CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Literatura de cordel agora é patrimônio cultural; UEPB comemora

Literatura de cordel agora é patrimônio cultural; UEPB comemora
Os admiradores do cordel, em especial todos os que fazem parte ou usufruem dos serviços da Biblioteca de Obras Raras Átila Almeida, instalada no Câmpus I da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), estão comemorando uma conquista recente, registrada pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Na última quarta-feira (19) a Literatura de Cordel foi reconhecida oficialmente como Patrimônio Cultural Brasileiro.
Identificada originalmente como uma expressão da cultura nordestina, com o passar do tempo a Literatura de Cordel tomou proporções nacionais e até mundiais, sendo estudada por pesquisadores em diversos países. Na UEPB, mais de 18 mil cordéis compõem o acervo da Biblioteca Átila Almeida, o que o posiciona como o maior acervo de cordéis da América Latina, catalogado, higienizado, preservado e disponibilizado para consulta, presencialmente ou através do site http://bibliotecaatilaalmeida.uepb.edu.br/.
Para Camile Andrade, vice-coordenadora do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIB), o trabalho de conservação e disseminação dos cordéis é considerado extremamente importante não apenas para a UEPB, mas principalmente para a preservação da cultura e para o registro da história. “A Literatura de Cordel teve início no século XIX como alvo de preconceito e desvalorização, mas hoje vemos o quanto é relevante que seja registrada sua história, já que traz muito dos problemas sociais vivenciados pela população ao longo dos anos. Há cada vez mais pessoas focando seus trabalhos de pós-graduação na temática dos cordéis e cresce a cada dia o interesse da população por esse tipo de literatura”, destacou.
A expectativa, segundo Camile, é que com o reconhecimento do cordel como patrimônio cultural brasileiro seja garantida uma maior valorização e preservação da cultura popular, além da criação de políticas públicas neste sentido. Demonstrando preocupação com o material raro, variado e de qualidade (alguns cordéis da Átila Almeida têm mais de 100 anos), a Biblioteca Átila Almeida vem desenvolvendo um sistema, em parceira com a Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (CTIC) da UEPB, com o objetivo de disponibilizar os cordéis em formato digital, através da internet, para todos que tiverem interesse em consultá-los.
Atualmente, as consultas ao acervo de cordéis da Biblioteca Átila Almeida estão em pleno crescimento, recebendo pesquisadores, leitores interessados e até familiares de cordelistas já falecidos. Através do site institucional é possível realizar o agendamento das visitas para consulta do material no local, que ocorrerá sempre com a mediação de servidor da Instituição. Outras informações podem ser obtidas através do telefone (83) 3315-3424 ou pelo Instagran, no usuário @bibliotecaatilaalmeida.

Fonte: https://www2.pbagora.com.br

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