CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



sábado, 9 de abril de 2011

Literatura de Cordel é tema de palestra (SC)

Fonte: “Jornal Data X” www.jornaldx.com.br

Ambiente repleto de arte e cultura. Assim que estava a Escola de Educação Básica Custódio de Campos na última quarta-feira(23). O motivo? Uma palestra sobre a literatura de Cordel, ministrada pelo poeta sergipano, Luíz Carlos de Oliveira.
Na palestra, Luíz explicou a diferença de um cordel para uma poesia, para um poema e como é fácil de fazer uma poesia. “Da pra fazer poesia com a sua própria cidade, com o seu colégio, improvisar na hora”.
De acordo como o professor e Assessor de Direção, Moacir Nalin, o objetivo da palestra foi complementar os trabalhos realizados em sala de aula. “É bom para eles terem acesso a outras linguagens, e também para que eles conheçam as várias maneiras de se expressar”, afirma.
Para o aluno da 7ª série, Walace Gibosqui, 12 anos, a palestra foi muito interessante. “Me chamou a atenção a poesia e a maneira como ele se expressa. Vai ajudar na aulas também”. Já para a aluna da 2ª série do ensino médio, Gabriela Lago, 14 anos, a palestra motivou bastante para estudar mais e melhorar na vida. “A palestra foi bem proveitosa, entender a poesia e conhecer a vida dele foi ótimo”.

Luíz Carlos de Oliveira
Sergipano, viaja pelo Brasil inteiro ministrando palestras. É autor de vinte e oito livros de cordel e já fez cerca de três mil apresentações.
De acordo com ele, resolveu viajar pelo Brasil trabalhando com isso porque no Nordeste existe um boato que a literatura do cordel esta meio em extinção na região Sul. “Então, eu estou fazendo todos os estados, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, atropelei Mato Grosso do Sul em peso, Mato Grosso, Goiás, mais de trezentos municípios de São Paulo e o Paraná quase completei, ficou algumas cidades só do Paraná”, afirma.


Dom
Segundo Luíz, ser poeta é ter o um dom. “É um dom desde nascença, mas com a vivência também vai se inspirando, por exemplo, pega uma rodovia, e encontra um pedágio se for exploração você rima ele, você faz uma poesia dele. Chega a primavera você faz uma poesia com a primavera”, explica.
O sergipano conta que descobriu esse dom por causa de uma decepção amorosa. “Eu gostei de uma moça e um fofoqueiro da cidade disse para ela que eu disse que iria casar com ela porque ela tinha feito uma cirurgia cardíaca, depois disso, ela não me quis mais”. Destaca que não conseguia dormir e começou a escrever. Nessa brincadeira escreveu vinte e oito livros de cordel.

Custódio de Campos
Conforme Nalin, atualmente o Custódio de Campos pode ser considerado uma das melhores escolas de Santa Catarina, através dos indicadores de qualidade em educação. “Isso faz com que a gente tenha uma responsabilidade maior com os alunos no processo de ensino aprendizagem. Trazer novidades é se comprometer com o ensino de modo em geral”, destaca.
A aluna da 2ª série do ensino médio, Andressa Sanssanovicz, 16 anos, parabeniza a escola pelas iniciativas de trazer novidades para os alunos que motivam. “O colégio traz coisas diferentes e se preocupa em trazer conhecimento para os alunos. Espero que tenhamos novas palestras que servem de incentivo para, nós jovens, estudar”, declara.

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