O Ministério Público Eleitoral em Pernambuco lançará, no dia 13 de agosto, a campanha “Pelejando por uma eleição mais justa”. Baseada em elementos do cordel, com linguagem simples e acessível, a ação aborda cinco temas: compra de voto, uso da fé para cooptação de eleitores, segurança da urna eletrônica, notícias falsas (“fake news”) e escolha crítica dos candidatos.
A campanha utiliza linguagem simples e acessível, com vocabulário típico de Pernambuco, como o “pelejando”, que significa “lutando, brigando”. “Queremos dialogar com a população e, para isso, escolhemos usar versos no estilo da literatura de cordel, muito comum em nossa região”, explicou o procurador regional eleitoral em Pernambuco, Francisco Machado. Ele também destacou a preocupação em valorizar as mulheres, que estão presentes nas ilustrações das peças gráficas e também nos spots de rádio. “A importância da participação feminina nas eleições tem sido um dos principais focos do MP Eleitoral, e nossa campanha procura refletir isso”, explicou o procurador.
O procurador regional eleitoral substituto, Wellington Cabral Saraiva, ressalta que o Ministério Público vem cumprindo seu papel, acompanhando de perto o processo eleitoral e ajuizando ações, quando necessário, para garantir equilíbrio, legalidade e legitimidade da disputa. Porém, o engajamento dos eleitores é fundamental nesse processo. “A democracia depende da participação de cada cidadão e cidadã, combatendo práticas ilícitas e escolhendo seus candidatos de forma consciente e responsável”, declarou. Segundo o procurador, “a finalidade da campanha é despertar maior consciência dos eleitores e eleitoras, para que tenhamos representantes éticos e comprometidos eleitos este ano.”
Os cinco temas abordados na campanha foram escolhidos porque costumam confundir as pessoas e, por isso, demandam esclarecimentos. Por exemplo, algumas pessoas acham que compra de votos só ocorre mediante pagamento em dinheiro. Mas é comum candidatos oferecerem outros tipos de vantagem indevida, como tijolos, dentaduras e empregos. Outro tópico é o uso da fé para cooptar eleitores, o que já levou o MP Eleitoral a ajuizar ações contra alguns pré-candidatos. “Todos têm direito a se candidatar e a ter sua crença, mas usar religião para influenciar eleitores é indevido e pode ser ilegal”, explicou Wellington Saraiva.
A campanha também trata das notícias falsas e chama a atenção do eleitor para o fato de que é preciso confirmar as informações que recebe, mesmo que venham de fontes supostamente confiáveis. Finalmente, o quinto tema alerta quem escolhe candidatas e candidatos apenas por ouvir falar neles ou receber indicação de terceiros. “Hoje, há muitas ferramentas disponíveis para que os eleitores se informem sobre as propostas dos candidatos e partidos e sobre o currículo daqueles que querem se eleger. Todos precisamos ter o compromisso de dedicar algum tempo a essa pesquisa e votar com responsabilidade”, declarou Francisco Machado.
Sem dispor de recursos específicos para o projeto, o MP Eleitoral contou com parcerias e apoio de voluntários para produzir as peças da campanha. Os textos foram elaborados pela Assessoria de Comunicação do órgão, que coordenou o trabalho. As ilustrações das peças gráficas foram criadas pelos artistas plásticos Rafa Saraiva e Mila Cavalcanti. Os spots de rádio foram gravados em estúdio da Universidade Católica de Pernambuco, com locução de Gilmar Lyra, Wilza Saraiva e Daniel França, e editados pela equipe de comunicação da Procuradoria-Geral da República, também responsável pela publicação das mensagens nas redes sociais.
A divulgação das peças será feita com apoio de vários veículos de comunicação, que se mostraram receptivos à iniciativa e fizeram questão de aderir à campanha. Também serão afixados cartazes em pontos de grande circulação de pessoas, em vários municípios do estado.
Fonte:https://blogs.ne10.uol.com.br
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