CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Cordel é tema de peça teatral em Irati (PR), dia 18

          Nesta sexta-feira, dia 18, Irati vai receber a comédia teatral “Cordel, Uma Viagem Pela Cultura” que, além de explicar o universo da literatura de cordel, também retrata os costumes e tradições do povo nordestino. Segundo seu autor, o diretorFelipe Henrique da Silva, que também atua na peça, “Cordel é um espetáculo que leva o público para uma ampla viagem pela cultura popular, tendo como pilar principal a literatura de cordel.”

          Serão duas apresentações (às 19h e às 20h), no Centro Cultural Clube do Comércio. A classificação é 12 anos e os ingressos custam R$ 10, e R$ 5 para meia entrada ou estudante. Informações pelo telefone 3907 3157.

Paradoxos

             A comédia teatral “Cordel, Uma Viagem Pela Cultura”, ainda de acordo com Felipe Henrique da Silva, aborda de um modo geral um paradoxo: “a cultura de um povo que, por muitos, é visto apenas como sofrido, castigado pela seca sertaneja, mas que a despeito de tudo isso tem o cuidado e a alegria de preservar suas tradições, mantendo viva esta importante faceta da cultura popular brasileira”.

           Quando os trabalhos de pesquisa começaram, o foco do autor era especificamente a literatura cordelista, mas o rico meio popular nordestino propiciou diversas outras abordagens que estão inseridas neste espetáculo popular e são trazidas ao palco pelo artista.

           A peça é uma montagem da Companhia Teatral Procênio, de Limeira (SP), que está em tournée pelo Paraná. Em Irati, recebeu apoio da Secretaria Municipal de Patrimônio Histórico, Turismo, Cultura, Lazer e Desportos.

Síntese do gênero

           A Literatura de cordel é um tipo de poema popular, originalmente oral, e depois impresso em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome originado em Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes.

             No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado - embora o povo chame esta manifestação de folheto - mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas.

          As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

Fonte:irati.pr.gov.br

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