A Fundação Casa de José Américo, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Cultura, deu início à etapa de pesquisa do projeto “Formação Inicial do Acervo de Literatura de Cordel Leandro Gomes de Barros”, que foi aprovado pelo Fundo Municipal de Cultura da Prefeitura de João Pessoa.
O objetivo do projeto é formar um acervo especializado em literatura de cordel e obras literárias afins, para preservar a memória da cultura popular regional e disponibilizá-lo ao acesso público. Serão beneficiados pesquisadores, estudiosos, acadêmicos, literatos, jornalistas, artistas, turistas, incentivadores da cultura nordestina, além dos interessados no estudo de literatura popular.
Na prática, o projeto reunirá a produção literária de cordel e obras afins, visando à ampliação das fontes bibliográficas da Biblioteca da Fundação Casa de José Américo. Isso implicará na pesquisa dos folhetos de cordel e obras literárias correlatas existentes nos centros editoriais do Brasil para aquisição e organização sistemática para pesquisa e divulgação por meio da publicação de um catálogo.
Com previsão de execução no período de seis meses, o projeto será desenvolvido em cinco etapas sucessivas: pesquisa, seleção, aquisição, processamento técnico e elaboração de um catálogo. O projeto foi elaborado pela equipe da Biblioteca Dumerval Trigueiro Mendes, ambos do Departamento de Pesquisa da Fundação Casa de José Américo.
Leandro Gomes de Barros – A escolha do nome do projeto é uma homenagem ao cordelista paraibano Leandro Gomes de Barros, pioneiro na Literatura de Cordel, no formato impresso.
No contexto da História da Cultura Nordestina, Leandro é considerado o patrono da Literatura Popular em Verso. Paraibano de Pombal, onde nasceu dia 19 de novembro de 1865, foi o primeiro a publicar, editar e vender seus folhetos. Uma das características marcantes é que seus folhetos tratam de uma grande diversidade de temas universais que abordam assuntos variados, desde a descrição da vida nordestina de sua época, reclamações sobre o governo, crítica à carestia, às guerras e ao desregramento da sociedade, sempre em tom de sátira e ironia.
Leandro faleceu em Recife, no dia 4 de março de 1918.
Fonte: Governo da Paraíba
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