Do Aguiar me recordo
Muito da Rua do Rio.
Brincávamos nas caieiras
Em todo o tempo de estio
De polícia e de bandido.
Quando lembro até sorrio.
Em Aguiar me recordo
Do meu avô Zé Parente
Que me acolheu em seu lar
Me ajudando a ser gente.
Deus o tenha em sua luz
Celestial permanente.
Em Aguiar me recordo
Da Igreja e da pracinha.
Os casais de namorado
Se agarrando à noitinha.
A gente girando nela
Querendo uma paquerinha.
Em Aguiar não me esqueço
Da bela Igreja Matriz.
Ali perto de Deus Pai
Posso dizer ‘fui feliz’
Nas graças do padroeiro
E de São Francisco de Assis.
Do Aguiar me recordo
Das festas de São João.
Na Laje fogueira acesa.
Gente soltando rojão
Tomando fogueira alheia
Numa imensa diversão.
Do Aguiar me recordo
Bem do Bernardino Bento
Que proporcionou a mim
Alguns melhores momentos
De minha vida escolar
Bons amigos fiz por lá.
Bebi do saber sedento.
Do Aguiar me recordo
Também do Lídia Cabral
Onde cursei o ensino
Médio e foi tão legal!
Com o ensino de lá
Passei no vestibular
E vim para a capital.
O Aguiar traz à tona
Diversas recordações.
Principalmente das brenhas,
Córregos e ribeirões..
A caatinga ressequida.
A veste pura e bendita
Que revestem os sertões.
Aguiar terra bendita
Onde nasci e cresci:
Como faz a maioria
Um dia também parti.
Às vezes vem nostalgia,
A saudade contagia,
Porém não me arrependi.
Aguiar Terra bendita
Tão bonita de se ver,
Mas como todo o sertão
Ruim para pobre viver.
A seca, a necessidade,
A pouca oportunidade
Me afastou de você.
Porém tudo o que vivi
Fica sempre na memória.
Cravado no coração.
Faz parte da minha história.
A qual perpassa meu ser
Seja na queda ou na glória.
Autor: Manoel Messias Belizario Neto
Fonte imagens: Google imagens, Google Maps e Orkut dos amigos Leninha e Damião Alfredo.
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