não quer ser contrariado.
Pensar com a própria cabeça
Em sua agenda é vetado.
Ele monta seu curral
Quem ali não for igual
Por ele é encurralado.

Foge do independente
Feito o demônio da cruz.
Teme que a ideia livre
Venha ofuscar sua luz.
Vale-se dos poderosos
São gestos sujos, sebosos
Que à sua prática conduz.

Se um independente chega
À redoma de poder
Do BOICOTE o mesmo logo
Trata de se precaver.
Dá seu jeito, prejudica,
Forja provas, falsifica
Para vê-lo escafeder.

Na presença da pessoa
O BOICOTE é invisível.
Seu porta-voz é gentil,
Calmo sincero, sensível.
Coitado do BOICOTADO
Muitas vezes enganado
Por um papo de alto nível.

Se você tem mente livre.
Se és um ser independente
Saibas que muito BOICOTE
Encontrarás pela frente.
Não temas, enfrente o BOI
Pois ele vencido foi

Outrora por muita gente.

Imagem original em www.seagro.go.gov.br

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

O Pequeno Príncipe vira cabra da peste em versão cordel lançada nesta quarta


Fellipe Torres - Diario de Pernambuco
Publicação: 07/10/2015 09:50 


Obra mais famosa de Antoine de Saint-Exupéry é adaptada para o universo do cordel, com personagens típicos da cultura nordestina. Foto: Carpe Diem/Divulgação
Obra mais famosa de Antoine de Saint-Exupéry é adaptada para o universo do cordel, com personagens típicos da cultura nordestina. Foto: Carpe Diem/Divulgação


Não adiantou explicar. Os herdeiros do escritor Antoine de Saint-Exupéry não entenderam muito bem essa história de “literatura de cordel” e, por isso, negaram com veemência uma adaptação de um dos livros mais vendidos do mundo. A recusa frustrou o pernambucano Josué Limeira, cuja obra de estreia foi obrigada a ficar de molho. Agora, 70 anos após a morte de Exupéry e a entrada da produção literária em domínio público, o projeto vira realidade

Na remixagem do clássico, Josué narra a história no formato de sextilhas e conta com dezenas de ilustrações de Vladimir Barros, cujos traços ficam entre a xilogravura e a estética armorial. A forma e conteúdo do texto, aliados aos desenhos, inserem a dupla de autores em um panteão de cordelistas e artistas gráficos dedicados a misturar o enredo de obras universais a características típicas do Nordeste (veja box).


Pelo chapéu de couro com estrelas bordadas, não resta dúvidas: o Pequeno Príncipe é um “pequeno vaqueiro”. Em certo ponto da ficção, a asa branca cantada por Luiz Gonzaga é o pássaro responsável por fazê-lo voar. O rei de Exupéry vira o Rei do Maracatu. O Homem Vaidoso é encarnado pelo Homem da Meia-Noite, figura típica do carnaval pernambucano. “Li o livro na infância, aos 10, 11 anos, e nunca esqueci as frases de efeito, os filmes que adaptam o enredo. Decidi fazer homenagem e misturar a filosofia de Exupéry com a nordestina, um casamento matuto”. 



Para a pesquisadora de literatura de cordel Shirley Ferreira, esse tipo de adaptação vai na contramão da tradição dos poetas cordelistas: “O comum é criar a história dentro do regionalismo, com acontecimentos recentes, na oralidade e escrita. Não é todo dia que um autor se dispõe a pegar um clássico e transformar em cordel. A proposta preserva o encantamento da ficção, a partir de novas maneiras de contá-la e  enaltece o cordel”.



Desde os primórdios do gênero literário, explica o estudioso e cordelista Meca Moreno, é frequente o diálogo com cinema, teatro, mitos religiosos. O cordel não só adapta e é adaptado como bebe na fonte da tradição. “Esse novo movimento, de transformar em cordel obras literárias, sobretudo no formato de livro ilustrado, é muito positivo. Aproxima de crianças, adolescentes e divulga a linguagem para o público em geral”, conclui Meca Moreno.



Virou cordel
Lampião & Lancelote
de Fernando Vilela 
Cosac Naify, 51 págs., R$ 57
Na obra, o inusitado: um cavaleiro medieval desafia um cangaceiro. O embate é, sobretudo, cultural. Nas linguagens do cordel e da novela de cavalaria, Lampião e Lancelote (de O rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda, de Thomas Malory) disputam quem faz o melhor repente, cada um com suas referências. A obra chegou a ser adaptada ao teatro. (“De um velho mandacaru/ Tirou do miolo um cordel/ Invocou o Santo Nas/ Que movimentou o céu/ Abriu um oco no centro/ E pôs todo mundo dentro/ Destas folhas de papel”)



A megera domada em cordel
de Marco Haurélio 
Alexandria, 48 págs., R$ 25
Famosa comédia de William Shakespeare é adaptada para cordel, repleta de bom humor. A história de Petrúquio e Catarina é transportada numa poesia leve e engraçada, misturando o Nordeste do Brasil com a Itália renascentista. 



Alice no País das Maravilhas em cordel
de João Gomes de Sá 
Alexandria, 32 páginas, R$ 37
O clássico de Lewis Carroll é fundido com textos de cordelistas, como Viagem a São Saruê, de Manoel Camilo dos Santos. Na versão do poeta alagoano João Gomes de Sá, o folclore nordestino está presente. Em um trecho, a protagonista cai numa cacimba e encontra um gato repentista, inspirado no cantador paraibano Sebastião Marinho. O Chapeleiro Louco, por exemplo, tem “o mesmo céu estrelado” do chapéu de Lampião.



O corcunda de Notre Dame/cordel
de João Gomes de Sá 
Alexandria, 48 páginas, R$ 25
Ao invés de Paris, ele circula pela cidade nordestina de Santana de Cajazeira. A história guarda semelhanças com a original, de Victor Hugo, mas se adapta à cultura do Nordeste, com a troca de nomes de personagens, costumes e acontecimentos.



Serviço
Lançamento de O Pequeno Príncipe em cordel, de Josué Limeira
Editora: Carpe Diem
Preço: R$ 35
Quando: quarta-feira (07), às 19h
Onde: Hall do Paço Alfândega (Rua da Alfândega, 35, Bairro do Recife)

Fonte: 
Diário de Pernambuco

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

POETA PARAIBANO SEVERINO SERTANEJO - BIOGRAFIA




Luiz Nunes Alves (Severino Sertanejo), poeta popular, nasceu na cidade de Água Branca, Paraíba, em 16 de abril de 1934.
É casado com Dª. Maria Bernadeth Baptista Alves e tem três filhas: Ana Márcia, Mércia Neves e Marta Bernadeth.
Fez o primário no Grupo Escolar "João Nominando", em sua terra natal; o ginasial no Colégio Nossa Senhora do Bom Conselho, em Princesa Isabel e o secundário no Liceu Paraibano. Bacharelou-se em Direito na Universidade Federal da Paraíba, tendo feito o curso de aperfeiçoamento em Agente de Crédito Cooperativo, em 1960, em Fortaleza, Ceará, e o curso de Assistente Jurídico, em 1969, também em Fortaleza, ambos promovidos pelo Banco do Nordeste do Brasil.
Sendo funcionário da Receita Federal, exerceu o cargo de Coletor Federal em Princesa Isabel, de maio de 1960 a fevereiro de 1962, quando passou a prestar serviços no Banco do Nordeste do Brasil S/A, em João Pessoa; a princípio no setor de Crédito Rural e Cooperativo, de 1961 a 1966, integrando, em seguida, o Departamento Jurídico. 
Iniciou sua carreira de servidor do Estado como Caixa de Crédito Imobiliário da Paraíba (1957/60); foi Diretor do Departamento de Crédito Cooperativo (1967/68); Secretário do Planejamento (1970/71).
Em 1º de março de 1971 foi empossado no cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, para o período de 1973/75, chegando a exercer a Vice-Presidência; no período seguinte, foi eleito Presidente, função que exerceu por mais de duas vezes. Participou ativamente de vários Congressos de Tribunais de Contas do Brasil, realizados a partir de 1973, tendo a oportunidade de presidir o 7º Congresso realizado em João Pessoa, no ano de 1975.
Luiz Nunes exerceu a função de Professor de Ciências das Finanças e Direito Financeiro da Universidade Federal da Paraíba e da Universidade Autônoma de João Pessoa, foi Diretor da Faculdade de Direito. Também ministrou aulas na Escola Superior da Magistratura.
Amante das letras escolheu a literatura de cordel como área de estudo, à qual dedica o seu tempo, pesquisando e produzindo trabalhos com muita criatividade e segurança, usando sempre o pseudônimo de Severino Sertanejo. Seus livros têm grande aceitação entre os admiradores e estudiosos do cordel, tendo recebido elogios de personalidades consagradas no meio intelectual nacional, a exemplo de José Américo de Almeida, Orígenes Lessa, Carlos Drumond de Andrade, Câmara Cascudo, D. José Maria Pires, jurista Limonge França, de São Paulo, entre outros nomes de igual relevo.
Luiz Nunes é sócio efetivo da Academia Paraibana de Letras, do Instituto Paraibano de Genealogia e Heráldica; do Colégio Brasileiro das Faculdades de Direito; da Academia de Letras Municipais do Brasil, com sede em São Paulo; 2º Vice-Presidente da Fundação Ruy Barbosa (São Paulo).
Publicou os livros: A Vida de Delmiro Gouveia em versos, UFPB, João Pessoa, 1979; Inácio da Catingueira - O Gênio escravo, SEC, João Pessoa, 1979; História da Paraíba em versos, BNB, Fortaleza, 1984; Copa 94, A União Editora, 1994; Discurso de posse na APL, A União Editora, João Pessoa, 1995; ABC do Administrador (versos), s/ed., João Pessoa, s/d.; Delmiro Gouveia - Uma Estrela na Pedra (versos), IHGP, João Pessoa, 1998; Coisas da minha Sala, Idéia Editora, João Pessoa, 1999; Tabira, (discurso) s/ed. João Pessoa, 2000; Comarca de Água Branca (discurso), s/ed. João Pessoa, 2000; Princesa Isabel: Sua emancipação político-administrativa e judiciária, (discurso), s/ed. João Pessoa, 2001; A Princesa Magalona e o seu amor por Pierre, Imprell Editora, João Pessoa, 2003.
Luiz Nunes ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano no dia 24 de agosto de 1979, recebendo a Comenda do Mérito Cultural "José Maria dos Santos".
Fonte: http://www.onordeste.com/