CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



quarta-feira, 16 de maio de 2012

PARTICIPE DO VI PRÊMIO COSERN LITERATURA DE CORDEL.

Reproduzido do Blog da Joceilma Arte Cultural


Com o tema “O que é ser cidadão”, está lançado o VI Prêmio Cosern Literatura de Cordel. Dividido em três categorias - Ensino Fundamental, Ensino Médio e Categoria Livre – o concurso receberá inscrições até o dia 7 de julho de 2012 e distribuirá aos vencedores troféus e mais de 4 mil reais em prêmios.

O Prêmio Cosern Literautura de Cordel faz parte da programação do Circuito Potiguar do Livro e os vencedores serão conhecidos na abertura da 8ª Feira do Livro de Mossoró, no dia 08 de agosto desse ano.

A exemplo das edições anteriores, além da premiação, os três melhores trabalhos de cada categoria serão reunidos em um livro, cuja distribuição será feita entre as  bibliotecas da rede pública de ensino do Rio Grande do Norte.

Para participar os candidatos devem ler o regulamento e preencher a ficha de inscrição disponíveis na internet, no endereço: www.premiocordel.com.br.

Leonardo Dantas

OFICINA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA - A Agência do Nordeste.

Phone: +55 84 3201 0501 | Fax: +55 84 3211 5304 | Mobile: +55 84 8851 4693

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Momento Cultural: Já nas bancas os cordéis: "O Chofer de Caminhão" e " A Mulher Matadeira", escritos por Sr. Luiz Leopoldino... Um poeta canguaretamense!!! - RN

Reproduzido de canguaretamaemchamas

"A Mulher Matadeira" e o "Chofer de Caminhão" são apenas duas entre as mais de 30 obras literárias no campo da literatura de cordel escritas pelo poeta popular Sr. Luiz de Andrade, um filho natural de Canguaretama.

Luiz Leopoldino de Andrade nasceu em 25 de agosto de 1943 no Engenho Outeiro. Filho de  Arminda Maria de Oliveira Lopes e de José Francisco Leopoldino de Andrade, conhecido como "Zé Padre", herdando assim, a alcunha de "Luiz Padre". Desde seu nascimento, sempre viveu na mesma comunidade, sendo um verdadeiro amante de sua terra natal.

Na maioria de suas obras, este cordelista faz homenagens à  grandes amigos, alguns falecidos, figuras cômicas, colocando a figura da mulher  como centro das atenções  e expondo suas diversas personalidades focadas em uma ótica política e socioeconômica da realidade brasileira.

Sr. Luiz, desde menino foi agraciado por Deus com a brilhante habilidade para escrever versos populares, atingindo grande destaque na literatura de cordel.

Amante da vida e da cultura popular brasileira, Sr. Luiz Leopoldino vem deixando os leitores com grande animação e entusiasmo ao ler seu verdadeiro acervo literário.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Palestra sobre Literatura de Cordel Com Frank Muniz – São José do Rio Preto - SP

Reproduzido de A Tela da Reflexão
CONVITE PALESTRA LITERATURA DE CORDEL e LANÇAMENTO DO LIVRO "SETE" DE FRANK MUNIZimage                                                                                   Imagem 
CONVITE
O ROTARY CLUB SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - BOA VISTA tem a honra de convidá-lo para participar da palestra LITERATURA DE CORDEL, a ser proferida pelo escritor FRANK MUNIZ, no dia 15 de maio de 2012 (terça-feira), às 20:00 horas, na sua sede à Rua Tenente João Bosco de Camargo, 88 – Boa Vista – São José do Rio Preto, juntamente com o lançamento, pelo ROTARY CLUB BOA VISTA, do livro “SETE” (literatura de Cordel), livro premiado pelo Programa Municipal Nelson Seixas de Fomento à Produção Cultural 2011.
Entrada franca. Esse convite é extensivo a sua família e amigos que queira convidar. Após a reunião será servido jantar, e você, familiares e amigos, são nossos convidados (também Entrada Franca) – mas obrigatório confirmar a presença de todos os participantes, tanto para a palestra como para o jantar. Solicitamos confirmação de presença pelo e-mail pfcb@excelenciaglobal.com.br, ou pelo telefone 9123-7518, até o dia 14 de maio de 2012 (segunda-feira), sem falta. Desde já agradecemos a sua participação. Evaldo Metzger FilhoPresidente 2010/2011

ROTARY CLUB S. JOSÉ DO RIO PRETO
BOA VISTADistrito 4480 – No. 7802
Fundado em 22 de outubro de 1979

Literatura de Cordel tem oficina gratuita para Professores da Rede Pública (DF)

Reproduzido de Famaliá

image Imagem

 

Estão abertas, até o dia 23 de maio, as inscrições para as oficinas “A música e a poesia na cultura brasileira”, resultado do prêmio “Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa do Assaré”. Direcionada aos professores de escolas públicas do DF, o curso de literatura de cordel será ministrado pelo professor Jairo Mozart que tem como objetivo difundir esse importante elemento da cultura popular brasileira na sociedade, e é por isso, destinada aos professores, responsáveis por disseminar o conhecimento aos seus alunos, que através deste curso terão em mãos uma nova ferramenta para desenvolver exercícios em diversas disciplinas escolares.

Lá no curso de Cordel

Poesia vai rolar

Com rima e métrica

Quem vier vai constatar

Do prazer e certeza

Dessa arte milenar

 

Com Sextilha, Gemedeira.

E também Quadrão Mineiro

Sem esquecer o Martelo

E de ser bom companheiro

Nesse trabalho de grupo

Pra ver quem chega primeiro.

Jairo Mozart.

 

No início do Brasil colônia, os países europeus, já tendo sua cultura influenciada pelos Mouros, os quais foram subjugados por 7 mil anos, nos deixaram, também, como herança a literatura de cordel que muito tempo depois passou a ter força através de Leandro Gomes de Barros. A região nordeste do Brasil, depositária de grande diversidade de influências culturais durante o processo de colonização, desenvolveu técnicas de poesia que é considerada um dos veículos mais antigos de comunicação de massa – a Literatura de Cordel. Tradicionalmente vendidos em feiras livres, os livretos eram pendurados em um varal feito com cordão. Esse tipo de leitura sempre foi muito popular, pois é utilizada para informar e debater com a população os mais diversos assuntos, adotando estilos variados, cada qual com regras próprias.

Segundo Mozart, a ideia de ensinar as técnicas de cordel para os professores faz parte da preocupação em reforçar a identidade cultural brasileira e a manutenção do patrimônio imaterial do Brasil. “A importância da Literatura de Cordel, na cultura brasileira, fez com que seu ensino fosse incorporado ao currículo escolar da educação básica. Quando utilizado em sala de aula, dentro do processo de alfabetização, os exercícios de composição oral poderão ser poderoso motivador para a aquisição da leitura e escrita”, diz o professor.
Os educadores interessados no curso devem se inscrever na EAPE (907 sul) até o dia 23 de maio. Serão quatro turmas de 50 alunos, com cinco encontros previstos para os meses, maio e junho. O curso é gratuito, devido a prêmio recebido no Ministério da Cultura em 2010, e ao final, a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE) irá conceder certificado de participação. Os horários e carga horária (20 horas por turma) da oficina foram estipulados para que os professores possam aproveitar o tempo destinado a coordenação da escola e utilizar-la na somatória necessária para a formação continuada e promoção dentro do Plano de Carreira. Inscrições no site: www.eape.se.df.gov.br

O professor

Jairo Mozart é músico, compositor, cordelista e artista plástico, paraibano natural de João Pessoa, com mais de 30 anos de carreira artística. Sua discografia tem 12 títulos, fez apresentações musicais em vários estados brasileiros e fora do Brasil. Musicou e fez direção de peças teatrais, participou de exposições com suas pinturas e publicou vários títulos de literatura de cordel (A Peleja dos Ipixunas com os Brancos Invasores, O Auto de Lampião no Além, O Cordel do Peixe-Boi; O Vaga-lume perde a Luz na Queimada da Floresta; A História do Cordel em Cordel, O Cordel da Missão Cruls, entre outros).

Desenvolve há alguns anos a atividade de divulgação e ensino da Literatura de Cordel para alunos e para professores do ensino básico – Colégio Marista Taguatinga/DF, Centro Educacional Setor Leste/DF, professores dos municípios de Chapada Gaúcha, Arinos, Unaí, Urucuia e Buritis, e nos Distritos de Serra das Araras e Sagarana, na região do Parque Nacional Grande Sertão Veredas (MG). Atuou como facilitador em projeto social destinado a alunos pobres da rede pública do DF.

Atua também como produtor cultural, tendo iniciado essa carreira em 1978 na CBS, como produtor de Raimundo Fagner, Juca Chaves e Cátia de França. Criador de vários projetos culturais, entre eles: Projeto Araponga (PB), Projeto Som Nosso (PB), Projeto Som Brasília (DF), Projeto Trilha das Águas (DF), Projeto Cordel na Escola (TO), e Projeto Etnias.

Início das Aulas: 28 de maio de 2012

Horário: Turmas no período matutino e vespertino.

Local: Escola de Aperfeiçoamento da Secretaria de Educação do DF – EAPE. A EAPE é uma parceira da oficina.

Inscrições a partir do dia 09 de maio no site: www.eape.se.df.gov.br

Informações: 61 4141.1061 Chang Produções

terça-feira, 8 de maio de 2012

CORDEL “A POLÍTICA E A POLITICAGEM”

Reproduzido do Blog de Alvinho PatriotaimageImagem

 
Autor: PAULO TARCISO

Caros ouvintes vos peço
Atenção uma vez mais
Para fazer uma análise
Creio interessa demais
O tema é muito importante
Me escutem por um instante
E saiba como se faz!

Política e politicagem
A prática e a teoria
A diferença é tão grande
Chega a gente se arrepia
A beleza da origem
É mesmo de dar vertigem
A prática do dia a dia.

O pai daciência política
Aristóteles é seu nome
Maquiavel também mostra
Ao político ou governante
Como se deve governar
E ao povo fez ensinar
Dar “Tchau” ao mau governante.

A política e sua origem
Thomas Hobbes avaliou
Era um absolutista
Montesquieu inaugurou
Três poderes Separados
Pra um governo organizado
Um grande avanço marcou.

Para criar nossas leis
O Poder Legislativo
Já pra nos governar
Chama-se o Executivo
E para a lei aplicar
Nos temos que convocar
Judiciário é preciso.

Em toda sociedade
Precisa organização
Um povo, cidade ou Estado
Ou mesmo em qualquer nação
E preciso existir leis
Para governantes ou reis
Para lhes dar direção.

Todo poder vem do povo
E em seu favor deve ser
Aplicada qualquer lei
Sem nunca se esquecer
Dos pobres e desvalidos
E dos grupos de excluídos
Que em toda terra há de ter.

Toda verba aplicada
Em favor da educação
Saúde e no social
Pra toda a população
Escola é muito importante
Governo pra ir avante
Ao professor dar atenção.

Como disse Maquiavel:
Um governante pra ser
Benquisto pelo seu povo
Com ele vá conviver
Morar em sua cidade
Saber das necessidades
Nunca, jamais, se esconder.

(…)

Leia o texto integral aqui

Jovens vivenciam a Literatura de Cordel em bairro popular/Salvador-BA

Reproduzido de Poesia Baiana

O projeto sócio-educativo ocorre aos fins de semana e pretende formar agentes multiplicadores e preservar a literatura de Cordel

Literatura de Cordel para jovens de um dos bairros mais tradicionais e populosos de Salvador. A Bumbá – Escola de Formação Artística, Organização Não-Governamental (ONG), realiza todos os fins de semana, no bairro da Boca do Rio, o Projeto Cordel na Boca e neste domingo (13), a partir das 9h da manhã, os jovens atendidos pela ação sócio-pedagógica receberão a visita de dois conhecidos cordelistas do cenário soteropolitano – Jotacê e Antonio Barreto. A ideia é promover uma aula especial, com intercâmbio de experiências e relatos sobre o fazer da Literatura de Cordel.

O projeto como um todo será realizado até o mês de agosto e culminará em uma grande mostra artística ao ar livre no próprio bairro. Serão mais de 120 horas de formação com o objetivo imprimir uma prática artístico-pedagógico que forme novos leitores e criadores de Literatura de Cordel na comunidade da Boca do Rio e com isso divulgar e preservar esta cultura popular.

“O maior desejo é estimular o exercício da auto-estima, comunicação, relacionamentos interpessoais, capacidade de se auto gerir, tomada de decisões, enfim, contribuir para maior integração e participação dos jovens com seu entorno social e, conseqüentemente, com sua cidade e história”, explica Sérgio Bahialista pedagogo, cordelista e instrutor do projeto.

Bumbá – Escola de Formação Artística - A Bumbá – Escola de Formação Artística, é uma ONG (Organização Não- Governamental) que surgiu a partir de experiências locais na comunidade da Boca do Rio, em Salvador – BA, na perspectiva da consciência da cultura como potencial para o desenvolvimento econômico e social local. Apesar de recente, a Bumbá reúne profissionais com uma longa trajetória em instituições inovadoras na área do Terceiro Setor e na construção e desenvolvimento de metodologias de educação, arte, cultura e comunicação para a cidadania com vista à autonomia, criatividade e visão empreendedora de adolescentes e jovens baianos.

Serviço

O quê: Projeto Literatura de Cordel

Quando: Sábados e domingos

Onde: Alto Beira Mar, S/N – Boca do Rio (próximo a Vidraçaria São Paulo)

Quanto: Gratuito

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Alunos lançam livro de cordel com recursos próprios na localidade Sítio do Alegre

Reproduzido de Revista Az

Os alunos do 8º ano e EJA da 4ª Etapa, lançaram um livro voltado à literatura de cordel na localidade Sítio do Alegre. O evento foi realizado na noite da última sexta-feira (04) e aconteceu na Escola Municipal Estevão Ferreira da Costa. O evento teve como objetivo levar ao conhecimento dos alunos o verdadeiro estilo de leitura e escrita do Cordel Piauiense. O projeto foi batizado como “O Encanto do Cordel” e reuniu uma variada sequência de versos, todos de autoria dos alunos das referidas séries escolares.

É importante destacar que os alunos realizaram a customização de capa, layout e impressões de exemplares com o dinheiro do próprio bolso e com a ajuda de populares que se interessaram pelo trabalho desenvolvido sob o comando da professora esperantinense Jesus Miranda e a aluna Sandra Carvalho do Eja que ajudou a organizar o lançamento do livro.

O evento teve a presença ilustre do repentista Chaguinha da Viola acompanhado de sua filha Marcelane que encantou o público presente com suas rimas e enboladas numa “cantoria” que durou cerca de duas horas.

              

Livro destaca o papel político da literatura de cordel na Primeira República

Reproduzido de FAPERJ

Débora Motta

Reprodução

Capa do livro: obra resgata a atuação
    política de Leandro Gomes de Barros

A Primeira República ou República Velha (1889-1930), que vai da proclamação do modelo republicano ao início da era Vargas, costuma ser relatada, na historiografia oficial, como um período de inexpressiva mobilização política do povo, que teria sido conduzido passivamente pelas elites da época. Mas para a pesquisadora Ivone da Silva Ramos Maya, a produção literária do poeta paraibano Leandro Gomes de Barros (1865-1918), considerado o fundador da literatura de cordel impressa, coloca-se como um contraponto a essa ideia. No livro O povo de papel – a sátira política na literatura de cordel, a autora defende que o povo era informado, pelos poemas, sobre como funcionava o sistema político da época. A obra foi publicada com apoio da FAPERJ, pelo Programa de Auxílio à Editoração (APQ 3).

Com uma abordagem original, que associa a obra de Leandro Gomes de Barros ao contexto político da Primeira República, o livro se situa na fronteira entre a poesia e a história. "O foco da pesquisa consistiu, essencialmente, em buscar os temas trabalhados pelo autor sobre o contexto político da época e inaugurar uma nova historiografia para o período conhecido como Primeira República", conta Ivone. Para isso, ela se debruçou por cerca de cinco anos sobre um vasto acervo de folhetos de cordel escritos por Leandro Gomes de Barros. "Baseei-me, sobretudo, na seleção de poemas políticos que já havia começado a estudar, quando coordenei o projeto de pesquisa intitulado ‘Folhetos de Papel: Memória do Cordel’, realizado sob o patrocínio da FAPERJ, para a Fundação Casa de Rui Barbosa, sobre a obra do poeta", acrescenta.

A passagem da monarquia à república é descrita pelo poeta paraibano como um momento de grandes reviravoltas sociais, políticas e econômicas. Ele era uma voz popular que se posicionava claramente contra o novo regime. "Leandro Gomes de Barros representou o panorama político e social da Primeira República ao denunciar os fatos do cotidiano daquela época, sobretudo os de caráter político, com uma linguagem facilmente inteligível por seu público, em que prevalece a ironia, a sátira e, algumas vezes, a paródia", avalia Ivone. "Nesse sentido, o poeta desnuda para o leitor os bastidores do poder fazendo poemas sobre eleições, carestia, impostos, seca, corrupção, etc. que constituem, na opinião dele, os ‘pilares’ da Primeira República", completa.

Leandro Gomes de Barros descreveu ainda a atuação de coronéis, chefes do cangaço e membros das oligarquias locais, além das relações entre os poderes municipal, estadual e federal. Com acidez e humor, ele despertava entre seus leitores o sentimento de cidadania, ainda que marcado pelo ceticismo. Um exemplo desse espírito crítico resgatado no livro é o trecho do poema "Ave Maria", que destaca o sistema corrupto eleitoral, tanto em nível distrital, estadual, quanto nacional: No dia da eleição/O povo todo corria/ Gritava a oposição/ Ave Maria/ Via-se grupos de gente/ Vendendo votos nas praças/ E a urna do governo/ Cheia de graça.

                   Reprodução

Com ironia, o poeta criticava
o regime político da 1ª República

Para a doutora em Literatura Geral e Comparada pela Universidade de Paris III, a importância de Leandro Gomes de Barros transcende a poesia e vai para o campo da militância política. "O poeta parece perpetuar uma tendência crítica aberta desde o século XVIII na literatura brasileira, que se baseia na denúncia dos males sociais através da ironia e do humor. Além de representar uma obra em que a originalidade dos temas constitui a chave para o sucesso de sua poética", diz a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).

De acordo com a autora, O povo de papel é uma oportunidade de divulgar pérolas da obra de Leandro Gomes de Barros e de revisitar criticamente a história da Primeira República. "A principal contribuição do livro é iniciar um trabalho de resgate dessa obra poética de tamanha importância histórica, mas relegada praticamente ao campo da literatura popular. Minha intenção foi produzir um texto em que viesse à tona essa lacuna historiográfica, que seria preenchida com as observações aguçadas de um poeta popular à frente do seu tempo", conclui.

Da Literatura de Cordel à Arte da Xilogravura – Rio de Janeiro/RJ

Arte de Xilogravura

Extraído de Congregação de Nossa Senhora - Notre Dame

Dando continuidade ao Projeto de Leitura da Rede Notre Dame – Lendo e escrevendo na escola: uma atitude necessária e sustentável, O Rei do Baião “invadiu” as turmas do 8° ano!

A cultura nordestina chegou aos estudantes pela literatura e pela música popular brasileira, tendo a obra O Auto da Compadecida como inspiração inicial que levou os alunos à criação de um texto em cordel abordando do centenário de Luiz Gonzaga ao universo criado na obra de Ariano Suassuna.

A arte da xilogravura é a técnica de criação e impressão de gravuras a qual se utiliza da madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel. É um processo muito parecido com um carimbo.

Na sala de projeção, imagens sobre a origem, a história e as características da Arte da Xilogravura e da Literatura de Cordel aguçaram a percepção de um Brasil diferente. “A xilogravura é uma das artes que mais fascina nesse mundo mágico da Literatura de Cordel. Ela dá vida à madeira e retrata, em seus desenhos e criações, formas e sonhos” , afirma a professora de artes, Débora de Castro.

 
Literatura de Cordel

  
Literatura de Cordel
 
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
Arte de Xilogravura 
Arte de Xilogravura
Arte de Xilogravura
Arte da Xilogravura
Arte da Xilogravura
Arte da Xilogravura
Arte da Xilogravura 

Palmarino se destaca com literatura de cordel no Estado do Tocantins

 

Reproduzido do site A Terra da Liberdade

Muita gente não sabe, mas o cordelista Antônio Farias da Silva, de 63 anos, sucesso no Estado do Tocantins, nasceu aqui em União dos Palmares. E foi justamente em homenagem ao município de nascimento, que Antônio adotou o nome de Palmares.
Foi em meados da década de 80 que Antônio Farias começou a se dedicar a literatura de cordel. Além dos livros publicados, ele, que desde 1999 mora em Gurupi, município de Tocantins, já compôs cerca de 200 músicas.

A história de Palmares é cheia de grandes desafios que ele enfrentou até atingir várias conquistas. Era analfabeto, mas, mesmo assim, declamava seus versos para que alguém escrevesse e, dessa forma, registrasse seu trabalho num caderno.

Em 2004, matriculou-se num curso de alfabetização que era realizado em parceria com o Sesi e um programa de extensão do Centro Universitário UnirG. Aprendeu a ler e escrever e deu prosseguimento a seus estudos. Neste ano, colou grau pela UMA – Universidade da Maturidade, em Gurupi, e agora faz pós-graduação.

Palmares é autor de dez livros, todos de literatura de cordel, nas mais diferentes temáticas, que vão da questão da defesa do meio ambiente, passando por vaquejadas e histórias infantis. Os CD gravados já somam sete, nos ritmos de forró, xaxado e baião. Nos dois últimos trabalhos, ele inovou por causa da religião evangélica que abraçou. As músicas foram gravadas em ritmo de forró gospel.

Em 2011, o poeta e jornalista Zacarias Martins lançou o documentário “Palmares – o Cantador de Cordel”. Além de atuar como diretor, Martins também foi responsável pelo roteiro do documentário que conta um pouco da trajetória do poeta popular alagoano. O documentário está à venda pelo site www.livrariaveloso.com.br.

Palmares é um dos mais expressivos poetas de literatura de cordel da região Sul do Estado.

Literatura de Cordel em São Paulo

Reprodução do blog Cordel Atemporal

Brevíssimo histórico

Antônio Teodoro dos Santos, o Poeta Garimpeiro, foi o
grande desbravador da Literatura de Cordel em  São Paulo

A história do Cordel em São Paulo está diretamente ligada à diáspora nordestina e ao interesse de uma tradicional editora, fundada por um imigrante português, na década de 1910, em contemplar a grande massa de leitores,composta por trabalhadores atraídos pelas oportunidades de trabalho que a incipiente indústria brasileira oferecia. Abaixo, apresento um resumo desta história adaptado a partir do capítulo O Cordel no Sudeste, que integra o livro Breve história da Literatura de Cordel (ed. Claridade, 2010).

A Tipografia Souza, dirigida pelo imigrante português José Pinto de Souza (1881-1950), surgiu em 1912. Segundo Joseph Luyten, José Pinto veio para o Brasil em 1895, estabelecendo-se como tipógrafo na capital paulista. A princípio, a tipografia publicava modinhas e folhas soltas. Depois, foram editadas histórias tradicionais portuguesas em prosa e verso. Luyten informa que, desde a década de 1930, tais histórias foram retrabalhadas por poetas brasileiros, em geral nordestinos. Desta tipografia surgiu, em 1952, a editora Prelúdio, dirigida pelo filho de José, Arlindo Pinto de Souza e seu meio-irmão Armando Augusto Lopes.

No mesmo período, o poeta baiano Antônio Teodoro dos Santos apresenta alguns originais à editora. Teodoro escrevia sobre tudo, para todos. Seu cordel Vida e tragédia do presidente Getúlio Vargas, de 1954, escrito após o suicídio de Getúlio, vendeu, na primeira edição, impressionantes 260 mil exemplares.  Começa o período áureo da Literatura de Cordel publicada no Sudeste. A obra de Teodoro é vasta e de boa qualidade e, dentre os muitos títulos de sua lavra, ainda se destacam João Soldado, o valente praça que meteu o Diabo num saco e Lampião, o rei do cangaço, clássicos incontestes.

Para expandir a linha editorial abraçada pela Prelúdio, Arlindo Pinto se valeu de um artifício: publicou, sem autorização, títulos de grandes autores nordestinos. Manoel D’Almeida Filho e Rodolfo Coelho Cavalcante estavam entre as vítimas da “apropriação indébita”. Bateram às portas da editora e ouviram de Arlindo uma desculpa que acabou sendo convincente: as obras foram publicadas para forçar um contato com os autores residentes no Nordeste. Deu certo. Os poetas tornaram-se amigos e revendedores do esperto editor. Almeida, tempos depois, se tornaria o selecionador de textos da editora, função que exerceu até 1995, ano de sua morte.

Manoel D'Almeida Filho, mesmo residindo em Sergipe,
era o principal consultor da Luzeiro

A Prelúdio, após decretar falência, em 1973, adotou a razão social da Luzeiro (do Norte), de João José da Silva, de quem adquiriu os direitos de publicação de títulos de autores clássicos, como Manoel Pereira Sobrinho, José Camelo de Melo Resende, Severino Borges Silva e Caetano Cosme da Silva. Fez do nome o símbolo de seu renascimento. E, superando os problemas, a Luzeiro seguiu imprimindo os clássicos do gênero sob a orientação abalizada de Manoel D’Almeida Filho. Entre 1980 e 1986, a editora, com mais de seiscentos revendedores espalhados por todo o Brasil, viveu um ótimo momento.

O fracasso do Plano Cruzado, a partir de 1987, seguido da grave crise econômica que prostrou o país, atingiu em cheio a casa paulistana. O Cordel, aos poucos, desaparecia das feiras. Em 1995, Arlindo Pinto de Souza, desiludido com os efeitos da crise e o desinteresse dos filhos em dar continuidade à tradição familiar, vendeu a editora à firma dos Irmãos Nicoló, e a Luzeiro passou por um período de dificuldades. No mesmo período morre, vítima de enfisema pulmonar, Manoel D’Almeida Filho, amargurado ante o futuro incerto da editora e da própria Literatura de Cordel. Numa carta emocionada endereçada ao “compadre” Arlindo, o velho poeta não esconde a decepção e pressagia o próprio fim, que não tardaria a chegar.

Hoje, Gregório Nicoló é o único proprietário, e a Luzeiro, superando alguns problemas, renova as suas publicações, mantendo os títulos tradicionais, ainda com boa aceitação popular. Cordéis do acervo da velha Prelúdio, há muito fora de catálogo, retornaram às prateleiras e novos poetas foram incorporados ao elenco da editora. Nomes como Arievaldo Viana, Varneci Nascimento, Marco Haurélio, Rouxinol do Rinaré, Cacá Lopes, Evaristo Geraldo e Moreira de Acopiara, ao lado dos veteranos João Firmino Cabral, Antônio Alves da Silva e Mestre Azulão trouxeram novo alento ao cordel editado em São Paulo.

Outras iniciativas

Desde fins da década de 1970 até boa parte dos anos 1980, o pernambucano Jota Barros (João Antônio de Barros) e o baiano Franklin Maxado disputavam fregueses na Feira de Artes da Praça da República. Na Praça da Sé, o violeiro pernambucano João Cabeleira revendia os folhetos da Luzeiro, que ainda estavam expostos em várias bancas de revistas do Brás, bairro onde a editora estava estabelecida, à Rua Almirante Barroso. Outro grande divulgador foi o engajado poeta e ator pernambucano Rafael de Carvalho, cuja morte precoce, no início dos anos 1980, impediu a continuidade de um trabalho de cunho reivindicatório de suma importância, hoje quase esquecido.

Antônio Amaury Correa, estudioso do cangaço, e em especial de Lampião, também contribuiu para ampliar a bibliografia em versos do bandoleiro. O seu Lampião: origens de família e primórdios guerreiros do famoso cangaceiro é o único dos oito folhetos sobre o tema que foi publicado. Conta com belíssimas xilogravuras de Jerônimo Soares, e é hoje uma raridade. Severino José (Zacarias José), poeta popular e colecionador de folhetos, teve atuação marcante junto ao movimento sindical. O folheto Acidentes de trabalho no ramo da construção abriu espaço para outros trabalhos “de encomenda”, em que usam a fácil comunicação da Literatura de Cordel para alertar a respeito da prevenção de acidentes, doenças e até mesmo promover a conscientização política.

O mineiro Téo Azevedo (Teófilo de Azevedo Filho), repentista, cantor e compositor, gravado por grandes nomes da MPB, como Luiz Gonzaga e Zé Ramalho, esporadicamente dedica-se à Literatura de Cordel. Escreveu, em parceria com Klévisson Viana, A peleja de São Paulo com o monstro da violência, um folheto que toca no “calcanhar de Aquiles” da metrópole: a segurança pública.

Caravana do Cordel

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Na atualidade, o a poesia popular é representada, em São Paulo, por poetas oriundos de vários estados da “nação nordestina”, criadores e mantenedores do grupo cultural Caravana do Cordel, surgido em 2008. Renovando a tradição itinerante da poesia popular a Caravana já se apresentou em locais os mais variados: cineclubes, teatros, bibliotecas, escolas e praças. O grupo é composto por poetas, artistas plásticos, estudiosos e entusiastas da poesia popular do Nordeste. A origem dos caravaneiros é prova cabal da diversidade de propostas. Em várias apresentações, a caravana já rendeu tributo a poetas como Antônio Teodoro dos Santos, alem dos pioneiros Leandro Gomes de Barros e Francisco das Chagas Batista.

Outro que fator que contribuiu para a afinação entre os membros do grupo foi o lançamento da coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria. Alguns membros da Caravana são autores da referida coleção: o alagoano João Gomes de Sá trouxe para o Nordeste os personagens de O corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo. Varneci Nascimento, baiano de Banzaê, recontou em cordel o clássico de Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas. O cerarense Moreira de Acopiara deu nova vestimenta ao famoso romance de Daniel Defoe, As aventuras de Robinson Crusoé. Costa Senna, seu conterrâneo, cordelizou Viagem ao centro da Terra, de Júlio Verne. E Cícero Pedro de Assis deu continuidades aos romances de cavalaria, trazendo para o Cordel a emblemática história do Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda. Além de autores residentes em outros estados, a coleção ainda traz versões poéticas de dois clássicos de William Shakespeare: A megera domada (por Marco Haurélio) e Romeu e Julieta (por Sebastião Marinho).

Autores publicados pela Luzeiro, apoiadora da iniciativa, também marcam presença no grupo: Nando Poeta, Cleusa Santo, Pedro Monteiro, Luiz Wilson, Cacá Lopes, Carlos Alberto e Josué Araújo, entre outros. Aderaldo Luciano, doutor em Letras pela UFRJ, também trouxe valiosa contribuição, transformando o grupo num movimento-escola. O lema criado por João Gomes de Sá – É o mundo do Cordel para todo o mundo! –, coroando o êxito da Caravana do Cordel, tornou-se, também, um legítimo manifesto.

Nota: Texto publicado, com modificações, no livro Acorda Cordel na Sala de Aula, de Arievaldo Viana (org).

Múltiplas Linguagens na Sala de Aula: a Literatura de Cordel e a Cultura Popular em Questão

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Silvio Profirio da Silva [1]

Graduando em Letras pela UFRPE.

André Almeida da Silva [2]

Graduado em Licenciatura em Ciências Agrícolas pela UFRPE.

Jacineide Gabriel Arcanjo (Orientadora) [3]

Mestre em Ensino das Ciências pela UFRPE.

 

            Nos últimos anos, uma ampla quantidade de autores tem voltado seu olhar para a temática da utilização de múltiplas linguagens como suporte didático nos processos de ensino de ensino e de aprendizagem. Dito de outra forma, o uso de novos recursos  e suportes didáticos, que subdisiam estratégias de ensino inovadoras e diferenciadas. Podem ser apontados como exemplos dessas múltiplas e diversificadas linguagens: Charges, Cinema, Histórias em Quadrinhos [HQs], Jogos, Jornais, Redes Sociais [Facebook, MSN, Orkut etc.], Revistas, Tirinhas etc. (GOMES & NASCIMENTO NETO, 2009). Atrelado a essa questão, uma gama de autores tem voltado sua atenção para o uso da Literatura de Cordel como suporte didático nas práticas de ensino. No dizer de Fonseca & Fonseca (2008), essa literatura consiste em uma poesia de cunho/ teor popular, que propaga e prolifera os mais diversos aspectos/ fatores da cultura nordestina, retratando o cotidiano nordestino, os costumes, as histórias, as lendas, as memórias, as tradições etc.. Dentro dessa perspectiva, esse tipo de literatura propicia a inserção da cultura popular nos processos de ensino e de aprendizagem, levando para os muros escolares a diversidade cultural proveniente da realidade social brasileira.

            Durante décadas, a cultura popular foi algo depreciado, sendo considerada inapropriada a fazer parte das práticas educativas presentes no universo escolar. O ensino, sob essa perspectiva, se voltava para o padrão culto, preconizado pelos Livros Didáticos (LDs) e pelos grandes autores renomados. Ao centrar-se, preponderantemente, na cultura preconizada pelos segmentos sociais privilegiados economicamente, excluia-se uma gama de aspectos da cultura popular brasileira. As práticas pedagógicas, amparadas nesses paradigmas, distanciavam-se cada vez mais das práticas culturais presente nos mais diversos espaços brasileiros. Diante desse quadro, diversos gêneros textuais, que abordam as produções da espécie humana [independente, do padrão social], as práticas corriqueiras do dia a dia do povo, se utilizando de uma linguagem viva [sem preconceitos], eram excluídos do cenário educacional. São exemplos que podem ilustrar tal situação: as Charges, as Tirinhas e. sobretudo, a Literatura de Cordel etc. . Este último, objeto de estudo deste trabalho, sofreu, durante muito tempo, um intenso preconceito social, em função de carregar as marcas do povo, dos segmentos sociais menos privilegiados economicamente, lançando mão de uma linguagem que reflete o cotidiano dos espaços culturais brasileiros.

            Nos dias de hoje, podem ser percebidos novos fundamentos/ paradigmas educacionais, que respaldam novos enfoques e perspectivas, acompanhados de estratégias de ensino inovadoras. Ao invés de distanciar e erradicar a cultura popular, em suas múltiplas formas, dos processos de ensino e de aprendizagem, as novas orientações para o ensino preconizam a inserção dos artefatos culturais no cenário educacional. Para realização dessa faceta, há uma gama de estratégias. Entre elas, propõe-se, nesta escrita, a utilização da Literatura de Cordel como suporte didático nos processos de ensino e de aprendizagem.

            Apesar desses progressos paradigmáticos, não se pode dizer que o preconceito tecido em face desse tipo de literatura tenha sido totalmente erradicado/ extinto. Em outras palavras, diversos educadores que compartilham de concepções e modelos de ensino tradicionais ainda tecem posicionamentos contrários a essa literatura. Contudo, uma vasta quantidade de autores tem se debruçado sobre a Literatura de Cordel, abordando seus subsídios para novas práticas pedagógicas, rompendo/ quebrando com padrões tradicionais de ensino, rumo a novas formas de construção da aprendizagem. É nesse sentido que a Literatura de Cordel propicia a eclosão de novas tendências pedagógicas para o ensino, a partir da inserção de múltiplos e diversificados aspectos/ fatores da cultura popular nos processos de ensino e de aprendizagem. O que, por conseguinte, leva para o cenário pedagógico novos horizontes para a construção social do conhecimento do discente.

Referências

FONSÊCA, Alexandre Vítor de Lima; FONSÊCA, Karen Sheron Bezerra. Contribuições da literatura de cordel para o ensino da cartografia. Revista Geografia, v. 17, n. 2, Londrina, 2008.

GOMES, Gustavo Manoel da Silva; NASCIMENTO NETO, Luiz Domingos do. A Cultura Afro-Brasileira no Saber Escolar Contemporâneo: articulando histórias, linguagens, memórias e identidades. Revista Encontros de Vista, v. 02, p. 13-24, 200

Reproduzido de Notícia da Hora

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