Na trilha de nomes de grande expressão da literatura de cordel, como Patativa do Assaré, Mestre Azulão, Cego Aderaldo e Jessier Quirino, foi que o estudantes do curso superior de Biologia, do Campus Buriticupu, Isaías Neres Aguiar, publicou na semana passada, o livro de literatura de cordel intitulado 'O temido sargento Furrupa e o valentão Fogoió'.
A publicação conta, em ritmo descontraído, com bom humor e linguagem popular as aventuras e desventuras de dois lendários personagens da recente história do município de Buriticupu.
Ambientado na década de 70 em um simples povoamento rural do Maranhão e com a ditadura militar sendo o pano de fundo dos fatos, foi nesse clima propício que o Sargento Furrupa colocou em prática todas as bizarrices que se tem registro por essas bandas, como se pode notar nas encomendas de morte de colonos, prisões, torturas físicas e psicológicas, espancamentos e, até mesmo, execuções sumárias.
Em meio ao universo de colonos ávidos por justiça social surge o valentão Fogoió que desafia, com muita audácia e uma peixeira na cintura, toda estrutura da segurança pública da colônia de Buriticupu, sobretudo põe em questão o até então poder absoluto do Delegado Furrupa.
O lançamento movimentou a rotina da Praça da Cultura em Buriticupu, que contou com a presença de inúmeros estudantes da rede pública e privada do município, além de professores, autoridades políticas locais, populares e colonos que testemunharam os fatos registrados nessa obra, como o senhor Moisés Medrado. Houve apresentação da Banda da cidade.
"O desfecho da estória entre o poderoso sargento e o anti-herói popular só será revelado através da leitura integral da obra, mas nós deixamos o aperitivo para que todos leiam essa significativa manifestação da cultura popular maranhense", acrescentou o professor Joildo Oliveira.
Sobre a literatura de cordel
Literatura de cordel é um gênero literário popular escrito quase sempre na forma rimada, originado em relatos orais e depois impresso em folhetos. Remonta ao século XVI, quando o Renascimento popularizou a impressão de relatos orais, e mantém-se uma forma literária popular no Brasil. O nome tem origem na forma como tradicionalmente os folhetos eram expostos para venda, pendurados em cordas, cordéis ou barbantes.
Fonte: www.ifma.edu.br
Quero parabenizar o meu amigo Isaias, que escreveu esse cordel com tanta desenvoltura. Narrando esse fato com rimas e com com riquezas de detalhes. Essa história é nossa! Só teve o Fofoió para impor medo no Sargentão autoritário chamado de Furrupa.
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