CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



sábado, 4 de maio de 2019

Presos transformam ambiente do cárcere em cordel na P1 (Pirajuí/SP)

Atividade cultural foi feita com detentos da Penitenciária de Pirajuí

                                           Literatura de cordel foram pesquisadas pelos detentos em Pirajuí

Pirajuí - Poesia, musicalidade e teatro. Reeducandos da Penitenciária I "Dr. Walter Faria Pereira de Queiróz" de Pirajuí (58 quilômetros de Bauru) transformaram o ambiente prisional em literatura de cordel. Em sala de aula, os internos pesquisaram sobre a cultura nordestina e desenvolveram as atividades, como produção de textos e um sarau temático com apresentações musicais e peças teatrais. A iniciativa faz parte do projeto "Grandes Clássicos da Literatura Brasileira" e envolveu professores, detentos que estudam na unidade e funcionários.
O tema, trabalhado entre os dias 5 e 17 de abril, está entre as propostas do Programa de Educação nas Prisões (PEP). Neste período, os alunos aprenderam um pouco sobre os aspectos, hábitos e costumes do Nordeste, como a caatinga, artesanato e manifestações culturais nordestinas. Como forma de expressar o aprendizado, os reeducandos confeccionaram cartazes e produziram textos de cordéis - gênero literário popular cuja principal característica é o uso de rimas. Para encerrar as atividades, a unidade prisional fez o 1.º Sarau Literário, que foi marcado por apresentações artísticas, como música, teatro e declamação de poesias.
Além de colocar em prática o conhecimento adquirido em sala de aula, o evento serve, ainda, como instrumento para o processo de ressocialização dos internos, destaca o diretor da Penitenciária I de Pirajuí, Marcos Massao. Esse tipo de poema relata os costumes e as crenças do povo nordestino e seus personagens podem ser reais ou fictícios.

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