Pessoal, quando olho para o romance "A Triste Sorte de Jovelina", de Sátiro Xavier Brandão, me vem à memória tantos momentos emocionantes de leituras de folhetos em debulhas de feijão nos cafundós do sítio Lages (quem morou na Lages em 90, sabe o cafundó do qual estou falando, lá do outro lado das águas do açude). Na verdade não eram leituras de folhetos e sim recontagem. As contagens e recontagens que me vêm à memória neste momento são as de Zé Mariano. Zé Mariano era um conhecido nosso que ia lá para casa, contar histórias. E por sinal um ótimo contador. Aquelas histórias animavam a mão da gente nas debulhas do paiol de feijão. Um dia ele ia lá para casa ajudar a gente. No outro a gente ia para a casa dele ajudá-lo. Eu viajava nas histórias de Zé. Só que um belo dia, para a minha surpresa, descobri que aquelas histórias que ele contava eram de fato narrações de cordéis que ele havia escutado em algum lugar. Claro que a minha descoberta não me frustrou porque como diz o ditado: "quem conta um conto aumenta um ponto". E então diante do cordel que tinha sido contado por Zé tive a oportunidade de conhecer mais uma versão da história. (Manoel M. Belizario Neto)
BIOGRAFIA DE SÁTIRO XAVIER BRANDÃO
SÁTYRO XAVIER BRANDÃO é um poeta popular natural de Propriá, SE. Costuma assinar suas obras simplesmente como Sátyro. Faleceu na primeira metade do século XX, tendo registrado boa parte de sua sofrida existência no folheto O Exemplo da Mocidade. Fez parte das levas de sergipanos pioneiros que desbravaram o sul da Bahia, quando da introdução da cultura do cacau. Folhetos lançados pela Editora Luzeiro : A triste sorte de Jovelina, O exemplo da mocidade. (Fonte texto: http://recantodasletras.uol.com.br/cordel/1482607).
Convido vocês a viajarem pelo mundo maravilhos de Sátyro Xavier Brandão desfrutando do cordel: "A TRISTE SORTE DE JOVELINA": (para ver com melhor clareza clique na imagem)
(Acervo pessoal de Manoel Messias Belizario Neto)
Fiquei feliz por encontrar este cordel, pois minha mãe lia para nós,quero dizer, eu e meus irmãos, quando éramos crianças, hoje estou com 58 anos, imagina quanto tempo! Agora vou ler para minha mãe 88 anos e meus alunos! Obrigada!
ResponderExcluirolá, gostaria de saber se vocês têm o cordel O Exemplo da mocidade. sou estudante de pós-graduação em Literatura e cultura, ufba e trabalho com teatro de cordel na Bahia.
ResponderExcluiratt,
Ludmila
lud_antunes@yahoo.com.br
71 88035514
obg manoel procurava a seculos esse cordel
ResponderExcluirMinha vó me contou de cor e me pediu pra procurar pra ela poder relembrar o que já tinha esquecido, obrigada!
ResponderExcluirposso adquirir gratuitamente este livro?
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