CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Finalmente recebi os recursos do Prêmio Mais (?) Cultura de Literatura de Cordel

Após uma espera extremamente cansativa, O MINC acabou de tirar os recursos do meu Projeto  aprovado no Mais(?)  Cultura de Literatura de Cordel da geladeira. Sinceramente eu já tinha colocado na bacia das almas. O prêmio chegou com um desconto de 30%. Sei que este desconto é relativo a imposto, mas o que me contraria é o fato de eles não terem especificado isto no edital. Porque se assim o tivessem feito eu não teria feito um orçamento encima de 100, mas em 70%. Toda esta espera, toda esta falta de respeito geraram diversos comentários de produtores da cultura popular no site do MINC. Reproduzo um da amiga Rosilene Melo como forma de protesto e desabafo:

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO CORDEL ENCANTADO DO BRASIL.

Cumprimento a todos os companheiros repentistas, cordelistas, xilógrafos, pesquisadores, estudiosos e amantes da poesia. Confesso que relutei bastante em me pronunciar publicamente sobre os encaminhamentos dado ao Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel. Constato, por outro lado, com muita tristeza, “que nunca antes na história deste país”, a comunidade dos produtores, divulgadores e pesquisadores da Literatura de Cordel no Brasil foi tão desrespeitada como por ocasião deste Prêmio. Prêmio que, como o próprio nome diz, é oferecido por uma pessoa ou instituição. A nós parece que fomos nós que pedimos este Prêmio, tamanho descaso para conosco. Fico sem acreditar que cordelistas que produzem há décadas como José Costa Leite, xilógrafos como Abraão Batista e Stênio Diniz tenham que ficar ligando para o Ministério da Cultura para ter informações mínimas sobre o Prêmio Encantado.Não sabemos quem recebeu, porquê recebeu e outros não.
Rosilene Melo

Obs: Seu MINC, quando o Sr inventar de lançar um edital, lance também mão do respeito por meio de verdades inteiras. Respeite os poetas populares deste país cumprindo com brevidade seus compromissos e quando isto não ocorrer informe os motivos. Pergunto ao Sr, S. Minc: Vossa Excelência também deixa de molho a barba do pessoal da dita literatura “erudita”? Será que acontece o mesmo com a arte “elitista”? Seu MINC: respeito é bom e todo mundo gosta. Faça sempre por onde ser digno do nome que carrega. Um nome que requer muita responsabilidade antes de adotá-lo.

Manoel Messias Belizario Neto

Imagem da internet

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