CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cordelistas do Interior estão na X Bienal Internacional (Ceará)

Representantes da literatura popular cearense mostram as coisas do sertão na programação da mostra

Lucas Evangelista (primeiro à esquerda), um dos poetas que está na Bienal, integra movimento de escritores cearenses FOTO: SILVANIA CLAUDINO

Crateús. Cordelistas do interior marcarão presença no maior evento literário do Ceará. Pela segunda vez, o cordelista Lucas Evangelista, deste município, participará da Bienal Internacional do Livro, que acontece desde a última quinta-feira até o próximo dia 18 em Fortaleza. Ele participará com as suas produções montadas no espaço destinado à exposição dos folhetos. Levará também livros e CDs. Além disso, o Mestre da Cultura ministrará oficinas e, junto com os cordelistas do interior e Capital, atuará na divulgação durante o evento.

"Gostei da participação no ano passado, que foi a minha primeira vez em iniciativas como essa. Vi muitos escritores e me senti reconhecido pelos novos cordelistas, que em muitos momentos se referiam a mim como um nome expressivo na arte do cordel", ressalta o crateuense Evangelista, que iniciou nas lides do cordel ainda na adolescência e de lá não mais parou de produzir ou viajar mundo afora com os seus folhetins.
O Mestre conta que a sua participação na Bienal também consta de homenagem que será feita pelo cordelista Rouxinol do Rinaré, que lançará livro destacando Lucas Evangelista como um dos grandes nomes do cordel no Estado do Ceará.
Adolescente

Lucas escreveu o primeiro cordel aos 16 anos, intitulado "Os Valentões dos Sertões de Maria Pereira" e conta que teve forte influência da mãe, que era apreciadora da arte e das cantorias de viola, naquela época comum nos sertões do município. Antes disso, porém, lembra que ainda criança agregava em torno de si nas noites enluaradas do interior a criançada da vizinhança e os adultos, que apreciavam o seu jeito de contar os causos e estórias. "E muitos me paravam nas estradas pedindo para contar aquelas histórias", lembra. Após trabalhar na lavoura e com o pouco gado que a família tinha foi parar na cidade. Então, iniciou os estudos que logo foram interrompidos pela necessidade de trabalhar. Atuou no comércio antes de enveredar pela arte do cordel, com a produção do primeiro folheto. "Daí não fiz mais outra coisa. Comecei a viver do cordel e ganhei as praças. O cordelista é um homem das praças, do mundo... e assim vivo até hoje", destaca Evangelista. Atualmente, Lucas trabalha o cordel e CD em homenagem ao centenário de Luiz Gonzaga. Com o título "A Visita de Luiz Gonzaga ao Padre Ciço Romão", o cordelista tem viajado a região de Crateús, divulgando e espalhando a sua arte.
Transformar ideias em cordéis sempre foi um dos sonhos de Valmir Pereira dos Santos. Autor de várias obras de literatura popular, o poeta agora tem a oportunidade de expor parte de sua produção na X Bienal Internacional do Livro do Ceará.
"Foi mais um passo importante que aconteceu na minha vida", disse. "Uma oportunidade de conhecer outros autores, trocar ideias e fazer intercâmbio com os leitores". O cordelista reside em Cedro, no Centro-Sul do Ceará, e contou que escreve desde pequeno. Como profissional foi a partir de 2004.
Valmir dos Santos lançou seus primeiros cordéis em 2006 e de lá para cá já se foram várias edições. Dentre os seus títulos publicados estão: ´Pessoas do bem, promovendo a paz´; ´O preço da mentira´; ´Lula antes, Lula depois´; ´O diálogo das raças´; ´A saga do país do faz-de-contas´; ´O mensalão´; ´O símbolo da vida´; ´A indústria da fé´; ´Os marqueteiros da fofoca´; ´Vida e Obra do Rei do Baião´; e ´A garra das patrulhas´.
Ele fez questão de ressaltar que, em seus textos, procura abordar assuntos que tratem da realidade, dos problemas do dia a dia. "Escrevi sobre mensalão, preconceito, adoção. Temas sobre a vida real". Valmir trabalha na Secretaria de Educação do município, onde desenvolve projetos nas áreas de esporte e literatura. É autor do livro ´Canção de Amor´, escrito em 2006.
O poeta nasceu na Bahia, mas morou por 22 anos em Manaus. No Amazonas, foi motorista, funcionário público, agente de saúde, coordenador de feiras e mercados e assessor político. Depois de morar e passear em outras cidades, o coração o prendeu em Cedro. "O meu maior sonho é um mundo melhor para todos, sem preconceito e com direito à vida com dignidade", disse. Além de escrever literatura de cordel, ele também faz palestras em escolas alertando para o perigo das drogas.
Nas estrofes de Valmir, a cultura brasileira não é esquecida. Uma prova disso é o cordel "Vida e obra do Rei do Baião", o saudoso Luiz Gonzaga, que no próximo dia 13 de dezembro completaria 100 anos de vida. "O Estado de Pernambuco/ Recebe seu filho Gonzaga/ Com sete anos de idade/ Luiz pegava na enxada/ Mas, sua prioridade/ Era uma sanfona "xonada...", diz a obra escrita em 2007.
Mais Informações: X Bienal Internacional do Livro do Ceará - Até dia 18 de novembro - Centro de Eventos - Fortaleza - Ceará
SILVANIA CLAUDINO
REPÓRTER

Fonte: Diario do Nordeste

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

IPHAN CONVIDA CORDELISTAS PARAIBANOS PARA ENCONTRO EM CAMPINA GRANDE NO DIA 12/12/12

Caros amigos recebi este email o qual repasso. É um convite do IPHAN a todos os cordelistas paraibanos para participar de um encontro em Campina Grande no dia 12/12/12 por uma causa muito nobre relativa ao cordel, peço que divulguem e repassem aos poetas de cordel de toda a nossa Paraíba.

 

Prezado Manoel,

Meu nome é Emanuel, sou funcionário do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) da Paraíba.

Não sei se você sabe, mas desde 2010 existe uma solicitação de Registro da Literatura de Cordel como Patrimônio Cultural do Brasil, causa mais do que merecida. Estamos organizando um encontro entre cordelistas paraibanos, da velha e da nova geração, para debater a proposta de Registro, trocar experiência e informações, provavelmente no dia 12 de dezembro deste ano.

Conheci seu blog e seus interesses no assunto e gostaria de saber se deseja participar do encontro e se pode nos indicar nomes de contatos-chave de cordelistas presentes nas diversas microrregiões paraibanas.

Agradeço antecipadamenta a atenção,

Emanuel Braga – email: eobraga@yahoo.com.br

 

Técnico em Ciências Sociais

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Superintendência Estadual da Paraíba

sábado, 25 de agosto de 2012

Novo cordel de Hailton Mangabeira é lançado durante o XII Congresso de Odontologia do RN

A convite da professora Íris do Céu da Faculdade de Odontologia da UFRN, meu novo cordel "Um Sorriso abre Caminhos" foi lançado durante o XII Congresso de Odontologia do RN, que está ocorrendo de 23 a 26 de agosto no Centro de Convenções de Natal. O tema do congresso: Impacto da Tecnologia na Prática Odontológica.

Fonte

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Unilab promove 1ª Feira do Cordel do Maciço de Baturité (CE)

Fonte: Portal Vermelho

A Unilab realiza, nesta quarta-feira (01/08), a 1ª Feira do Cordel do Maciço de Baturité, em parceira com a Associação de Escritores da Região do Maciço de Baturité (AESCRIBA). O evento conta com a participação de grandes nomes da literatura popular, como Geraldo Amâncio, Klévisson Viana, Tião Simpatia, Zé Maria de Fortaleza, Jesus Sindeaux, Ari Bandeira e Paulo de Tarso. A feira acontece a partir das 18h30, no pátio do Bloco Administrativo.

Durante a programação, os participantes vão assistir a recitais e cantorias, conferir exposições de livros de literatura de cordel e folhetos, além de participar de uma roda de conversa sobre cultura popular com os artistas. Segundo o coordenador de Arte e Cultura, Fernando Leão, a feira vai ser um espaço de divulgação da poesia, sendo uma oportunidade para que os cordelistas apresentem seus trabalhos.
Os poetas e cordelistas interessados em participar da exposição devem chegar às 18h e trazer os materiais. A Unilab vai oferecer estrutura para os artistas. Não é necessário fazer inscrição.
O poeta Klevisson Viana é um dos participantes da feira na Unilab. “É uma iniciativa interessante. Vamos dar uma força para que esse evento aconteça outras vezes e estamos torcendo para que tudo dê certo”, afirma Klevisson.

Klévisson Viana
Klévisson Viana, natural de Quixeramobim, é poeta da literatura de cordel. É membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC) e cartunista e editor, proprietário da Tupynanquim Editora, de Fortaleza, Ceará. É autor de muitos sucessos da literatura de cordel, entre os quais o “Romance da Quenga que Matou o Delegado”, adaptado para o programa Brava gente!, da Rede Globo.

Geraldo Amâncio
Geraldo Amâncio nasceu na região rural do município de Cedro, Ceará, em 29 de abril de 1946. Há mais de 40 anos trabalha fazendo cantorias. Tem cerca de 20 folhetos em cordel, além dos livros publicados “De Repente Cantoria”, “Cantigas Que Vêm da Terra” e “Gênios da Cantoria”. É membro da Academia Brasileira do Cordel e integrante da “Casa do Cantador”, em Fortaleza. Atualmente, apresenta o programa na TV Diário “A Sanfona e a Viola”, aos domingos, tendo a viola como protagonista. Geraldo é também sonetista, autor de textos como “Reencontro” e “Romaria” do livro “Cantigas que Vêm da Terra”.

Tião Simpatia
Tião Simpatia é cantor, compositor, repentista e arte educador. É autor do tema da “Lei Maria da Penha” e da Campanha Nacional “Criança Não É de Rua”. Iniciou sua carreira aos 15 anos de idade no interior de Granja, Ceará, e posteriormente, Camocim. Participou de vários festivais de música e repente em todo o Nordeste. Tem seis Cd’s lançados e um DVD intitulado: “Mulher de Lei” cujo repertório é todo focado no universo feminino, com ênfase na Lei Maria da Penha. É filiado à Ordem dos músicos do Brasil (OMB); e à Associação dos Cantadores do Nordeste (ACN).

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domingo, 29 de julho de 2012

Prêmio Cosern Literatura de Cordel deixa grade da Feira do Livro de Mossoró

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Fonte: Omossoroense

Os vencedores do VI Prêmio Cosern Literatura de Cordel não serão mais conhecidos na abertura da Feira do Livro de Mossoró, dia 8 de agosto, como previsto. A organização decidiu adiar o término das inscrições de trabalhos de 9 deste mês para 13 de setembro, e a divulgação do resultado para dia 23 de outubro, na Feira de Livros e Quadrinhos de Natal (Fliq), com entrega da premiação dia 25 de outubro.
Membro da equipe de produção da Feira do Livro de Mossoró, Betânia Lima explica que o adiamento ocorreu devido à intenção de receber mais obras de cordel para o concurso, principalmente de alunos dos ensinos médios e fundamental, já que esse recebimento foi comprometido pelas férias de julho, mês inicialmente previsto para as inscrições.
"O objetivo é envolver mais os estudantes e receber mais trabalhos, daí, a prorrogação do prazo de inscrições para mobilizarmos o aumento da participação", justifica Betânia, esclarecendo que a literatura de cordel continuará com espaço privilegiado na Feira do Livro de Mossoró, com oficinas e participação de escritores, com Antônio Francisco, dia 12 de agosto.

FORMATO
O VI Prêmio Cosern Literatura de Cordel é dividido em três categorias - Ensino Fundamental, Ensino Médio e Categoria Livre -, tem como tema este ano "O que é ser cidadão" e distribuirá aos vencedores troféus e mais de 4 mil reais em prêmios.
Além da premiação, como nos anos anteriores, os três melhores trabalhos de cada categoria serão reunidos em um livro, cuja distribuição será feita entre as bibliotecas da rede pública de ensino do Rio Grande do Norte.
Além dos poetas cordelistas, enquadrados na categoria "livre", o concurso envolve a comunidade escolar norte-rio-grandense, formada por estudantes e professores do ensino fundamental e médio.
Literatura de cordel, também conhecida no Brasil como folheto, é um gênero literário popular escrito frequentemente na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos.
Para inscrever trabalhos, o candidato deve imprimir a ficha de inscrição, na página na internet www.premiocordel.com.br, e encaminhá-la à rua Pastor Jerônimo Gueiros, 1400, CEP 59020-620, bairro Tirol, Natal, endereçada a Prêmio Cosern de Literatura de Cordel.

Futebol em Cordel

Escrito por Gabriella Hauber. Postado em Curiosidades

26 de June de 2012

Via : Praler.org

O esporte que é paixão nacional já inspirou muita gente (como já falamos aqui, aqui e aqui). Campo, gramado, bola, jogadores e gol já foram retratados em pinturas, livros, filmes, cinema e por aí vai. Sendo o cordel uma das maiores expressões da cultura popular brasileira, não podia deixar de lado o esporte mais conhecido e praticado no Brasil. Muitos cordelistas se inspiraram no futebol para escrever seus versos curtos e ritmados, numa linguagem descontraída. Confira alguns trechos:

Cordel do Futebol, Gustavo Dourado
Pelé, Garrincha, Didi
São gênios do futebol
Ronaldo e Ronaldinho
São estrelas do arrebol
Futebol multipoesia:
                    Gira a bola como um sol…                                          

Histórias das Copas do Mundo em Cordel, participação de 18 poetas
O futebol pelo mundo
É uma forte paixão.
E sua Copa do Mundo
É momento de emoção,
Completam-se oitenta anos
Da sua realização

Torcida organizada, tragédia anunciada, Antonio Barreto
Gente de todas as classes
Em perfeita comunhão
O estádio era de todos
Sem haver separação
Quando o jogo terminava
Só rolava gozação.

A derrota da seleção em cordel, Orlando Paiva
Versarei em Cordel
Sobre nossa seleção.
Na Copa América
Teve pífia atuação.
Seu futebol desapareceu

Futebol no inferno, José Soares
No futebol do inferno
Está grande a confusão.
Vai haver melhor de três
Pra ver quem é campeão,
Se o time de Satanás
Ou o Clube de Lampião

A literatura de cordel e os horizontes inovadores para a escolarização do leitor

Fonte: Campo Grande News

Durante décadas, a didática do ensino da leitura foi norteada por modelos teóricos tradicionais. Com isso, o ensino dessa competência linguística primava pela decodificação. Destacava-se, sobretudo, a ausência da diversidade textual. Essa situação ocorria não só nas práticas pedagógicas, como também nos Livros Didáticos [LDs]. Nos dias atuais, pode ser percebida uma nova posição em face da diversidade/ seleção textual. Contudo, nem sempre essa postura esteve presente no processo de escolarização brasileiro.

Nos anos 80, ocorrem mudanças nos parâmetros norteadores do ensino, rompendo, desse modo, com tendências mecanicistas e tecnicistas. De acordo com Albuquerque (2006), as discussões atinentes ao ensino da leitura expandiram-se consideravelmente nessa década. Essas discussões e estudos são provenientes de diversos campos de investigação, tais como: Ciências da Educação [Pedagogia], Ciências da Linguagem [Linguística], Ciências Psicológicas [Psicologia, Psicologia Cognitiva etc.], Filosofia, Sociologia etc. (ALBUQUERQUE, 2006). Tendo como pano de fundo esse contexto paradigmático, eclodem novos fundamentos teóricos, que respaldam novas estratégias de ensino.

Destaca-se, primeiro, a eclosão de uma nova concepção de leitura de cunho sociointeracionista e pragmático-enunciativa. Esta, consoante Koch & Elias (2006), assume a condição de atividade de construção/ elaboração de sentido, acompanhada de novos enfoques e estratégias de ensino. Tudo isso, pautando-se em posturas linguísticas, cognitivas, dialógicas, interativas e sociais (KOCH & ELIAS, 2006). Destaca-se, ainda, a proliferação das discussões concernentes aos Gêneros Textuais e à Diversidade Textual. É nesse contexto que se fala na utilização dos gêneros textuais como suporte didático nos processos de ensino e de aprendizagem. Esses novos paradigmas têm sido adotados não só pelos mais recentes Livros Didáticos [LDs], mas, sobretudo, pelas práticas de ensino.

Dentre os gêneros que têm ganhado um amplo espaço nas pesquisas acadêmicas, destaca-se a Literatura de Cordel. A Literatura de Cordel pode ser conceituada como uma poesia de cunho/ teor popular, construída, linguísticamente, com base na cultura da raça humana (FONSÊCA & FONSÊCA, 2008). Isto é, esse tipo de literatura tem como fio condutor as produções materiais e imateriais das espécie humana, sendo marcada ideologica e socialmente. Ao fazer isso, o Cordel desconsidera a classe social, englobando, assim, o fazer do ser humano, independentemente, das suas origens. Ou seja, essa literatura aborda as construções/ produções humanas sejam elas provenientes das camadas menos favorecidas economicamente ou das camadas abastadas da sociedade. Seus versos lançam mão de versos, métricas e rimas que abrangem diversos tipos de temáticas, tais como, histórias fictícias, lendas, mitos etc.

Algumas dessas histórias são provenientes de gerações anteriores, mas chegam aos dias atuais em função do povo e das suas memórias. No entanto, seus versos não se limitam a esse tipo de temáticas, mas também englobam aos temas de cunho social, levando para o âmbito educacional temáticas de suma importância para a formação dos discentes brasileiros (BENTES, 2004). Temáticas estas que contribuem para a inserção desses sujeitos na prática de ações de transformação social. Partindo desse pressuposto, a partir das temáticas abordadas pela Literatura de Cordel, ela contribui para a inserção dos alunos no exercício pleno da cidadania.

É nesse sentido que a utilização da Literatura de Cordel como suprorte didático nos processos de ensino e de aprendizagem, mais especificamente, na didática do ensino da leitura é algo de fundamental importância, na medida em que esta transcende a perspectiva da decodificação e da reprodução de signos. A Literatura de Cordel traz à tona uma perspectiva de múltiplos olhares, que leva o aluno a atribuir sentido e contruir significados em face do texto, atentando para as mais diversas problemáticas presentes na realidade circundante. Tudo isso contribui de forma significativa para que o discente assuma um papel ativo na construção social do conhecimento.

Referências

ALBUQUERQUE, E. B. C. . Mudanças didáticas e pedagógicas no ensino da língua portuguesa: apropriações de professores. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.

BENTES, A. C.. Linguagem: práticas de leitura e escrita. São Paulo: Global - Ação Educativa Assessoria,Pesquisa e Informação, 2004.

FONSÊCA, A. V. L. ; FONSÊCA, K. S. B. . Contribuições da literatura de cordel para o ensino da cartografia. Revista Geografia, v. 17, n. 2, Londrina, 2008.

KOCH, I. G. V.; ELIAS, Vanda M. . Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.

(*)Silvio Profirio da Silva é Graduando em Letras pela Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE. Email: silvio_profirio@yahoo.com.br

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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Creusa Meira ganha concurso de Cordel

Fonte: Verso & Reverso

(1º Prêmio do Concurso Rádio Sociedade da Bahia, neste ano de 2012)

                                        Creusa Meira (*)

 

O Nordeste brasileiro

Pela seca, castigado

Não se dobra às intempéries

Nem se sente injustiçado

Ao contrário, mantém viva

A riqueza que cultiva

Nos anais de cada estado

.

Os estados que compõem

Esta vasta região

Desde Rio Grande do Norte

Sergipe, Bahia, vão

Paraíba, Ceará

Piauí, Alagoas a

Pernambuco e Maranhão.

.

Neste pedaço de chão

A alegria predomina

Nos festejos populares

Que a tradição ensina

A deixar a chama acesa

Irradiando a beleza

Da cultura nordestina

.

Um traço que determina

Neste tão belo cenário

Ativa nossa memória

Inspira o imaginário

Lembrança que nos afaga

Do mestre Luiz Gonzaga

No ano do seu centenário

.

O filho de Januário

Nasceu, cresceu no sertão

De Pernambuco saiu

Sem ter do pai, permissão

Foi mais tarde, consagrado

No Brasil considerado

O eterno Rei do Baião.

.

Nordeste é a região

De destacados luzeiros

São nomes que repercutem

No cenário brasileiro

Da música, literatura

Danças, ritmos, cultura

Correndo o mundo inteiro

.

E no versejar ligeiro

Faço a minha homenagem

Aos poetas populares

Que deixam sua mensagem

Cantando com maestria

Transformam dor em poesia

Dificuldade em coragem

.

Faço também a viagem

Pelos cercos do passado

Revivendo os costumes

Que ficaram preservados

Construindo a história

Na lembrança, na memória

Um tempo eternizado

.

Festa de São João, reisados

Pau de sebo, carnaval

Quadrilha, bumba meu boi

Fogueiras no arraial

Comidas, artesanato

Folguedos que são de fato

Um celeiro cultural..

(*) Creusa Meira é poeta de cordel, natural de Dom Basílio (BA), residente em Salvador. Apaixonou-se pela literatura de cordel, após contato com a poesia de Patativa do Assaré e os escritos de seu Pai Né Meira (bandolinista), que escreveu Diários e ABCs em sextilhas e os esqueceu entre papéis guardados. Com o advento do Cordel na internet participou de um festival de versos virtuais e um concurso de Cordel.

Projeto da FCJA inicia pesquisa para compor Acervo de Literatura de Cordel – João Pessoa PB

Foto: Secom-PB

A Fundação Casa de José Américo, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Cultura, deu início à etapa de pesquisa do projeto “Formação Inicial do Acervo de Literatura de Cordel Leandro Gomes de Barros”, que foi aprovado pelo Fundo Municipal de Cultura da Prefeitura de João Pessoa.

O objetivo do projeto é formar um acervo especializado em literatura de cordel e obras literárias afins, para preservar a memória da cultura popular regional e disponibilizá-lo ao acesso público. Serão beneficiados pesquisadores, estudiosos, acadêmicos, literatos, jornalistas, artistas, turistas, incentivadores da cultura nordestina, além dos interessados no estudo de literatura popular.

Na prática, o projeto reunirá a produção literária de cordel e obras afins, visando à ampliação das fontes bibliográficas da Biblioteca da Fundação Casa de José Américo. Isso implicará na pesquisa dos folhetos de cordel e obras literárias correlatas existentes nos centros editoriais do Brasil para aquisição e organização sistemática para pesquisa e divulgação por meio da publicação de um catálogo.

Com previsão de execução no período de seis meses, o projeto será desenvolvido em cinco etapas sucessivas: pesquisa, seleção, aquisição, processamento técnico e elaboração de um catálogo. O projeto foi elaborado pela equipe da Biblioteca Dumerval Trigueiro Mendes, ambos do Departamento de Pesquisa da Fundação Casa de José Américo.

Leandro Gomes de Barros – A escolha do nome do projeto é uma homenagem ao cordelista paraibano Leandro Gomes de Barros, pioneiro na Literatura de Cordel, no formato impresso.

No contexto da História da Cultura Nordestina, Leandro é considerado o patrono da Literatura Popular em Verso. Paraibano de Pombal, onde nasceu dia 19 de novembro de 1865, foi o primeiro a publicar, editar e vender seus folhetos. Uma das características marcantes é que seus folhetos tratam de uma grande diversidade de temas universais que abordam assuntos variados, desde a descrição da vida nordestina de sua época, reclamações sobre o governo, crítica à carestia, às guerras e ao desregramento da sociedade, sempre em tom de sátira e ironia.

Leandro faleceu em Recife, no dia 4 de março de 1918.

Fonte: Governo da Paraíba

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Parnamirim (PE) terá o I Concurso Público de Literatura de Cordel

maisparnamirim

Parnamirim terá o I Concurso Público de Literatura de Cordel. O lançamento foi feito pela Secretaria de Educação que espera com isso divulgar e incentivar a cultura. O tema do concurso é “100 anos do Nascimento de Luiz Gonzaga” e as inscrições podem ser feitas a partir de hoje, 23, até o dia 24. Cabe aos diretores das escolas públicas e privadas entregar na coordenadoria de Gestão Escolar da SEMEC, as obras pré-selecionadas em cada instituição. As inscrições são gratuitas.
Cabe à cada instituição fazer a seleção dos 3 melhores trabalhos elaborados por seus alunos em cada categoria. Cada aluno poderá inscrever apenas uma obra de sua autoria. As obras devem utilizar o estilo sextilha, ou seja: estrofes
de seis versos de sete sílabas poéticas, rimados nos versos pares. Cada obra inscrita deve ter um número mínimo de 12 (doze) estrofes, e um número máximo de 16 (dezesseis) estrofes.
O concurso vai oferecer premiação aos vencedores. O 1º lugar receberá certificação, medalha de honra ao mérito, kit obras de literatura de cordel, de autores acadêmicos da ANLIC, um livro
do autor José Acaci e 01 (uma) bicicleta. O  2º lugar: certificação, kit obras de literatura de cordel de autores
acadêmicos da ANLIC, um livro do autor José Acaci e 01 (um)
DVD. O 3º lugar: certificação, kit obras de literatura de cordel de autores
acadêmicos da ANLIC, um livro do autor José Acaci. Já os professores de Língua Portuguesa e/ou polivalentes
orientadores na elaboração das Obras Literárias de Cordel serão
premiados com uma certificação de 40 horas. A premiação será no dia 13 de dezembro.
Mais informações podem ser obtidas no edital do Diário Oficial do dia 20 de julho, no site da prefeitura.

Poeta de Boqueirão (PB) ganha Concurso de Cordel

Fonte: Associação Boqueirãoense de Escritores

No último mês de junho, onde são comemorados os festejos juninos, a coordenação diocesana da Pastoral da Pessoa Idosa de Campina Grande lançou o Concurso de Literatura de Cordel para a Terceira Idade. A representante da Pastoral, Aparecida Souza, falou acerca do concurso e lembrou que 15 pessoas participaram da edição deste ano. O vencedor da disputa, Antônio Travassos Sarinho falou sobre a satisfação em receber a primeira colocação, com o cordel “A chave do Cadeado”.

- Sou poeta quando não estou trabalhando na zona rural. Para escrever uma história me inspirei em um tio que era ‘amarrado’ – ponderou ele.

O cordel publicado pela Gráfica Universitária da UEPB está à venda na Feira Livre, no Box Quielcell, pelo valor simbólico de R$ 2,00.

Ainda no mês de junho, o poeta teve dois cordéis publicados pela Cordelaria Poeta Manoel Monteiro. São eles, “Como é bela a poesia” e “Os 5 mandamentos do político mau”. Esses também podem ser adquiridos na Feira Livre.

Antonio Travassos Sarinho é agricultor e membro da ABES (Associação Boqueirãoense de Escritores).

domingo, 22 de julho de 2012

Luiz Gonzaga é tema do concurso de Literatura de Cordel

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Fonte

Com o tema 100 anos do Nascimento de Luiz Gonzaga, a Secretaria de Educação de Parnamirim vai promover o I Concurso Público de Literatura de Cordel da cidade. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas do dia 23 a 24 desse mês. Poderão participar os alunos das redes pública e privada de ensino de Parnamirim, desde que estejam cursando o ensino fundamental ou Educação de Jovens e Adultos.

Os diretores das escolas deverão fazer a seleção dos três melhores trabalhos elaborados por seus alunos em cada categoria. Cada aluno poderá inscrever apenas uma obra de sua autoria. Os alunos do ensino fundamental (5º ao 6º anos) participarão na categoria 1. Os alunos do ensino fundamental (7º ao 9º anos) participarão na categoria 2.  Os alunos da EJA participarão na categoria 3. Os alunos/autores concorrerão com outros alunos inscritos O primeiro colocado receberá certificação, medalha de honra ao mérito, kit obras de literatura de cordel, de autores acadêmicos da ANLIC, um livro do autor José Acaci e uma bicicleta.

O 2º lugar receberá certificação, kit obras de literatura de cordel de autores acadêmicos da ANLIC, um livro do autor José Acaci e um DVD. E, o 3º lugar: certificação, kit obras de literatura de cordel de autores acadêmicos da ANLIC, um livro do autor José Acaci.

Os professores de Língua Portuguesa e/ou polivalentes orientadores na elaboração das Obras Literárias de Cordel serão premiados com uma certificação de 40 horas.

sábado, 21 de julho de 2012

Academia de Cordel quer criar “Cordeltecas” em outros estados


Gonçalo Ferreira na biblioteca da Academia Brasileira de Literatura de Cordel: local abriga quase 200 mil títulos
Foto: Laura Marques / Agência O Globo

Presidente da ABLC acredita ser possível implantar literatura popular em bibliotecas de todo o mundo

Fonte: O Globo

RIO — Quando fundou a Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), em 1988, o escritor Gonçalo Ferreira da Silva pretendia preservar a tradição do cordel e, aos poucos, internacionalizar este tipo de literatura tipicamente brasileira. Depois de reunir um acervo com cerca de 200 mil folhetos na sede, em Santa Teresa, e fazer palestras na África e na Europa, o presidente da entidade quer implantar bibliotecas de literatura de cordel por todo o Brasil. E, quem sabe, até expandir os limites para fora do país.

— Quero implantar uma “cordelteca” na biblioteca do congresso americano — sonha alto.

Além do Rio de Janeiro, o projeto já saiu do papel no Rio Grande do Norte e no Ceará, estado natal do escritor. A ideia é espalhar as “cordeltecas” por todas as unidades da federação.

— O cordel é uma coisa do povo para o povo. Existe academia de luta, por que não pode existir de cordel? — indaga.

A relação de Ferreira com a cultura popular começou cedo: aos 10 anos, já fazia repentes em Ipu, interior cearense. Aos 14, quando chegou ao Rio, foi trabalhar com um senhor, que, quatro anos depois, levou-o para trabalhar na Rádio MEC. Foi auxiliar de portaria, contínuo e chegou a redator, fazendo o noticiário da meia-noite. A paixão pela escrita e as raízes culturais nordestinas trilharam o caminho para que, em 1978, publicasse o primeiro cordel. Desde então, escreveu aproximadamente 200 obras, traduzidas para línguas como alemão e inglês. O folheto sobre Mahatma Gandhi, o centésimo da trajetória de Ferreira, pode ser encontrado até em japonês.

— Estou fazendo um sobre Hiparco (astrônomo da Grécia antiga) para uma coleção sobre ciência — diz.

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Cordel terá espaço especial na Feira do Livro de Mossoró de 2012

Fonte: omossoroense

Embora ainda sem programação oficial divulgada, a direção da 8ª Feira do Livro de Mossoró confirma que realizará oficina "Aprenda o que é cordel", dia 10 de agosto, uma sexta-feira, com objetivo de ensinar as técnicas de como compor um cordel e explicar a diferença entre o cordel brasileiro e o lusitano, entre outras técnicas.
O evento será realizado entre os dias 8 e 12 de agosto, no Centro de Exposições e Eventos de Mossoró (Expocenter), com expectativa de público de mais de 70 mil visitantes. A oficina "Aprenda o que é cordel" abordará assuntos: história da literatura de cordel, algumas "regras" para escrever um cordel e tantos outros.
A oficina vai ser facilitada pelo cordelista Izaías Gomes, e dispõe de 30 vagas. A atividade começará a partir das 16h, e as inscrições podem ser feitas pelo email bethania@oficinadanoticia.com.br, a indicação é que enviem o nome completo, a idade e o nome da escola e/ou faculdade/universidade.
A oficina é mais um espaço dedicado à literatura de cordel na Feira do Livro. Outro espaço será o VI Prêmio Cosern Literatura de Cordel, dividido em três categorias – Ensino Fundamental, Ensino Médio e Categoria Livre – e que distribuirá aos vencedores troféus e mais de 4 mil reais em prêmios.
Tem como este ano "O que é ser cidadão". Além da premiação, os três melhores trabalhos de cada categoria serão reunidos em um livro para distribuição em bibliotecas da rede pública de ensino do Rio Grande do Norte.
O vencedor será conhecido na abertura da Feira do Livro de Mossoró, dia 8 de agosto. Segundo a organização, o Prêmio Cosern Literatura de Cordel extrapola o campo da poesia e da cultura popular, já que avança nos princípios de resgate da cidadania e de uma sociedade mais justa e comprometida com o presente e o futuro.

DIVERSIDADE
Uma diversa grade de atividades já está sendo preparada e discutida entre convidados e organização da Feira do Livro. Serão oficinas temáticas, palestras, bate-papos, lançamentos de livros e quadrinhos, apresentações teatrais e musicais, exposições de livros, de quadrinhos e cordéis para venda e ainda outras surpresas estarão reservadas para o evento.
Alguns convidados já estão confirmados na FLM, entre eles: o jornalista e escritor Lira Neto; a filósofa Márcia Tiburi; o desenhista Geraldo Borges e o cordelista Izaías Gomes. Outros nomes estão sendo convidados e serão confirmados até o fim do mês, quando deverá ser liberada a programação completa da Feira.
Durante os dias do evento, o pavilhão da Expocenter funcionará com mais de 40 estandes e várias livrarias e editoras já confirmaram presença no evento. Para os cordelistas e sebistas da região, a organização da Feira do Livro de Mossoró separou alguns espaços para doação, possibilitando a participação deles na programação.

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domingo, 15 de julho de 2012

Criada Academia Pernambucana de Literatura de Cordel

Fonte: Fundação Casa da Cultura

Na 5ª feira passada, dia 05 de julho, em reunião na sede provisória da entidade, na Rua Guaianazes, no bairro de Campo Grande, na zona norte do Recife, foi criada a Academia Pernambucana de Literatura de Cordel. Na ocasião, foi eleita a primeira diretoria da entidade com a participação dos acadêmicos:

Presidente: Ana Ferraz
Vice-presidente: Altair Leal
Tesoureiro: Cobra Cordelista
Secretário: Rivani Nazário
Conselho Fiscal: Adelmo Vasconcelos e Jean Lima

sábado, 14 de julho de 2012

Diversidade de quadrinhos e cordel no Café Literário desta quarta-feira

O livro João Trocado foi uma criação do cordelista Ribamar dos Santos, de Gurupi

Fonte Surgiu.com.br

No Café Literário desta quarta-feira, 11, na FLIT – Feira Literária Internacional do Tocantins, teve gramática em quadrinhos e a história de João Trocado, o vaqueiro do Diabo, este literatura de cordel.
A gramática com linguagem simples e divertida, ensinada por personagens criados pelo próprio Geová Silva de Oliveira, que já tem nome e tradição com a linguagem das figuras. O livro João Trocado foi uma criação do cordelista Ribamar dos Santos, de Gurupi, que apresentou de forma singela o seu sexto livro de cordel e o quarto sendo lançado na FLIT.
Para Ribamar, foi uma forma de divulgar o cordel, trabalho que ele realiza todas as semanas em Gurupi. Uma das pessoas que participou do lançamento dos livros foi o estudante, Nicolas de Medeiros Silva Lima, 12 anos, do Colégio João de Abreu, em Novo Alegre do Tocantins.
O estudante se encantou com a feira, com os livros, com a movimentação, disse que vai ler alguns livros, mas confessa que está sendo negligente em relação à leitura. O que ele gosta é de participar das aulas de Educação Física.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

CORDEL DE SAIA NO CONSULADO AMERICANO

Nota do blog Cordel de Saia

Dalinha Catunda e Rosário Pinto, convidadas pelo consulado americano estiveram presentes à festa de aniversário de Independência dos Estados Unidos da América realizada em 03 de julho de 2012, no Palácio da Cidade. O evento contou com apresentação de um grupo do corpo de fuzileiros navais dos EUA e grupo musical de jazz.

*

Confira nas fotos nossa participação ao lado de outros participantes com quem travamos contato e trocamos informações.

Debra Mckern - do consulado Americano

Marisa Calnag – Representante do CNFCP

Dalinha Catunda Representando os blogs:

Cordel de Saia e Cantinho da Dalinha

Rosário Pinto Representando os blogs:

Cordel de Saia e Rosário e Cordel.

Jeruza Reis – representando a JOIGLOBAL

Fotos do acervo de Dalinha Catunda

Da direita para esquerda:Marisa, Dalinha, Debra Rosário

Da esquerda para direita: Marisa, Dalinha, Rosário, Jerusa

Rosário Pinto e Dalinha Catunda com os Fuzileiros Navais dos EUA

quinta-feira, 12 de julho de 2012

VERSOS PARA ROSÁRIO

Por  Manoel Belizario

Conquistou nossa amizade
Embelezando o cenário.
Mora em nosso coração
Sem pagar nenhum salário.
De quem é que estou falando?
De Maria do Rosário.

Pessoa especial –
Cujo saber é tão vário...
Sua ação em nosso meio
Surge como um relicário
De ternura e amizade –
É Maria do Rosário.

Maria, um dom ou magia
Seu universo diário
É repleto de alegria
Traz ao nosso imaginário
Tanta emoção sadia
Não existe outra Maria
Como esta do Rosário.

Em meu nome e em nome dos amigos: Fabiano Serrano, Annaclara Nunes e Ezequias Gonçalves.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Veredas de Sombras - Literatura de Cordel - Antônio Francisco

Fonte: skoob

Um admirável Antônio Francisco novo. Assim podemos analisar a nova vertente de Antônio Francisco neste "Veredas de Sombras", terceiro livro do cordelista e poeta, que está sendo reeditado pela Petrobras. Forte como o título "Veredas de Sombras", é obra mais densa do que as anteriores, e de acordo com Antônio o livro mostra a alma da humanidade e a incoerência dos homens. Depois de enfrentar um sério problema de saúde, e superar com o forte coração de poeta, Antônio quis falar sobre a alma humana como nunca antes. Apesar de tocar em temas muito sérios, ele não perdeu a verve de observador do cotidiano que o acompanha em "Dez Cordéis num Cordel Só" e "Por Motivos de Versos". A Petrobras traz a reedição de "Veredas de Sombras", contribuindo para preservar a cultura popular e valorizar o trabalho do nosso poeta que de forma tão brilhante traduz o Nordeste e a realidade da nossa região. -- Jorge Amorim Pereira Filho (Gerente da Petrobras Mossoró).

Mini curso de literatura de cordel, poesia popular e ritmo - BA

 cordel

14 e 15 de julho

Ouro Preto
de 14 às 18 hrs
Investimento de $30,00
Público Alvo
-Crianças e adolescentes de escolas públicas e privadas
-Jovens e agentes multiplicadores que atuam em ONGs
-Pertencentes da melhor idade que buscam
melhoria na qualidade de vida
-Graduandos e pesquisadores de cultura popular
-Interessados em literatura de qualquer faixa etária e classe social.
A oficina vai acontecer no Ateliê Nossa Senhora da Conceição, um novo espaço de artes em Ouro Preto. O endereço do Ateliê é Rua da Conceição, 14, no bairro Antônio Dias. Venham, participem!

A literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente na região nordeste do Brasil. Ainda são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.
De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc.
Em algumas situações, estes poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do público.

Fonte: Vira-saia

domingo, 8 de julho de 2012

Prêmio Lauro de Freitas de Literatura (Cordel – Conto - Poesia) - BA

Fonte: galinhapulando.com

REGULAMENTO

Em virtude da realização do cinquentenário do município de Lauro de Freitas em 31.07.2012, a Editora Livro.com e a ALALF – Academia de Letras, Artes e Cultura de Lauro de Freitas lançam o Prêmio Lauro de Freitas de Literatura. O Prêmio Lauro de Freitas de Literatura é uma realização da Livro.com em co-produção com a ALALF e com o apoio da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas. Este Prêmio será realizado na cidade de Lauro de Freitas-BA, no período de 01.06.2012 a 31.07.2012.
O Prêmio Lauro de Freitas de Literatura tem como objetivo colaborar com os festejos comemorativos do cinquentenário de Lauro de Freitas (31.07.2012), promovendo os poetas regionais, favorecendo o intercâmbio de ideias na busca de espaços para divulgação dos mesmos, fomentando a discussão entre artistas e população, criando espaços para manifestações literárias com o intuito de descobrir novos talentos da literatura baiana.

DO PRÊMIO
Serão selecionados 4 melhores escritores em cada uma das seguintes categorias: Cordel, Conto e Poesia. Os melhores classificados terão seus textos publicados na I Antologia Lauro de Freitas de Literatura e receberão 20 livros cada. O Tema é Livre, não será cobrada taxa de inscrição e não será oferecida premiação em dinheiro. No entanto, os 12 melhores colocados terão seus poemas publicados na ANTOLOGIA acima citada.
As obras devem ser inéditas e escritas no idioma português.

DAS INSCRIÇÕES
Poderão se inscrever no Prêmio Lauro de Freitas de Literatura escritores amadores ou profissionais maiores de 18 anos, residentes em Lauro de Freitas e região metropolitana: Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Itaparica, Madre de Deus, Salinas das Margaridas, Salvador, Simões Filho e Vera Cruz, exceto os escritores que fazem parte da ALALF e servidores do município de Lauro de Freitas.
As inscrições serão feitas exclusivamente através do site da editora Livro.com (www.editoralivro.com) até às 18h do dia 01.07.2012. inscrições enviadas após esse prazo não serão aceitas. Os textos devem ser digitados em espaço simples (Word), fonte Arial tamanho 12, acompanhados da identificação do autor (Nome, endereço completo, telefone, e-mail e um breve currículo) para qualquer categoria.
Cada autor poderá inscrever apenas um texto, seja em qual categoria for. Os participantes deverão observar:
Cordel – mínimo de 4 páginas em Word e máximo de 8 páginas;
Conto – mínimo de 4 páginas em Word e máximo de 10 páginas;
Poesia – mínimo de 1 página em Word e máximo de 4 páginas.
Os promotores do evento não se obrigam a devolver o material utilizado para as inscrições, ficando os mesmos na guarda da Comissão Julgadora.
O ato de inscrição implica automaticamente na aceitação integral por parte dos concorrentes dos termos deste Regulamento.

DO JULGAMENTO E SELEÇÃO
O julgamento das obras será feito por uma comissão formada por quatro jurados de reconhecida experiência comprovada na cultura regional, acadêmicos da ALALF – Academia de Letras, Artes e Cultura de Lauro de Freitas, que atribuirão notas de 0 a 10 ao material inscrito, sendo sua decisão soberana, não cabendo qualquer manifestação contrária.
Em caso de empates entre os três primeiros colocados o desempate se dará pela nota do 1º jurado, persistindo o empate os jurados serão contactados para atribuírem novas notas aos referidos trabalhos.
O nome dos selecionados será divulgado no sitewww.editoralivro.com até o dia 15.07.2012.

DA PREMIAÇÃO
A premiação acontecerá no dia 31 de julho, a partir das 19h, no Cine Teatro Lauro de Freitas, na praça da Matriz, Centro, Lauro de Freitas-BA.
Os melhores colocados no Prêmio Lauro de Freitas de Literatura receberão os seus textos publicados em livro durante a noite de premiação, quando receberão 20 livros cada um. Os autores que não puderem comparecer ao evento, deverão enviar representantes ou, em último caso, poderão retirar os exemplares na sede da Livro.com, na Avenida Luís Tarquínio, Edf. Joana Marques, loja 02, Lauro de Freitas-BA.

DO USO DA IMAGEM E DOS DIREITOS AUTORAIS
Ao se inscreverem no Prêmio Lauro de Freitas de Literatura, os participantes autorizam, automaticamente, o uso da sua imagem e nome em todo o tipo de material promocional, eletrônico, impresso ou televisivo e radiofônico, além de cederem gratuitamente e sem ônus o direito autoral dos textos especificamente para a publicação da Antologia Lauro de Freitas de Literatura não havendo necessidade de formalização contratual, pois os direitos autorais são dos autores.

Valdeck Almeida de Jesus

sábado, 7 de julho de 2012

SESC Cordel no Mercado Central – Fortaleza - CE

 

Fonte: SESC- CE

 

 Com o objetivo de estar mais perto dos comerciários, o SESC firmou uma parceria com o Mercado Central de Fortaleza, e a partir de julho realiza apresentações culturais dentro do Mercado.

 

A primeira realização dessa união acontece neste sábado (7).às 11 horas, com a apresentação do poeta, cantador e cordelista Jota Batista, através do projeto SESC Cordel.

Ressaltando causos e peripécias típicas do Ceará, Jota Batista mostra também, em sua apresentação, espontaneidade e o gaiato modo cearense de se expressar. O cordelista recitará rimas e cordéis com destaque para a região do Canindé, influenciada pela devoção franciscana do poeta, como: “São Frantônio, o Santo do ano 2001”, ou em “A Viagem de São Francisco...”.

Sobre o SESC Cordel
O SESC Cordel tem como objetivo contribuir para a criação, desenvolvimento e revigoramento da literatura de cordel no Ceará. O projeto proporciona o lançamento de novos poetas e inúmeros folhetos inéditos, além de encontros regulares de cordelistas e o fomento de grupos de estudo, pesquisa e produção em literatura de cordel.

SERVIÇO
SESC Cordel no Mercado Central - Cordelista Jota Batista

Local: Mercado Central (Av. Alberto Nepomuceno, 199 - Centro)
Data: 7/7
Horário: 11h

:::Gratuito:::

EXPOSIÇÃO DE XILOGRAVURA E LITERATURA DE CORDEL – ESC. CEF 01 DA ESTRUTURAL – BRASÍLIA (DF)

Fonte: Blog CEF 01 Estrutural
A Exposição de Xilogravura e Literatura de Cordel trouxe à escola a alegria da cultura popular nordestina.

No descontraído ambiente de uma feira, a comunidade escolar teve acesso, entre os dias 25 e 29 de junho, a um universo diferente daquele que está acostumada.

Os alunos percorreram esse ambiente de feira e tiveram a oportunidade de aumentar os seus conhecimentos acerca de uma cultura genuinamente brasileira.

Neste intuito, as CEF 01 da Estrutural juntamente com a Coordenadora Luana Marques promoveram uma Oficina de Feitura dos Cordéis.

Caixa de Literatura de Cordel

Fonte: Fenearte

CAIXA ECON

DescriçãoA caixa Literatura de Cordel traz 09 (nove) folhetos com histórias e temáticas variadas, desde personalidades como o pintor Pablo Picasso (Picasso foi mesmo grande em tudo?) e o cangaceiro Lampião (O dia que Lampião entrou na igreja) a histórias inusitadas do dia a dia (O homem que pintou a parede e a mulher chupou, O aniversário do gato, O Peido que a Loura deu) no melhor estilo da narrativa popular em versos. Músico, poeta, artista de teatro e educador, Franklin Costa – natural de Ilhéus/Ba - foi um dos ganhadores do Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel – edição Patativa do Assaré, do Ministério da Cultura. A sátira social e política, a crítica aos costumes de ética duvidosa, o gracejo e situações inusitadas são temáticas frequentes na produção contemporânea da literatura popular.

Preço a combinar.

Contato:Franklin Costa
8197029480
53370440
Olinda

domingo, 3 de junho de 2012

Entrevista de Francisco Diniz sobre literatura de cordel para Ana Gomes.

Fonte: www.projetocordel.com.br

 

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Ana Gomes, estudante da UFAL(Universidade Federal de Alagoas), curso de Ciências Sociais.
Pesquisa sobre a importância do Cordel na cultura nordestina e o processo de criação dos autores.
e-mail: ana-lu-gomes@hotmail.com
Respostas de Francisco Diniz
João Pessoa, 27 de maio de 2012.


1. Em um mundo globalizado, em que a tecnologia é a cultura dominante, qual a importância da literatura de cordel?
O folheto de feira, a história em versos, o romance ou simplesmente o versinho, como o cordel era conhecido no Nordeste brasileiro da época de Leandro Gomes de Barros(a partir de 1893) até o tempo em que a universidade começou a usá-lo como elemento de suas pesquisas (a partir da década de 1970) com Mark Curran, Joseph M. Luyten, Ariano Suassuna, Átila Almeida, José Alves Sobrinho, Neuma Fechine, dentre outros tantos, o cordel era a própria tecnologia, a tecnologia que levava informação, entretenimento e saber ao povo, que não tinha acesso ao jornal, rádio ou tv. Hoje o cordel se exibe através de vários meios, como a música, o livro, o vídeo documentário, o jornal, a tv, o rádio e a internet para lembrar as pessoas em geral das coisas do povo simples, que precisa se expressar e mostrar um potencial valiosíssimo, que só precisa da percepção de gestores inteligentes e comprometidos com a causa para que ganhemos todas as escolas, teatros, cinemas, a grande mídia... e o gosto das pessoas. Enquanto esse tempo não chega percebemos que há um movimento considerável de autores e professores no Brasil inteiro para mostrar às novas gerações como a literatura de cordel pode ser importante no estímulo à leitura, na facilitação da aprendizagem de determinados conteúdos e até como instrumento de lazer, pois muitos de seus textos, além de narrativos são também motivo de distração.

 
2. Existe incentivo à literatura de Cordel?
Existem leis de incentivo à cultura em muitos municípios e estados do Brasil que abrem espaço também para o cordel, no entanto ainda é muito pouco, tendo em vista a demanda de autores e principalmente considerando-se a importância histórica da poesia popular. Fora isso os autores de cordel se submetem a fazer projetos e enviar a instituições culturais e a pedantes gestores que muitas vezes desconhecem ou não dão importância ao nosso folheto. Por outro lado os cordelistas escrevem seus textos, as vezes editam por conta própria e saem nas feiras, escolas, universidades, rádios, tvs, - e hoje também na internet -, eventos culturais e apresentam a amigos na tentativa de comecializar os seus trabalhos, e assim, contribuem para preservar este nosso patrimônio.
3. Quando começou a escrever?
Em 2000.


4. De onde surge a inspiração?
De várias fontes, a partir de um momento de alegria, de tristeza, de revolta, ao vivenciarmos ou vermos alguma injustiça, mas também na necessidade de atender a um pedido de trabalho num determinado prazo. Mas é imprescindível termos a vontade momentânea de escrever. Quando não sinto vontade, nem sento na bancada.
Francisco Diniz

“SOFRESSOR” cria carta em forma de cordel para o governador - Bahia

O sofrimento somado à garra e vontade de garantir uma Educação de qualidade para a população inspirou um professor que utiliza o pseudônimo de “sofressor” a criar este cordel.

Fonte: aplbsindicato.org.br

Carta em forma de Cordel ao Governador da Bahia

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Prezado Governador

Choro sangue no papel,

Quando assisto entristecido

O seu risível papel,

Maltratando o professor

Como faz um Coronel…

 

Fico aqui me perguntando,

Simples pobre “pensador”,

O que leva um governante

A causar tamanha dor

Ao pobre que está lutando

Contra um grande Ditador…

 

Procuro uma só razão

Capaz de justificar

Essa tua intransigência,

Teu prazer em maltratar

A quem tem a obrigação

De a nação toda educar…

 

Um direito garantido

Não pode ser violado,

O aumento ao professor

Deve ser negociado,

O PT é o teu partido,

Não teu trono coroado…

 

Devolva à nossa Bahia

Sua azul tranquilidade,

Pense nas pobres famílias,

Alvos da tua maldade,

Deixe dessa rebeldia

E diga ao povo a verdade…

 

A mentira , “caro amigo”,

Pernas curtas deve ter,

Pois o piso é Nacional,

Disso tu deves saber,

Não transforme em inimigo

Quem sustenta o teu poder…

 

A história não perdoa

O cinismo de um tirano,

Sadan foi assassinado

Por ser porco e leviano,

Tua ação maldosa ecoa

Em todo o povo baiano…

 

O professorado sabe

Que o tempo é seu aliado

E que a gente da Bahia

Também está do seu lado,

Dê ao povo o que lhe cabe

Vá mandar em outro estado…

 

Vamos fazer a campanha

Contra tua tirania,

Nunca mais terás meu voto,

Tu maltratas a alegria,

Vê se então toma vergonha,

Vai-se embora da Bahia…

 

Que o povo te jogue praga,

Chamando-te de farrapo,

Colocando o teu nome

Dentro da boca de um sapo,

Porque aqui é que se paga,

Nem que seja no sopapo…

 

Deixa de beber cachaça,

De mentir com cara dura,

O povo da nossa terra,

Rica em beleza e cultura,

Não quer mais tua trapaça

Tua risível figura…

 

Ouça ao pobre do poeta

Que canta com devoção,

Alertando ao soberano

Sobre a força da nação,

Não haja como um pateta

Teu destino é a solidão…

 

Vou aqui profetizar,

Sobre o teu pobre destino,

O teu nome será posto

Junto ao nome de um cretino:

“Hitler”, o povo irá bradar,

“Tu serás um assassino!”

 

“Tu serás um assassino”,

Cantará toda cidade,

“Hilter”, o povo irá lembrar,

Na maior tranquilidade,

“Tu serás um libertino”

Por toda a eternidade…

 

Não maltrates nosso povo,

Sobretudo o professor,

Ele sabe como agir,

Suporta tortura e dor,

Teu governo acendeu fogo

No coração do eleitor…

 

“No PT não voto mais,

Velhas lições aprendi,

Agora sonho acordado,

Pois de bom eu nada vi,

Eu acho que é satanás

Quem governa por aqui…”

 

“O diabo ganhou forma,

Tem os olhos do PT,

Ele brinca com a gente,

Ele diz nos dar prazer,

A lei da nação deforma:

Faz o professor sofrer…”

 

“Te esconjuro Satanás”,

Benze a face o professor,

Ao olhar para o retrato

Do falso Governador,

“Sai de mim, chega pra trás”,

“Teu maldito ditador!”

 

Pense bem neste cordel

Nas palavras que ele tece,

No sentido que ele guarda,

No brilho que se arrefece

No olhar do povo fiel

Que clama a Deus numa prece…

 

Teu governo irá tombar

E teus feitos de maldade,

Porque quem maltrata o povo

Com tortura e com maldade,

Não consegue suportar

A face da liberdade…

 

Caminho para encerrar

Meu protesto literário,

Minha forma de dizer

Que não luto solitário,

O verso tem seu lugar

Num governo reacionário…

 

Minha arma é a poesia,

Minha palavra cortante,

Meus versos sem vaidade

Tentam congelar o instante,

Mostrando que a hipocrisia

Não tem nada de elegante…

 

Escute meu triste canto,

“Quem avisa amigo é,”

Dê de volta ao professor,

Sua graça e sua fé,

Quem produz o desencanto

Termina junto à ralé…

 

Meu caro Governador,

Jacques Wagner cruel,

Não brinque com quem derrama

O sangue sobre o papel,

Sou também um professor

Na arte de fazer cordel…

 

Vou de novo repetir

Para o povo este refrão,

“Quem avisa amigo é”

Não se meta em confusão,

Se tu não queres me ouvir

Vai ouvir o meu bordão…

 

Deixe em paz o professor,

Devolva a ele a alegria,

“Quem avisa amigo é”

Ensino com poesia;

O verso tem mais valor

Do que tua hipocrisia…

 

Meu caro Governador

Não se meta em confusão,

“Quem avisa amigo é”,

Isso vai virar refrão,

O final de um Ditador

É viver numa prisão…

 

Encerro agora o cordel,

Pois cumpri minha missão,

“Quem avisa amigo é”,

Diz o povo da nação,

Governador Coronel

Não vence mais eleição…

quarta-feira, 16 de maio de 2012

PARTICIPE DO VI PRÊMIO COSERN LITERATURA DE CORDEL.

Reproduzido do Blog da Joceilma Arte Cultural


Com o tema “O que é ser cidadão”, está lançado o VI Prêmio Cosern Literatura de Cordel. Dividido em três categorias - Ensino Fundamental, Ensino Médio e Categoria Livre – o concurso receberá inscrições até o dia 7 de julho de 2012 e distribuirá aos vencedores troféus e mais de 4 mil reais em prêmios.

O Prêmio Cosern Literautura de Cordel faz parte da programação do Circuito Potiguar do Livro e os vencedores serão conhecidos na abertura da 8ª Feira do Livro de Mossoró, no dia 08 de agosto desse ano.

A exemplo das edições anteriores, além da premiação, os três melhores trabalhos de cada categoria serão reunidos em um livro, cuja distribuição será feita entre as  bibliotecas da rede pública de ensino do Rio Grande do Norte.

Para participar os candidatos devem ler o regulamento e preencher a ficha de inscrição disponíveis na internet, no endereço: www.premiocordel.com.br.

Leonardo Dantas

OFICINA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA - A Agência do Nordeste.

Phone: +55 84 3201 0501 | Fax: +55 84 3211 5304 | Mobile: +55 84 8851 4693

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Momento Cultural: Já nas bancas os cordéis: "O Chofer de Caminhão" e " A Mulher Matadeira", escritos por Sr. Luiz Leopoldino... Um poeta canguaretamense!!! - RN

Reproduzido de canguaretamaemchamas

"A Mulher Matadeira" e o "Chofer de Caminhão" são apenas duas entre as mais de 30 obras literárias no campo da literatura de cordel escritas pelo poeta popular Sr. Luiz de Andrade, um filho natural de Canguaretama.

Luiz Leopoldino de Andrade nasceu em 25 de agosto de 1943 no Engenho Outeiro. Filho de  Arminda Maria de Oliveira Lopes e de José Francisco Leopoldino de Andrade, conhecido como "Zé Padre", herdando assim, a alcunha de "Luiz Padre". Desde seu nascimento, sempre viveu na mesma comunidade, sendo um verdadeiro amante de sua terra natal.

Na maioria de suas obras, este cordelista faz homenagens à  grandes amigos, alguns falecidos, figuras cômicas, colocando a figura da mulher  como centro das atenções  e expondo suas diversas personalidades focadas em uma ótica política e socioeconômica da realidade brasileira.

Sr. Luiz, desde menino foi agraciado por Deus com a brilhante habilidade para escrever versos populares, atingindo grande destaque na literatura de cordel.

Amante da vida e da cultura popular brasileira, Sr. Luiz Leopoldino vem deixando os leitores com grande animação e entusiasmo ao ler seu verdadeiro acervo literário.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Palestra sobre Literatura de Cordel Com Frank Muniz – São José do Rio Preto - SP

Reproduzido de A Tela da Reflexão
CONVITE PALESTRA LITERATURA DE CORDEL e LANÇAMENTO DO LIVRO "SETE" DE FRANK MUNIZimage                                                                                   Imagem 
CONVITE
O ROTARY CLUB SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - BOA VISTA tem a honra de convidá-lo para participar da palestra LITERATURA DE CORDEL, a ser proferida pelo escritor FRANK MUNIZ, no dia 15 de maio de 2012 (terça-feira), às 20:00 horas, na sua sede à Rua Tenente João Bosco de Camargo, 88 – Boa Vista – São José do Rio Preto, juntamente com o lançamento, pelo ROTARY CLUB BOA VISTA, do livro “SETE” (literatura de Cordel), livro premiado pelo Programa Municipal Nelson Seixas de Fomento à Produção Cultural 2011.
Entrada franca. Esse convite é extensivo a sua família e amigos que queira convidar. Após a reunião será servido jantar, e você, familiares e amigos, são nossos convidados (também Entrada Franca) – mas obrigatório confirmar a presença de todos os participantes, tanto para a palestra como para o jantar. Solicitamos confirmação de presença pelo e-mail pfcb@excelenciaglobal.com.br, ou pelo telefone 9123-7518, até o dia 14 de maio de 2012 (segunda-feira), sem falta. Desde já agradecemos a sua participação. Evaldo Metzger FilhoPresidente 2010/2011

ROTARY CLUB S. JOSÉ DO RIO PRETO
BOA VISTADistrito 4480 – No. 7802
Fundado em 22 de outubro de 1979

Literatura de Cordel tem oficina gratuita para Professores da Rede Pública (DF)

Reproduzido de Famaliá

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Estão abertas, até o dia 23 de maio, as inscrições para as oficinas “A música e a poesia na cultura brasileira”, resultado do prêmio “Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa do Assaré”. Direcionada aos professores de escolas públicas do DF, o curso de literatura de cordel será ministrado pelo professor Jairo Mozart que tem como objetivo difundir esse importante elemento da cultura popular brasileira na sociedade, e é por isso, destinada aos professores, responsáveis por disseminar o conhecimento aos seus alunos, que através deste curso terão em mãos uma nova ferramenta para desenvolver exercícios em diversas disciplinas escolares.

Lá no curso de Cordel

Poesia vai rolar

Com rima e métrica

Quem vier vai constatar

Do prazer e certeza

Dessa arte milenar

 

Com Sextilha, Gemedeira.

E também Quadrão Mineiro

Sem esquecer o Martelo

E de ser bom companheiro

Nesse trabalho de grupo

Pra ver quem chega primeiro.

Jairo Mozart.

 

No início do Brasil colônia, os países europeus, já tendo sua cultura influenciada pelos Mouros, os quais foram subjugados por 7 mil anos, nos deixaram, também, como herança a literatura de cordel que muito tempo depois passou a ter força através de Leandro Gomes de Barros. A região nordeste do Brasil, depositária de grande diversidade de influências culturais durante o processo de colonização, desenvolveu técnicas de poesia que é considerada um dos veículos mais antigos de comunicação de massa – a Literatura de Cordel. Tradicionalmente vendidos em feiras livres, os livretos eram pendurados em um varal feito com cordão. Esse tipo de leitura sempre foi muito popular, pois é utilizada para informar e debater com a população os mais diversos assuntos, adotando estilos variados, cada qual com regras próprias.

Segundo Mozart, a ideia de ensinar as técnicas de cordel para os professores faz parte da preocupação em reforçar a identidade cultural brasileira e a manutenção do patrimônio imaterial do Brasil. “A importância da Literatura de Cordel, na cultura brasileira, fez com que seu ensino fosse incorporado ao currículo escolar da educação básica. Quando utilizado em sala de aula, dentro do processo de alfabetização, os exercícios de composição oral poderão ser poderoso motivador para a aquisição da leitura e escrita”, diz o professor.
Os educadores interessados no curso devem se inscrever na EAPE (907 sul) até o dia 23 de maio. Serão quatro turmas de 50 alunos, com cinco encontros previstos para os meses, maio e junho. O curso é gratuito, devido a prêmio recebido no Ministério da Cultura em 2010, e ao final, a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE) irá conceder certificado de participação. Os horários e carga horária (20 horas por turma) da oficina foram estipulados para que os professores possam aproveitar o tempo destinado a coordenação da escola e utilizar-la na somatória necessária para a formação continuada e promoção dentro do Plano de Carreira. Inscrições no site: www.eape.se.df.gov.br

O professor

Jairo Mozart é músico, compositor, cordelista e artista plástico, paraibano natural de João Pessoa, com mais de 30 anos de carreira artística. Sua discografia tem 12 títulos, fez apresentações musicais em vários estados brasileiros e fora do Brasil. Musicou e fez direção de peças teatrais, participou de exposições com suas pinturas e publicou vários títulos de literatura de cordel (A Peleja dos Ipixunas com os Brancos Invasores, O Auto de Lampião no Além, O Cordel do Peixe-Boi; O Vaga-lume perde a Luz na Queimada da Floresta; A História do Cordel em Cordel, O Cordel da Missão Cruls, entre outros).

Desenvolve há alguns anos a atividade de divulgação e ensino da Literatura de Cordel para alunos e para professores do ensino básico – Colégio Marista Taguatinga/DF, Centro Educacional Setor Leste/DF, professores dos municípios de Chapada Gaúcha, Arinos, Unaí, Urucuia e Buritis, e nos Distritos de Serra das Araras e Sagarana, na região do Parque Nacional Grande Sertão Veredas (MG). Atuou como facilitador em projeto social destinado a alunos pobres da rede pública do DF.

Atua também como produtor cultural, tendo iniciado essa carreira em 1978 na CBS, como produtor de Raimundo Fagner, Juca Chaves e Cátia de França. Criador de vários projetos culturais, entre eles: Projeto Araponga (PB), Projeto Som Nosso (PB), Projeto Som Brasília (DF), Projeto Trilha das Águas (DF), Projeto Cordel na Escola (TO), e Projeto Etnias.

Início das Aulas: 28 de maio de 2012

Horário: Turmas no período matutino e vespertino.

Local: Escola de Aperfeiçoamento da Secretaria de Educação do DF – EAPE. A EAPE é uma parceira da oficina.

Inscrições a partir do dia 09 de maio no site: www.eape.se.df.gov.br

Informações: 61 4141.1061 Chang Produções

terça-feira, 8 de maio de 2012

CORDEL “A POLÍTICA E A POLITICAGEM”

Reproduzido do Blog de Alvinho PatriotaimageImagem

 
Autor: PAULO TARCISO

Caros ouvintes vos peço
Atenção uma vez mais
Para fazer uma análise
Creio interessa demais
O tema é muito importante
Me escutem por um instante
E saiba como se faz!

Política e politicagem
A prática e a teoria
A diferença é tão grande
Chega a gente se arrepia
A beleza da origem
É mesmo de dar vertigem
A prática do dia a dia.

O pai daciência política
Aristóteles é seu nome
Maquiavel também mostra
Ao político ou governante
Como se deve governar
E ao povo fez ensinar
Dar “Tchau” ao mau governante.

A política e sua origem
Thomas Hobbes avaliou
Era um absolutista
Montesquieu inaugurou
Três poderes Separados
Pra um governo organizado
Um grande avanço marcou.

Para criar nossas leis
O Poder Legislativo
Já pra nos governar
Chama-se o Executivo
E para a lei aplicar
Nos temos que convocar
Judiciário é preciso.

Em toda sociedade
Precisa organização
Um povo, cidade ou Estado
Ou mesmo em qualquer nação
E preciso existir leis
Para governantes ou reis
Para lhes dar direção.

Todo poder vem do povo
E em seu favor deve ser
Aplicada qualquer lei
Sem nunca se esquecer
Dos pobres e desvalidos
E dos grupos de excluídos
Que em toda terra há de ter.

Toda verba aplicada
Em favor da educação
Saúde e no social
Pra toda a população
Escola é muito importante
Governo pra ir avante
Ao professor dar atenção.

Como disse Maquiavel:
Um governante pra ser
Benquisto pelo seu povo
Com ele vá conviver
Morar em sua cidade
Saber das necessidades
Nunca, jamais, se esconder.

(…)

Leia o texto integral aqui

Jovens vivenciam a Literatura de Cordel em bairro popular/Salvador-BA

Reproduzido de Poesia Baiana

O projeto sócio-educativo ocorre aos fins de semana e pretende formar agentes multiplicadores e preservar a literatura de Cordel

Literatura de Cordel para jovens de um dos bairros mais tradicionais e populosos de Salvador. A Bumbá – Escola de Formação Artística, Organização Não-Governamental (ONG), realiza todos os fins de semana, no bairro da Boca do Rio, o Projeto Cordel na Boca e neste domingo (13), a partir das 9h da manhã, os jovens atendidos pela ação sócio-pedagógica receberão a visita de dois conhecidos cordelistas do cenário soteropolitano – Jotacê e Antonio Barreto. A ideia é promover uma aula especial, com intercâmbio de experiências e relatos sobre o fazer da Literatura de Cordel.

O projeto como um todo será realizado até o mês de agosto e culminará em uma grande mostra artística ao ar livre no próprio bairro. Serão mais de 120 horas de formação com o objetivo imprimir uma prática artístico-pedagógico que forme novos leitores e criadores de Literatura de Cordel na comunidade da Boca do Rio e com isso divulgar e preservar esta cultura popular.

“O maior desejo é estimular o exercício da auto-estima, comunicação, relacionamentos interpessoais, capacidade de se auto gerir, tomada de decisões, enfim, contribuir para maior integração e participação dos jovens com seu entorno social e, conseqüentemente, com sua cidade e história”, explica Sérgio Bahialista pedagogo, cordelista e instrutor do projeto.

Bumbá – Escola de Formação Artística - A Bumbá – Escola de Formação Artística, é uma ONG (Organização Não- Governamental) que surgiu a partir de experiências locais na comunidade da Boca do Rio, em Salvador – BA, na perspectiva da consciência da cultura como potencial para o desenvolvimento econômico e social local. Apesar de recente, a Bumbá reúne profissionais com uma longa trajetória em instituições inovadoras na área do Terceiro Setor e na construção e desenvolvimento de metodologias de educação, arte, cultura e comunicação para a cidadania com vista à autonomia, criatividade e visão empreendedora de adolescentes e jovens baianos.

Serviço

O quê: Projeto Literatura de Cordel

Quando: Sábados e domingos

Onde: Alto Beira Mar, S/N – Boca do Rio (próximo a Vidraçaria São Paulo)

Quanto: Gratuito