Por Manoel Belizario
Tinha tudo para ser um dos maiores momentos de valorização da Literatura de Cordel brasileira, mas o tiro saiu pela culatra. E o pior é q entramos em contato, nos números e emails sugeridos e só nos são dadas respostas vagas. Bem meus amigos, daqui a pouco completa um ano que o edital foi lançado. Todo mundo reclamando pela internet no site do MINC, mas eles fingem que não nos ouvem. A partir de agora vou publicar poemas meus e de colegas abordando o assunto. Abaixo algumas estrofes que Flávio Domingos Dantas publicou em: http://www.cultura.gov.br/site/2010/06/08/premio-mais-cultura-de-literatura-de-cordel-2010-edicao-patativa-do-assare/
Flávio Domingos Dantas
15 de maio de 2011O poeta vem voando
Como faz a arribaçã,
Desdeu do alto da serra
Da querida Jaçanã,
Com destino a Brasília
Segunda pela manhã.
Vou voando pelo alto
Cantando feito um canário,
Cortando o meu Brasil
Encantado com o cenário,
Tô buscando o meu prêmio
Me sentindo um otário.
Tô buscando o respeito
Pro poeta do cordel,
Que em janeiro pensava
Por pouco estar no Céu,
E hoje tá amargando
O triste sabor do féu.
Tô chegando em Braília
Tem políticos até demais,
O discurso é bonito
Cada um quer falar mais,
Ministra pague aos poetas
Pois assim retorno em PAZ.
Minha fé tá se acabando
A esperança também,
Pois Lula saiu devendo
E Dilma deve também,
Será que vamos esperar
As eleições, ano que vem.
O poeta tá partindo
Ainda com decepção,
Esperando o seu prêmio
Não pensem que é milhão,
E retorna pro Nordeste
O Poeta do Povão.
Flávio Dantas
51º classificado no concurso
Produção do folheto.
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