Artista de
qualquer ramo
Não ouça
esse meu entono.
Porém louve,
caro artista,
Por a arte
não ter dono.
Se fosse
privatizada,
Pode crer
meu camarada
Nos deixaria
sem sono.
Com arte
tendo dono
Pra se fazer
poesia
Cada letra
da palavra
Cem mil
reais custaria?
Uma estrofe
de poema
Não
importando seu tema
Uma fortuna
seria.
O poeta
pagaria
Taxa por
inspiração.
Quem não
pagasse tal taxa,
Iria para a
prisão.
Seria
decapitado
Quem poemasse,
coitado,
Sem ter
autorização.
Surgiria,
dessa forma
Tráfico de poesia.
“Traficante”
de palavras
Assim que se
chamaria
O nominado “poeta”
Até isso o
dono veta
Agindo com
covardia.
Sem poesia,os
leitores,
Agiriam com loucura.
Abstinentes
seus corpos
Amargariam
fissura.
Uma “poesiolândia”
Parente da “cracolândia”
Ganhava
musculatura.
Coitado do
poetinha
Pego na
ilegalidade...
Ainda bem
que tal coisa
Não configura
a verdade.
Mas num
mundo de calhorda
Qualquer dia
a gente acorda
E vê tal
realidade.
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