CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



domingo, 25 de dezembro de 2016

MENSAGEM DOS PROFESSORES AOS ALUNOS CONCLUINTES DO AUGUSTO DOS ANJOS JOÃO PESSOA – 2016.


Por Manoel Belisario
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Caros alunos concluintes
Um novo ciclo se encerra.
Momentos inesquecíveis,
Vossa memória descerra.
O passado nos invade,
Com a marca da saudade
Vem ao nosso peito e o ferra.
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Muitos de vocês chegaram
Nesta escola ainda na infância.
Trazidos por vossos pais
Com cuidado e vigilância.
Sonhando em vê-los distantes
Longe das trilhas errantes
Do Mundo da Ignorância.
***
Esta escola os acolheu
Como um abraço materno.
Foi vosso lar, vossa praça,
Foi matéria de um caderno
Onde se escreve poesia;
O sol surgindo num dia
Gelado do fresco inverno.
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Por aqui vós acessastes
Ao saber fundamental,
Entrada, porta, alicerce
Pra sapiência de alto grau.
Tivestes nós professores
Como facilitadores
Desse processo essencial.
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Fostes bem entronizados
Nos saberes culturais
Que são sistematizados
Em róis educacionais
Cujas teses muito sérias
Se traduzem nas matérias
E seus assuntos globais.
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Estudastes Matemática,
História, Geografia, Inglês,
Ciências, Educação Física,
Religião, Artes, Português
E tantos ensinamentos
Que nos corações atentos
Grande importância se fez.
***
Quanto engenho transmitido!
Quantos valores passados!
Para o mundo, para a vida,
Por nós fostes orientados.
Fica, pois em vossas mãos
O papel de cidadãos
Com os braços descruzados.
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Seus amigos conquistados,
Esta longa trajetória
Vivida sob este teto
Levais em vossa memória.
Os saberes recebidos
Jamais vão ser esquecidos.
São parte de vossa história.
***
Enfim, sentimos cumprida
Nossa parte da missão.
Caso vos venham saudades
Afligindo o coração,
Estamos aqui bem perto
Com o abraço e o peito aberto
E ainda estendida a mão.
***
A maior RIQUEZA humana
Está no CONHECIMENTO,
Nele mora a liberdade
Dona do DISCERNIMENTO.
O que dele se apropria
Na PLENA CIDADANIA
Constrói um belo aposento.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Alunos de escola municipal produzem livro com poesias e literatura de cordel ( MANAUS- AM)

   
Vinte sete alunos do 9º, do turno matutino, da Escola Municipal Antônio Matias Fernandes, Comunidade da União, bairro Flores, zona Centro-Oeste, produziram o livro intitulado “Literatura de Cordel e Poesias”. A obra é composta por 20 produções literárias, sendo 15 cordéis e cinco poesias.
O livro foi produzido durante o 3º bimestre de 2016, entre os meses de julho a setembro, durante as aulas da disciplina de língua portuguesa, realizadas pela professora Adriane Costa.
A produção literária retrata a vida cotidiana, o olhar de mundo, a realidade, vivencia e laços conquistados pelos alunos no ambiente escolar, além de histórias que falam de amor e da vida pessoal dos estudantes.
Segundo o gestor da escola, Rodrigo Froes, a ideia surgiu com Sarau de Literatura Amazonense, realizado na escola, no último mês de agosto. O Gestor ressaltou que o livro tem a finalidade de mostrar aos estudantes que eles podem ser construtores das suas próprias histórias.
“A ideia do livro é mostrar que os alunos podem produzir um material literário rico, mostrando o seu cotidiano. A ideia também é pensar na língua portuguesa de forma viva e prática”, explicou.
Umas das escritoras mirins é a aluna Jully Simukaua. Segundo a estudante, ela já gostava de ler poesias e cordéis, mas foi primeira que escreveu obras dos gêneros literários, que envolvem rimas e historias em forma de relatos orais.
“Eu sempre gostei de poesias, de ler, mas eu nunca tinha experimentado escrever um cordel ou fazer uma poesia. Para mim foi uma experiência boa, uma experiência interessante, me senti como uma escritora de verdade”, descreveu.
Texto: Emerson Felipe
Fotos: Divulgação / Semed
FONTE: http://politicaaplicada.com.br/


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

VOSSA EXCRESCÊNCIA (VERSO I)


A empresona, Odebrecht
Está sem inspiração
Dando nomes tão manjados
Ao magote de ladrão.
Eles querem nossa ajuda.
Valha-lhes Deus, corre acuda
Vamos deixar sugestão.

O batismo no cangaço
Tinha mais criatividade.
Vamos descer mesmo o nível.
Sugira nome à vontade.
Quem compete nesse meio
Vence quem fizer mais feio
Apelido, meu ‘compade’.

BOCA MOLE

Boca-manga-bacurinha,
Boca-angu, Boca de Fole,
Boca de Bosta, Bocão,
Boca-come-e-nunca-engole;
Boca-ministro-gilmar
Boca-jacaré-aruará
Boca-não-tem-quem-controle.

TODO FEIO

Coisado, Febre do Rato,
Todo Horrível, Sai do Meio,
Nauseado, Apapagaiado,
Ligeirinha-perde-freio
Chupando-limão-na-feira
Ricardo-no-CAC, Beira-

de-CUeiro, pangoleio.


(Manoel Belizario)