Por Manoel Belizario
O meu sertão não é esse,
O meu sertão não é esse,
O do Funk
Ostentação.
Em meu
sertão quem impera
É Luiz, Rei
do Baião.
Em meu
torrão legendário
Por eu ser o
proprietário
Tomo esta
decisão:
Não toca
forró de plástico
Nos festejos
de São João.
Essa ondinha
de Didjeis
Não combina
com o Sertão.
A regra sou
eu quem diz
Só o forró
de raiz
É furunfado
em meu chão.
Meu sertão
particular
Desprovi de
amargura.
Ninguém nele
é dependente,
Escravo de
prefeitura.
O prefeito é
voluntário.
Para receber
salário
Trabalha na
lida dura.
Medicina em
meu sertão
SÓ POSSUI
DOUTOR CUBANO
Seres que
nos tratam como
Se deve agir
com um humano.
Os doutores
elitistas
Sumam-se de
minhas vistas.
Meu lugar
não é tirano.
Expulsei de
meu sertão,
Por falar em
tirania,
Tamanha
alienação
Que ao pobre
silencia.
Sertanejo junto
a nós
Ganhou vez e
hoje tem voz
E até
promove anarquia.
Dizem que
sou Lampião
Outros que
sou Conselheiro.
Promovo libertação
Meu sertão é
verdadeiro.
Se quiser
nele morar
Corra logo
para cá
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