Por Manoel Belizario
Passou
na rua um pedinte
Num
alarido sem fim
Esmolando
uma moeda?
"Ai,
ai, ai, que vida ruim!"
"Iped!" gritou o jovem
Ambulante
Serafim.
"Iped!" continuava
Serafim
pra todo lado
Uns
populares disseram
"Vejam
só que desgraçado
Rindo
da situação
Daquele
pobre coitado."
"Iped pra todo mundo!
Iped!
Ó o Iped truta!"
Serafim
gritava alto
Naquela
sua labuta
E
os populares diziam
“Isto
é um filho da puta.”
"Iped aí cidadão?"
O
pedinte revoltado
Disse
peço sim seu moço,
Mas
ninguém é obrigado
A
dar uma só roela
Eu
estou certo ou errado?"
"Seu
moço, seu moço eu
Poderia
estar roubando,
Batendo
bolsa e carteira,
À
mão armada assaltando,
Porém
preferi pedir
Eu
estou lhe incomodando?"
"Continuarei
pedindo
O
senhor goste ou desgoste."
Serafim
não percebeu
A
raiva daquela hoste
Por
continuar gritando
Foi
amarrado a um poste.
Fonte Imagens na ordem em que aparecem no poema
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