CORDEL PARAÍBA

**

Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Cearense cega se torna cordelista, com direito a prêmios por suas poesias

Maria de Lurdes aprendeu a fazer poesias em cordel depois de ficar cega

                            Maria de Lurdes já recebeu medalha da Academia Cearense de Letras (FOTO: Reprodução TV Jangadeiro/SBT)
Maria de Lurdes já recebeu medalha da Academia Cearense de Letras (FOTO: Reprodução TV Jangadeiro/SBT)
A literatura de cordel é uma manifestação cultural do Nordeste. É preciso muita habilidade para desenvolver essa arte. Mas a cearense Maria de Lurdes necessitou fazer um esforço a mais pra conseguir se tornar uma cordelista. Afinal, ela é deficiente visual.
“Minha deficiência começou quando eu nasci. Descobri aos 12 anos, quando fui para a escola, e lá os professores indicaram para a minha mãe que me levasse a um médico. Ele então disse que eu tinha uma miopia, e que ela ficaria com um grau mais forte com o tempo”, conta.
Lurdes não conseguiu terminar os estudos. Casou, teve 4 filhos e depois se divorciou. Foi quando conheceu o atual marido, o cordelista Bandeira, e aí reencontrou o amor pelo cordel.
“Meu pai era amante do cordel, principalmente a viola. Como ele não sabia ler, eu lia para ele enquanto ainda tinha visão. Quando conheci o Bandeira, ele me ensinou a fazer cordel, e aí a paixão voltou”, relata.
A cordelista já ganhou prêmios e comendas, como o Concurso de poesia do Instituto dos Cegos e a Medalha da Academia Cearense de Letras, além da participação no concurso de poesia do 9º salão de Genebra.

Fonte: http://tribunadoceara.uol.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário