CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



terça-feira, 7 de maio de 2019

CULTURA Biblioteca na FFP disponibiliza acervo de literatura de cordel (São Gonçalo, RJ)

 Gonçalo Ferreira da Silva é o patrono da Cordelteca/Foto: Divulgação

A Cordelteca Gonçalo Ferreira da Silva, fundada em 2007, funciona na Biblioteca da Faculdade de Formação de Professores da UERJ, em São Gonçalo. Ela recebeu o nome de seu patrono, o presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Incansável na divulgação do Cordel em nosso Estado, foi ele quem doou grande parte dos livros e está sempre presente nos eventos que a Cordelteca promove.

O espaço funciona e é dinamizado através do projeto de extensão Leitura na Cordelteca da FFP. Esse projeto, idealizado pela professora Maria Isaura Rodrigues Pinto, tem o objetivo de acionar mecanismos de operacionalização da leitura e de dinamização do acervo. O trabalho de leitura desenvolvido, atuando dentro do encaminhamento lúdico e intertextual que o próprio gênero cordel suscita, prevê a associação das narrativas dos folhetos com outras formas de expressão, como a declamação, o desafio, a dramatização, o teatro, a xilogravura e o cinema. Reveste-se, portanto, de uma função integradora de linguagem, cuja ação multicultural favorece o diálogo acadêmico entre alunos, professores, funcionários e comunidade externa.

Anualmente, a partir desse espaço, ocorre o Folheto aberto: o cordel em cena, evento realizado em parceria com a Rede Sirius (Rede Bibliotecas da UERJ), onde entre versos, rimas e cantorias, cordelistas, pesquisadores, professores e estudantes se reúnem para incentivar práticas pedagógicas e artísticas que exaltam a nossa cultura popular.

Há pouco tempo, a Cordelteca teve a alegria de receber a doação de vários cordéis do poeta da nossa cidade, Zé Salvador. Essa foi uma importante contribuição que, certamente, irá enriquecer ainda mais o acervo. A Cordelteca, que possui atualmente cerca de 2.000 folhetos, está aberta ao público para pesquisa e visitação, de segunda à sexta-feira, das 8 às 19h.

Colaboração de Rejane Rosa
Fonte: Jornal daki

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