Entre as muitas artes do catingueiro nordestino está à literatura de cordel, que é a expressão cultural em rimas e prosas de tudo aquilo que se vê no dia a dia. Criador de muitos textos dessa arte, o sociólogo, advogado e cordelista, José Walter Pires, durante suas andanças, se deparou com “A Milagrosa”, a farmácia homeopática a base de raízes, dita pelo seu proprietário como “a solução para depois dos sessenta para quem está na impotência”. Com tantas promessas de quase tudo curar, e com tantas prosas hilárias, pois o local se tornou ponto de encontro para uma boa resenha, o olhar rimador do professor o induziu recheado de inspiração a anotar em seu cordel o dia a dia da ‘Milagrosa’. “Foi uma coisa que surgiu, pela força das andanças, e aquele que ainda não passou pela milagrosa ainda irá passar. Tive o privilégio de encontrar aqui no meio da feira, esse Oasis da nossa caatinga e resolvi com a ajuda do Luciano catalogar através dos versos de cordel a força das raízes que promete de tudo curar. E estou feliz de estar aqui hoje lançado ao público o resultado final desse cordel”, declarou Zé Walter, ao Brumado Notícias. O lançamento do cordel ‘A Milagrosa’, aconteceu no último sábado (24) e a quitanda das raízes curandeiros servirá de ponto de apoio da cultura de cordel no mercado municipal. “É uma emoção sem tamanho poder contar com os cordéis do Zé na ‘Milagrosa’. Aqui agora é assim, o cabra chega doente e triste, e volta curado e sorrindo”, narrou Luciano de Almeida, o quitandeiro das raízes, que promete que há cura até para dor de chifre.
Fonte: www.brumadonoticias.com.br
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