O município de Irecê se mobiliza para receber estudantes, visitantes da região e de outras localidades que participarão do seminário sobre a Literatura de Cordel. A ação acontece no campus XVI da Uneb entre os dias 22 e 24 de maio e traz a temática “A Arte Cultural Popular em Múltiplas Linguagens no Território de Irecê” para o centro do debate. Os acadêmicos do curso de Letras da universidade planejaram e promoverão a atividade que, para os coordenadores, é de relevância para a cultura da Bahia, do nordeste e do Brasil. “O tema ficou esquecido e agora volta a ocupar aos poucos seu espaço na sociedade, graças a eventos como este que vêm articulando e sensibilizando pessoas que estão envolvidas diretamente com esta produção literária, que não se cansarão e não desistirão da jornada de desafios para a continuidade desta literatura”, salienta Jorge Nascimento de Oliveira, colaborador voluntário, em contato com o Jornal da Chapada.
O seminário em Irecê vai contar com a participação de Ady teles, Amarino Queiroz, Antônio Barreto, Bule Bule, Carlos Silva, Felipe Júnior, Flanklin Maxado, Helder Pinheiro, Janete Lainha, Lucas de Oliveira, Luiz Natividade, Markinhos Forró Furado, Nelinho e Banda. De acordo com Oliveira o empenho dos estudantes na realização do evento chama a atenção para a qualidade de artistas engajados. “Na gestão dos trabalhos encontra-se Sandro Gomes Oliveira, junto com sua equipe de colegas acadêmicos. Em diálogo freqüente com Sandro, por intermédio de mídia internet, testemunho o seu empenho nas chamadas pra reunir-se, debater e sensibilizar através das campanhas de divulgação, visando o êxito do evento. Será um momento de enriquecimento e aprendizagem, basta conferir os renomados nomes que compõem a estrutura montada pra disseminar esta cultura”.
As atividades do seminário serão ricas em conhecimento, que será transmitido, replicado, cantado, festejado e multiplicado com embasamento, fundamentados em experiências de vida profissional ao longo do tempo. “Essa ação vai reviver momentos importantes da Nação Brasil, envolvendo todos, acadêmicos, cantadores, cantores, compositores, pessoas da comunidade, poetas, professores, xilografista, ouvintes e tantos outros”, afirma Jorge.
“Fica a ressalva da importância que a academia esteja promovendo esse evento, mas o povo precisa ter cordéis nas mãos, no mercado, na esquina, na padaria, na feira, no botequim, na praia, na praça, na banca de jornal, na livraria, na roça, enfim, na escola. A memória do povo precisa estar com o povo, não coloquemos em prateleiras apenas – assim o povo não vai ler, não vai saber, não vai aprender”, completa o colaborador voluntário Jorge Oliveira.
Fonte: Jornal da Chapada
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