CORDEL PARAÍBA
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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.
(Manoel Belisario)
quarta-feira, 5 de maio de 2010
VOCABULÁRIO CABA DA PESTE
Por Galeota
Sou do Nordeste do Brasil, da Paraíba, e detesto quando as pessoas imitam (= arremedam) o meu sotaque, mas, não posso negar que o nosso vocabulário, realmente, é muito divertido. Aqui vão exemplos de algumas expressões:
Botão é pitôco
Se é miúdo é pixototinho
Se é pequeno é cotôco
Tudo que é bom é massa
Tudo que não tem qualidade é peba
Rir dos outros é mangar
Se é franzino é xôxo
O bobo se chama leso
E o medroso chama frouxo
Tá estranho tá tronxo
Vai sair diz vou chegar
Mendigo é esmolé
Cara (=caba) sem dinheiro é liso
Pernilongo é muriçoca
Chicote se chama açoite
Quem entra sem licença emburaca
Sinal de espanto é vôte!
Se tá folgado tá folote
Se a calça tá curta tá pegando-marreco
Quem tem sorte é cagado
Quem dá furo é fulero
Sujeira de olho é remela
Gente insistente é pegajosa
Agonia é aperreio
Meleca se chama catota
Gases se chamam bufa
Catinga de suor é inhaca
Palhaçada é munganga
Desarrumado é malamanhado
Bainha é abanhado
Pessoa triste é borocoxô
É mesmo! é Iapôis!
Correr atrás de alguém é dar uma carrera
Cabide é ombrêra
Passear é bater perna
Fofoca é babado, resenha
Estouro se chama pipôco
Confusão é rolo …
Bater no carro é dar uma barruada
Jogar fora é jogar no mato
Ficar puto, irado é ficar grosso!
Qualquer coisa é “negócio”
Fazer a volta é arrudiar
Camisa por dentro da calça é ensacar
Se não souber do verbo diz coisar…
Fontes: Imagem: http://www.mel.blogger.com.br/Sertanejo1.jpg
Texto: http://galeota.wordpress.com/2006/11/01/vocabulario-caba-da-peste/
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