VERSO I
Bruno aqui quem vos fala
É um animal sedento
Pra lhe falar a verdade
Entalada ‘goela a dento’.
Goleiro do Fla sou eu
O seu priminho jumento.
Bruno sempre confundi
Tua origem de equinia.
Às vezes te achava jegue
Outras vezes pressentia
Que a alcunha de burro
Era a que melhor servia.
Bruno só porque o povo
Em Constância discrimina
Associando à burrice
A nossa etnia eqüina
Não deverias agir
Como este provérbio ensina.
Bruno por favor, meu primo.
Como é que um milionário
Abdica do bem bom
Agindo igual otário
Matando a mãe do seu filho
Visando o pecuniário?
Se houve maracutaia
Por parte de Elisa ou não.
Primo não adiantava
Fugir da situação.
O mínimo a se fazer
Era pagar a pensão.
Meu primo você tem pedra
Em lugar de coração.
Um bebê recém-nascido
Abranda nossa emoção.
Só você não sentiu nada
Com a natureza do Cão.
Bruno meu primo te digo:
Tua burrice maior
Foi se juntar com amigos
De qualidade pior
Que esterco boiando n’água.
Isto só me causa dó.
Porém não sei se os piores
Eram tu ou teus amigos.
Acho que toda esta corja
Que se juntava contigo
Inclusive você, primo,
Patrocinava o perigo.
Ninguém em nossa família
Antes tinha cometido
Um crime bárbaro deste.
Nem ao menos parecido.
É uma pena, meu primo
Ver que se tornou bandido.
(CONTINUA…)
Manoel Messias Belizario Neto
Imagens extraídas da internet
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