A poesia que nasce
Nos sonhos, na emoção
Atingem as águas profundas
Do meu planeta Sertão.
A poesia mais bela
Vem das plagas sertanejas
De uma casa de taipa
De um café sem bandeja.
A poesia mais pura
Vem da mata ressequida
Da caatinga sertã
Que aleita os poros da vida.
A poesia in natura
Vem de um córrego temporário.
Vem de um lastro de feijão.
Vem de um universo agrário.
A poesia tristonha
Vem de um leito rachado
Feito por Pintor cubista
Em traço quadriculado.
A poesia sertã
Faz de mim um Manoel,
Cujo açude Frutuoso
No inverno reflete o céu.
A poesia sertã
Faz de mim um relicário
Das veredas dos lajeiros.
Um roceiro. Um Belizario.
Manoel Messias Belizario Neto
Imagens da internet
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