No dia 25 de junho de 2010 os amigos Tom e Macicley trocaram alianças de noivado. Tom tinha me pedido já há algum tempo um cordel que relatasse desde o início do namoro até aquele momento. Fiz uns versos e coloquei tudo num livreto de cordel. A ornamentação do ambiente foi toda em estilo sertanejo com sanfona, ferro de engomar em brasa, folhetos de cordel e etc. Tudo muito bonito. Pedi ao casal para compartilhar o cordel deles com vocês e eles me deram aval. Leiam e se gostarem podem deixar um comentário.
Falar de coisas bonitas
Com poesia e calor
Quase sempre emociona
Quem ouve, o receptor.
Principalmente se o tema
Está voltado pro amor.
Como a história a seguir
Que me proponho a narrar
A qual envolve um casal
Craque na arte de amar.
Namoraram oito anos
E agora eles vão noivar.
A história deste amor
Tem início em dois mil
E dois quando Marcicley
Em Timbaúba surgiu
Numa festa de São João.
Foi ali que Tom a viu.
E iniciaram um namora
Na ‘fulô’ da mocidade.
Ele tinha dezessete.
Já ela tinha a idade
De 15 anos, porém
Morava em outra cidade.
Movidos pela paixão
E pelo amor lancinante
Decidiram namorar
Mesmo que fosse distante.
Ele só pensava nela
E ela nele a todo instante.
Voltando pra João Pessoa
Marcicley ficou surpresa.
Assim que entrou em casa
Encontrou por sobre a mesa
Uma carta que dizia
“Para a mais linda princesa”.
Abriu a carta em silêncio
Escondendo a emoção.
A carta dizia assim:
“Marcicley minha paixão
Sempre que penso em você
Bate forte o coração”.
“Nunca senti por ninguém
O que sinto por você.
A coisa melhor do mundo
Foi vir a te conhecer.
E agora que encontrei
Não quero mais te perder.”
E assim quase todo dia
Chegava correspondência
Na casa de Marcicley.
Ia compensando a ausência.
Até que um dia Tom disse:
Acabou-se a paciência.
Foi aonde estava o pai
E disse: “meu pai eu sei
Que eu vou contrariá-lo,
Porém hoje a maior lei
Que rege meu coração
É chamada Marcicley”.
“Digo isso, meu bom pai,
Porque estou indo agora
Embora pra João Pessoa.
A cidade onde ela mora.
Se não for sei que enlouqueço
Penso nela toda hora”.
O pai ficou revoltado
Disse: “Tom, como é que é?
E os cursos do CEFET
E da UFPE?
Tom respondeu: “deixo tudo
Pelo amor desta mulher.”
“Vou morar em João Pessoa
A tão verde capital
Lá não ficarei parado
Fiz vestibular no qual
Passei. Então vou cursar
O Serviço Social.”
Ao dizer isto partiu
As terras paraibanas.
Chegando aqui o começo
Não foi fácil, mas quem ama
Supera a dificuldade
Numa luta quase insana.
Marcicley sentiu no peito
A maior felicidade
Porque agora moravam
Ambos na mesma cidade.
Tom também sentia o mesmo
Como reciprocidade.
Com a chegada de Tom
O amor fica mais intenso
Mais profundo, firme e forte.
Transforma-se em mar imenso.
A presença dela aplaina
Qualquer sentimento denso.
Hoje é data especial
Deste amor relatado.
Veio a paquera, o namoro
E agora vem o noivado
Mais uma fase importante
Pra um casal apaixonado.
Todos ficamos felizes
Vendo o amor se fazer
Concreto em duas vidas
Entrelaçadas porque
Quem rega a planta do amor
Bons frutos irá colher.
Com o noivado se fecha
Mais um ciclo cujo som
Nas vozes dos convidados
Soam Marcicley e Tom
Como dois protagonistas
Do amor sincero e bom.
E nós como expectadores
Deste romance real
Pedimos a Deus que sempre
Abençoe este casal
Dando a ele compreensão,
Paz, saúde e a direção
Da união ideal.
Imagem cedida pelo casal
Olá Manoel, sou fã da literatura de cordel e é sempre bom saber que existem pessoas preservando essa linguagem poética tão característica da nossa região.Aos noivos, meus sinceros parabéns e um desejo de muitas felicidades!!!!!
ResponderExcluirtambém sou muito fã da literatura de cordel
ResponderExcluirManoel, tenho apenas 15 anos e adoro cordel. Você escreve muito bem! Mas hoje em especial, preciso de um favor seu.
ResponderExcluirSe desse para você me ajudar, é muito importante.
Preciso que me ajude a retratar a minha pequena história de amor para dar de presente ao meu querido. Fazemos 1 ano no dia 10 de abril de 2011, e pensei em fazer algo especial e original para ele. Pode me ajudar?
Muito bom
ResponderExcluirÓtimo
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