José de Sousa Dantas nasceu em 21/11/1954, no sítio São João, em Pombal - Paraíba; engenheiro civil pela UFPB (1977), com mestrado pela Escola de Engenharia de São Carlos - SP (1980). Casado, pai de três filhas. Funcionário do Estado da Paraíba desde 1980, iniciado na Secretaria do Planejamento e, atualmente, assessor da Secretaria das Finanças. Poeta, escritor, autor do Livro “A História do Meu Lugar - Contos e Versos” (1998); coordenador da elaboração de livros e CDs da cultura popular e promovente dos encontros de poetas e repentistas, realizados em João Pessoa e Pombal.
Tem elaborado vários poemas, alguns constantes das seguintes coletâneas: Anais do I Grande Encontro de Poetas e Repentistas em João Pessoa (1999); Uma Noite Estrelada de Poesia em Pombal (2000); A Fortuna do Repente (2000), VERSOS ITINERANTES (2001); NO MUNDO DA POESIA - Pombal Revive Cantando o que Leandro Sonhou (2001); Poetas Encantadores (Zé de Cazuza, 2001).
Conquistou o primeiro lugar com o Poema “O Construtor da Poesia”, no VII Festival Sertanejo de Poesia (FESERP) - Prêmio Augusto dos Anjos, realizado em 18/12/1999, em Aparecida - PB.
Atualmente, continua elaborando poesias, colaborando com alguns sites.
Vejamos alguns versos deste ilustre cordelista:
A minha INFÂNCIA dourada, os anos não trazem mais
José de Sousa Dantas, em 19/04/2005
Eu tenho grande saudade
do meu tempo de criança;
está na minha lembrança
a velha propriedade,
que mantém a identidade,
os seus costumes locais,
os modos, os rituais,
toda a tradição formada.
A minha infância dourada
os anos não trazem mais.
No meu tempo de criança,
no ambiente feliz,
me aliava aos guris,
colegas da vizinhança,
numa vida de bonança,
cheia de felicidade,
me divertia à vontade,
brincando com a meninada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Eu relembro quando eu ia
nos domingos visitar
as pessoas do lugar,
com meus pais na companhia,
era grande a alegria,
brincar nos meios rurais,
com meus amigos leais,
em cada nobre morada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Do alpendre da vivenda,
eu contemplava a beleza
da excelsa natureza,
as paisagens da fazenda.......
Eu me lembro da moenda,
das produções sazonais,
dos alfenins colossais,
da batida temperada,.....
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Eu tenho recordação
do tempo bom que se foi,
do velho carro de boi,
nossa melhor condução,
que cantava com o cocão,
nas estradas vicinais,
cujas notas musicais
advinham da toada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Corria pelo terreiro,
no meu cavalo de pau,
arrodeava o jirau,
seguindo pelo aceiro,
passando pelo barreiro,
espantando os animais,
de outros, corria atrás
até a mata fechada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
É belo ver o vaqueiro,
no seu cavalo montado,
cantando e tangendo o gado,
no campo, no tabuleiro,
transpondo despenhadeiro,
espinhos e cipoais,
garranchos e carrascais,
na condução da manada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
No período do inverno,
começando de janeiro,
eu curtia o tempo inteiro,
vendo a mudança de terno,
do campo verde e moderno,
no brilho dos vegetais,
das ervas e cereais,
fruto da terra molhada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Com a chegada da chuva,
de repente muda o clima,
o sertanejo se anima,
em todo canto há saúva,
sai canapu, como uva,
no aceiro dos currais,
no meio dos matagais,
na época da invernada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Tomava banho no rio,
no riacho e no açude,
naquele ambiente rude,
aconchegante e sadio,
ainda hoje aprecio
as riquezas naturais,
os mais belos visuais,
daquela terra sagrada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Nunca me sai da lembrança
a aurora, o nascer do sol,
aquele grato arrebol,
a brisa suave e mansa,
o orvalho da ervança,
o plantio nos quintais,
nas baixas, os arrozais,
e algodão, na lombada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Lembro-me da embuzada,
mel de abelha, rapadura,
a melancia madura,
mingau, cuscuz, maxixada,
arroz, feijão, carne assada,
comidas regionais,
os filhós, os mungunzás,
manteiga, queijo, coalhada,.....
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
O canto da acauã,
do rouxinol, do concriz,
seriema, codorniz,
juriti e jaçanã,
canário, maracanã,
rolinhas e sabiás,
graúnas e carcarás,......
com início na alvorada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Um canário cantador,
nas galhas da catingueira,
na linha da cumeeira,
que parecia um tenor,
gorjeando com fervor,
pelos pátios e currais,
descampados e frechais,
a partir da madrugada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Lembro quando procurava
ao redor de casa ninhos
dos alegres passarinhos,
alguns deles, encontrava,
muito contente eu ficava,
transparecendo demais
nos meus olhos os sinais,
pela aventura alcançada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Cacei ninho de galinha
e guiné, pelo aceiro
do terreiro e tabuleiro,
por perto dos pés de pinha,
de moita, de vassourinha,
por dentro dos capinzais,
das cercas, dos milharais,
e do lado da calçada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Lembro as flores de pereiro,
velame e mandacaru,
catingueira, cumaru,
de angico e marmeleiro,
de jurema e juazeiro,
dos diversos roseirais,
cor amarela, lilás,
branca, azul, verde e pintada,.....
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
A argolinha, o São João,
os contos, a cantoria,
o passeio, a pescaria,
as domingueiras, leilão,
o rosário, a procissão,
as atrações culturais,
as festas habituais,
casamento e farinhada,.....
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
De vez em quando me lembro,
das quadrilhas do São João,
mamulengo, apartação,
e aniversário em novembro,
as festas até dezembro,
nos diversos arraiais,
que são tradicionais,
cada uma é recordada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Toda área nordestina
mantém sua tradição,
faz a comemoração
da grande festa junina -
atraente e genuína,
com sanfoneiro tenaz,
e o forró nos satisfaz,
debaixo de uma latada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Tive uma infância ditosa,
modesta, rica, abundante,
divertida, fascinante,
atraente e prazerosa,
sadia, maravilhosa,
cheia de vigor e paz,
com lições fundamentais,
para a minha caminhada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Eu tive a felicidade
e a grata satisfação
de viver no meu sertão,
com fé e prosperidade;
depois vim para a cidade,
no meu tempo de rapaz,
cultivar meus ideais,
numa escola renomada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Estou morando distante
do lugar que fui criado,
mas meu pensamento alado,
com meu peito palpitante,
vai bater lá num instante,
para reviver assaz
os momentos principais
daquela fase passada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Quando relembro os momentos
do meu tempo de CRIANÇA,
o meu sonho de esperança,
mexe com meus sentimentos,
nas asas dos pensamentos,
viajo correndo atrás
dos dias iniciais
daquela fase adorada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Toda a minha trajetória
do meu tempo de INFÂNCIA
foi cheia de exuberância,
de esplendor e de glória;
reviver essa história
me anima e me apraz,
me fortalece e me faz
escrever essa balada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Quando chego no lugar
que nasci e fui criado,
fico emocionado,
dá vontade de ficar
mais tempo, pra desfrutar
das atrações matinais,
vespertinas e reais
de uma noite enluarada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
QUER VER MEU PEITO APERTAR,
ME FALE DO MEU SERTÃO !
Eu sinto forte emoção,
recordando o meu lugar -
meu berço nobre, exemplar,
não esquecerei jamais,
nesses versos pessoais,
minha paixão é notada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Fazendo comparação,
da minha INFÂNCIA querida
com minha forma de vida,
é grande a transformação;
me desperta a atenção
pra aqueles tempos atrás
e a minha memória traz
uma saudade danada !
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Quero sempre agradecer
a DEUS, pela minha vida,
a minha INFÂNCIA querida,
que me ajudou a vencer;
pelo que pude aprender
com as lições dos meus pais
e dos velhos ancestrais,
pra seguir minha jornada.
A minha infância dourada,
os anos não trazem mais.
Fonte texto: http://www.usinadeletras.com.br/exibelocurriculo.php?login=dantas
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=8488&cat=Cordel&vinda=S
Imagens
http://www.quatrocantos.com/clipart/bandeiras/bandeiras_dos_estados_brasileiros/paraiba.gif
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn1-K6sjIm0hvp5a2rgKRr-lPe5ppqGT7-j_4XJ-1okoMNux8MHhfYu27j7bC3MW0q06hYRG2G-FQDSDUlOBvBeOJtZ0XMINylwMyQo6iJI8sB2nZWbLBQ3AqUPP55C2gB0w7h963WbW57/s400/barbeiros_01.jpg
O valor que a bunda tem Autor poeta
ResponderExcluirRaimundo Nonato da silva
A bunda quando é bonita
Enfeita o corpo de alguém
Vai em cima e vai a baixo
Na hora do vai e vem
E produz um lindo enfeito
Digo com todo respeito
O valor quer a bunda tem
Tem bunda bem feita e bonita
E bunda malfeita e mole
Tem dura como borracha
E mole que só um fole
Bunda bonita se mexe
Bunda feia não remexe
Nem balança nem se bole
Tem bunda de todo jeito
Bunda grande e bunda pequena
Bunda branca bunda preta
E bunda loira e morena
Parece até um segredo
Bunda de homem faz medo
Mas, de mulher vale apena.
Bunda de mulher é lisa
É linda mulher bunduda
Homem tema bunda feia
Caspenta e cabeluda
Pode achar ruim quem quiser
Bunda linda é de mulher
Dessas que é traseiruda
Mulher tem bunda pra fora
Homem tem bunda pra dentro
Bunda de homem eu estou fora
Bunda de mulher eu me concentro
Já disse a comadre Raimunda
Se o assunto é boa bunda
A onde estiver eu entro
Eu sou especialista
Em bunda bonita ou feia
Bunda magra bunda gorda
Bunda seca e bunda cheio
Este erro eu não cometo
E olha que não me meto
De falar na bunda aléia
No assunto de bundinha
Meu amigo eu digo á tu
Tem mulher da bunda mole
Parece um prato de angu
Outra é como tanajura
Da bunda empinada e dura
Como carne de caju
A mulher da bunda magra
Onde senta sente dor
Outra tem bunda macia
Como se fosse isopor
Onde eu fico olhando
Os caba vendo e falando
Esta bunda tem valor
Tem bunda de todo tipo
Aprumada e bunda torta
Bunda pensa e bunda larga
Bunda estreita viva ou morta
Bombom vivo e bombom morto
Bombom que traz bom conforto
E bombom que desconforta
Tem mulher com a bunda em cima
Outra a bunda é lá em baixo
Outra com a bunda nas costas
Não é coco, mas, tem cacho.
É tão feia a bunda dela
E pro cabra ficar com ela
Precisa ser muito macho
Tem mulher que não tem bunda
Faz plástica em toda parada
Tem bunda sem silicone
E bunda siliconada
É bom que não se confunda
Noutra a gente caça bunda
Mais não tem bunda e nem nada
Bunda quadrada ou redonda
E bunda pontiaguda
Mulher da bunda pequena
E mulher que é popouzuda
Não vou negar pra ninguém
Com valor que a bunda tem
Se a mulher for feia ajuda
Vejo mulher que mistura
Matéria prima com humana
Siliconada bunda e peito
Faz plástica e cai no engano
Bunda pirata quem quer
E eu conheço mulher
Que enche a bunda de pano
Usa fralda descartável
Enche a calcinha de espuma
Vai-se pra festa ou pra rua
Com cuidado ela se a ruma
É mesmo assim minha amiga
A roupa em seu corpo liga
Eu conheço mais de uma
Muito mais do que cruzeiro
Mais que dólar euro e real
Este seu corpo bem feito
Tão bonito e sensual
Mulher bonita é a sim
Seu bom, bom é para mim
O tesouro nacional
Nossa meu deus que belo poema hein ?!
ExcluirO valor que a bunda tem Autor poeta
ResponderExcluirRaimundo Nonato da silva
A bunda quando é bonita
Enfeita o corpo de alguém
Vai em cima e vai a baixo
Na hora do vai e vem
E produz um lindo enfeito
Digo com todo respeito
O valor quer a bunda tem
Tem bunda bem feita e bonita
E bunda malfeita e mole
Tem dura como borracha
E mole que só um fole
Bunda bonita se mexe
Bunda feia não remexe
Nem balança nem se bole
Tem bunda de todo jeito
Bunda grande e bunda pequena
Bunda branca bunda preta
E bunda loira e morena
Parece até um segredo
Bunda de homem faz medo
Mas, de mulher vale apena.
Bunda de mulher é lisa
É linda mulher bunduda
Homem tema bunda feia
Caspenta e cabeluda
Pode achar ruim quem quiser
Bunda linda é de mulher
Dessas que é traseiruda
Mulher tem bunda pra fora
Homem tem bunda pra dentro
Bunda de homem eu estou fora
Bunda de mulher eu me concentro
Já disse a comadre Raimunda
Se o assunto é boa bunda
A onde estiver eu entro
Eu sou especialista
Em bunda bonita ou feia
Bunda magra bunda gorda
Bunda seca e bunda cheio
Este erro eu não cometo
E olha que não me meto
De falar na bunda aléia
No assunto de bundinha
Meu amigo eu digo á tu
Tem mulher da bunda mole
Parece um prato de angu
Outra é como tanajura
Da bunda empinada e dura
Como carne de caju
A mulher da bunda magra
Onde senta sente dor
Outra tem bunda macia
Como se fosse isopor
Onde eu fico olhando
Os caba vendo e falando
Esta bunda tem valor
Tem bunda de todo tipo
Aprumada e bunda torta
Bunda pensa e bunda larga
Bunda estreita viva ou morta
Bombom vivo e bombom morto
Bombom que traz bom conforto
E bombom que desconforta
Tem mulher com a bunda em cima
Outra a bunda é lá em baixo
Outra com a bunda nas costas
Não é coco, mas, tem cacho.
É tão feia a bunda dela
E pro cabra ficar com ela
Precisa ser muito macho
Tem mulher que não tem bunda
Faz plástica em toda parada
Tem bunda sem silicone
E bunda siliconada
É bom que não se confunda
Noutra a gente caça bunda
Mais não tem bunda e nem nada
Bunda quadrada ou redonda
E bunda pontiaguda
Mulher da bunda pequena
E mulher que é popouzuda
Não vou negar pra ninguém
Com valor que a bunda tem
Se a mulher for feia ajuda
Vejo mulher que mistura
Matéria prima com humana
Siliconada bunda e peito
Faz plástica e cai no engano
Bunda pirata quem quer
E eu conheço mulher
Que enche a bunda de pano
Usa fralda descartável
Enche a calcinha de espuma
Vai-se pra festa ou pra rua
Com cuidado ela se a ruma
É mesmo assim minha amiga
A roupa em seu corpo liga
Eu conheço mais de uma
Muito mais do que cruzeiro
Mais que dólar euro e real
Este seu corpo bem feito
Tão bonito e sensual
Mulher bonita é a sim
Seu bom, bom é para mim
O tesouro nacional