CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



quinta-feira, 21 de julho de 2011

A LITERATURA DE CORDEL

Fonte: ecodesenvolvimento.org.br

cordel
Foto: Academia Brasileira de Literatura de Cordel/Divulgação

Os livros de cordel já foram muito estigmatizados no passado. Escritos em linguagem despreocupada com as normas do português e impressos em folhas cortadas pelos próprios autores, os livretos de 8 a 32 páginas são parte da artesanal e rica cultura nordestina.

Atualmente, o cordel é respeitado e possui um público fiel encantado com as poesias - retratos de tristezas e alegrias de quem vive no sertão brasileiro. Há, inclusive, uma Academia Brasileira de Literatura de Cordel que disponibiliza tiragens e mais tiragens de cordéis que marcaram história, além de realizar eventos com encontros de poetas populares.

A prática de contar em versos os acontecimentos e a imaginação surgiu na Europa, antes mesmo do descobrimento do Brasil. Mas com a colonização das Américas, essa cultura popular se espalhou junto aos portugueses, espanhóis e franceses que vieram para o novo mundo.

Apesar de ser considerada uma manifestação mais cultural do que intelectual, o cordel também possui uma variedade de métricas. Uma das mais usadas em combates de oratória é a sextilha, feita de seis versos. Esta é a modalidade mais rica, pois possui cinco estilos de estrofe diferentes com rimas em versos alternados ou seguidos, a depender do modelo.

Entre os primeiros mestres da literatura de cordel brasileira está o pernambucano Leandro Gomes de Barros. Ele escreveu mais de 230 obras, entre elas "História do Cachorro dos Mortos", que vendeu mais de um milhão de exemplares e já é domínio público.

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