CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



terça-feira, 15 de novembro de 2011

'Causos' da literatura de cordel despertam atenção na Fliporto

Festa Literária Internacional de Pernambuco também ressalta tradições.
Espaço Cordel conta com a presença de cordelistas e xilógrafos.

Fonte: g1.globo.com/pernambuco

A 7ª Festa Literária de Pernambuco (Fliporto) tem espaço para as novas tecnologias voltadas para a literatura, mas não esqueceu das tradições populares. Além dos livretos pendurados em corda, como manda a tradição, o Espaço Cordel conta com a presença de cordelistas e xilógrafos, que conversam com o público e vendem suas histórias. Crianças e adultos se aproximam curiosos e param para escutar os 'causos' contados pelos poetas.

Espaço Cordel despertam interesse em crianças e adultos (Foto: Katherine Coutinho/G1)

Espaço Cordel despertam interesse em crianças e
adultos (Foto: Katherine Coutinho/G1)

A estudante de pedagogia Aline Guedes foi com o filho Bernardo, de 7 anos, conferir o espaço. "Eu estou montando um plano de aulas sobre as lendas do Recife em cima de cordéis", explica a estudante, que acha importante as crianças terem contato com essa literatura desde cedo. "É uma coisa da nossa terra, eles precisam conhecer para aprender desde pequenos a dar valor às nossas tradições", defende.

Foi quando criança que o poeta, xilógrafo e arte-educador pernambucano Marcelo Soares aprendeu a importância desses livretos. "Meu pai era era cordelista, meu avô... É uma tradição de família", conta Soares. "Esse espaço é muito importante para nós. O cordel faz parte da cultura e da literatura pernambucana, não pode ser esquecido", acrescenta.

Alguns artistas vieram de outros estados para participar do espaço. É o caso de Fernando Rocha (Macambira) e Marinalva Menezes (Queridina), que vieram da Paraíba e incorporaram seus personagens para vender cordel de um jeito bem humorado. Marinalva, além de cordelista, é também socióloga e professora. "É cultura pura", acredita.

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