CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



quinta-feira, 28 de julho de 2011

Melhoria no Ideb e cordel como ferramenta didática da Educação são temas da formação continuada na FLIT - (TO)

Fonte: secom.to.gov.br

Educadores de todas as regiões do Estado têm marcado presença nas palestras e oficinas que compõem a programação da formação continuada oferecida pela FLIT

Demonstrando grande interesse em se aprimorar, os educadores de todas as regiões do Estado têm marcado presença massiva nas palestras e oficinas que compõem a programação da formação continuada oferecida pela Feira Literária Internacional do Tocantins (FLIT). Durante esta quarta-feira, 27, por exemplo, os auditórios do Tribunal de Justiça (TJ) e da Assembleia Legislativa (AL), respectivamente, receberam, dentre outras atividades, uma palestra com o tema “Metas e Ações para elevar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)” e uma oficina sobre a utilização do cordel como ferramenta didática da educação.

Ministrada pelos professores Maria Antônia Almeida Costa e Francisco Alves Nascimento, a palestra apontou algumas ações realizadas na Escola Beatriz Rodrigues da Silva, de Palmas, que levou a unidade à melhor colocação das regiões Norte e Nordeste do Brasil e entre os 50 melhores de todo o país, conforme explica a professora Maria Antônia. “Em dois anos, intervalo entre as pesquisas, o índice do Ideb da escola subiu de 4,7, em 2007, para 7,5, em 2009. Agora nós ainda aguardamos os resultados de 2011. A nossa proposta aqui é justamente a de explanar as experiências positivas. Dentre elas estão a busca pela prática da interdisciplinaridade, a elaboração de material apostilado produzido pela própria unidade, simulados mensais e, também, reuniões mensais com os pais e os alunos, para que possamos monitorar mais precisamente o desenvolvimento educacional e cidadão de cada estudante”, exemplificou a professora.

Educando e poetizando

A oficineira Valquíria de Lima Maranhão ensinou a metodologia de utilização do cordel nas aulas de português e literatura para as professoras que se inscreveram para esta modalidade de formação continuada. Pernambucana residente em Palmas há cerca de oito anos, Valquíria Maranhão explicou que o baixo custo da implantação do projeto em unidades de ensino e o ganho que ele promove para os alunos envolvidos é um dos destaques da utilização do cordel nas salas de aula. “A partir do cordel, os alunos tomam mais gosto pela literatura, já que ele é caracteristicamente lúdico, divertido, além de possuir ritmo e um quê teatral que os cativa muito rapidamente, despertando nos estudantes o interesse maior pela leitura. Sem contar que podemos trabalhar a adaptação de obras literárias, a voz e as técnicas de plataforma, de encenação, os tornando menos desinibidos e mais comunicativos”, destacou a cordelista, que leciona Comunicação e Expressão no Centro Universitário Luterano de Palmas - Ulbra e coordena o projeto “Baú de leitura”, na Escola Estadual Maria dos Reis Alves Barros, do Taquari.

Professora de literatura do Ensino Médio do Colégio Estadual Lagoa da Confusão, no município de Lagoa da Confusão, Magnólia Gomes da Rocha disse que após a familiarização dos estudantes com a dinâmica do cordel, o desenvolvimento das aulas flui de maneira muito natural. “Eu já experimento a utilização da literatura de cordel nas minhas aulas há quatro anos, mais ou menos. No início, confesso, a resistência dos alunos complicava tudo, já que eles não eram acostumados com a metodologia. Mas isto é só no começo mesmo, e logo passa, pois o caráter lúdico e animado do cordel aguça o interesse deles e os cativa, tanto é que atualmente realizamos ótimos trabalhos juntos”, ressaltou a professora.

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