CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



quinta-feira, 1 de abril de 2010

LEANDRO GOMES DE BARROS ("O REI DO CORDEL") - BIOGRAFIA



Leandro Gomes de Barros - O Rei do Cordel - Nasceu nd fazenda Melancia, em Pombal-PB, no dia 19 de novembro de 1865 e faleceu em Recife-PE, no dia 4 de março de 1918, segundo Pesquisadores ALGUNS, vitimado Pela Gripe Espanhola . Era sobrinho materno do padre Vicente Xavier de Farias, ajudou Que um CRIA lo. Por Causa dos maus tratos Que o padre LHE infligia, Fugiu de casa EAo 11 anos, tendão Passado muitas privações (qualquer semelhança com uma história de Canção de Fogo e Alfredo Será mera coincidência Não).
De De acordo com depoimento de SUA bisneta, Cristina Nóbrega, Leandro era hum Nóbrega. Mudou parágrafo Barros em decorrência das desavenças com o Seu tio, o Padre Vicente. QUANDO OS Irmãos do Pe. Vicente morreram, tutor Por Ele Ficou das Duas Famílias. Uma estava falida, e A Outra Tinha Dinheiro. Esse religioso Passou, então, fazer Bens OS Irmão Para o Outro, deixando uma família de Leandro miséria na. E QUANDO Leandro Foi Tomar satisfações, Que Dizer Ele mandou "Ainda não Cabaço Cabia orelha". Leandro, com raiva, Mudou o sobrenome de Nóbrega Barros n º. Sobre essa Sua Vida, Certa Vez Escreveu ele:

Fui hum menino enjeitado
Fui triste logo ao nascer
Nem Uma ave noturna
Tão triste Não Ser PoDE
Eu sou Igual AO deserto
Onde Quer viver Ninguém.

Esse Homem Que me cria,
Me maltrata em tal altura
Que Preso UM Nem não Cárcere
Sofrerá Tanta amargura
Não Foi Deus, impossível É
Que me DEU Tanta amargura

Ele residiu Até os 15 anos de idade não Teixeira, na Paraíba (berço dos Grandes Cantadores do Passado), tendo se Mudado Após esse período parágrafo Vitória de Santo Antão-PE, Onde Casou-se com dona Venustiniana Eulália de Barros, TeVe Quem com Quatro Filhos. Estima-se que SUA Vasta Produção literária, iniciada em 1889, no estado de Pernambuco, atinge Cerca de 600 Títulos, dos Quais Foram tiradas Mais de 10 mil Edições. Entre 1906 e 1917 Foi PROPRIETÁRIO de Uma Pequena parágrafo Impressão Gráfica de SEUS próprios folhetos, em Recife-PE, Sendo Ele Próprio o autor, o Distribuidor EO editor.
SEUS folhetos de cordel Foram de grande Aceitação popular, Como Uma Batalha de Oliveiros E Ferrabrás, A donzela Teodora, A FILHA DO PESCADOR, A FORÇA DO AMOR; ALONSO E MARINA, A MORTE DE ALONSO EA VINGANÇA DE MARINA, A MULHER Roubada, A PRINCESA DA PEDRA FINA, A Prisão DE Oliveiros, A VIDA DE CANÇÃO DE FOGO E SEU Testamento (2 volumes), A VIDA DE PEDRO CEM; AS PROEZAS DE UM Namorado MOFINO; BAMAN E Gercina, O PRÍNCIPE EA FADA; Casamento E Divórcio DA Lagartixa, COMO FEZ Antônio Silvino O Diabo chocar; COMO DERRIBEI O MARCO DO MEIO MUNDO, COMO SE UMA AMANSA sogra; HISTÓRIA DA ÍNDIA NECY; HISTÓRIA DE JOÃO DA CRUZ; HISTÓRIA DO BOI Misterioso; JUVENAL EO DRAGÃO, O AZAR NA CASA DO FUNILEIRO , O CACHORRO DOS mortos; O Casamento DO VELHO E UM NA FESTA desastre; O CAVALO QUE DINHEIRO DEFECAVA; O DINHEIRO (O Enterro do Cachorro); Paga EM O MAL DO BEM; LINO E ROSA DE ALENCAR, O SOLDADO Jogador; OS Sofrimentos DE ALZIRA; A Orfa abandonada; MEIA NOITE NO CABARET; ANTONIO SILVINO, O REI DOS cangaceiros; O Imposto de Honra e tantos outros. Pioneiro Na produção de literatura de cordel nenhum País ", sertanejos e matutos Escreveu parágrafo, cantadores, cangaceiros, almocreves, comboieiros, feirantes e vaqueiros. É lido NAS feiras, fazendas nas, soluçar como Oiticica, NAS horas do 'rancho', no Oitão Pobres das casas, soletrado com amor e admirado com fanatismo ". SEUS romances, histórias em versos Românticas, ainda São Decorados Pelos cantadores.
"Todos Sobre Ele versou temas OS: No Heróico, fez poemas Sobre cangaceiros, Peleja de cantadores, OS Martírios de Genoveva, etc; no novelesco, Branca de Neve, o Boi Misterioso EO Homem Que subiu de aeroplano Até a lua, no satírico, uma cachaça, uma dor de barriga UM noivo de uma mulher do bicheiro; no social, o retirante, o dez - réis do Governo, o Aumento dos Impostos, no religioso, o diabo confessando Uma nova-seita, o Milagroso do Beberibe, Como João Leso vendeu o Bispo; Nos fatos do dia, o cometa, a hecatombe de Garanhuns, o Presidente Afonso Pena; Na Ressurreição dos romances de Cavalaria, a Batalha de Oliveiros com Ferrabrás, a Prisão de Oliveiros, a "donzela Teodora. E etc, etc, etc ...
Foi em 1918 PORQUE Preso o chefe de Polícia Considerou afronta Às Autoridades ALGUNS dos versos da obra O Punhal EA Palmatória, trama Que tratava de hum senhor de engenho assassinado Por hum Homem térios Quem dado em Uma surra. O ERAM versos:

"Nos temos Cinco governos
O primeiro o federal
O segundo o do Estado
O terceiro o municipal
O quarto, a palmatória
E o quinto, o velho punhal. "

Após a morte SUA, em 1918, seu genro Pedro Batista continuou editando uma SUA obra em Guarabira-PB, Fazendo ALGUMAS revisões de linguagem. Ocorreu em 1921 a venda dos Direitos autorais SEUS, Pela Viúva do poeta, a João Martins de Ataíde, Que Passou um Publicar OS folhetos omitindo NAS capas o Nome do autor e alterando o acróstico nd estrofe final de folhetos Para muitos.
Eis ALGUMAS DECLARAÇÕES A respeito de Leandro Gomes de Barros proferidas Por Grandes mestres da cultura brasileira:

HORACIO DE ALMEIDA (Critico literário)
"Como poeta satírico Não TeVe Igual. Metade de SUA obra descamba Para o picaresco".

LUIZ DA CÂMARA CASCUDO (folclorista)
"Um dia, Quando se fizer uma colheita do folclore Poético, reaparecerá o humilde Leandro Gomes de Barros, Vivendo de Fazer versos, Espalhando Uma onda sonora de entusiasmo e de alacridade triste face nd do sertão".

CARLOS DRUMOND DE ANDRADE Poeta ():
"Não Foi príncipe de poetas do asfalto, Mas foi, sem Julgamento do povo, rei da poesia do sertão, e do Brasil em estado puro".

BELARMINO DE FRANÇA (Poeta popular):

Leandro Gomes de Barros
Pra dotado Nasceu Versar
Entre TODOS OS poetas
Foi o semper Mais inspirado
Mas Ele Deixou Morreu
Seu Nome imortalizado.

Sou Filho da terra MESMA
Onde Nasceu Leandro
Pombal Meu Torrão natal
Nos Pertence, seu e e Meu
Certo Poético dom Que Meu
Ficou Longe Bem do Seu.

Ariano Suassuna (Teatrólogo):

"Para MIM, o príncipe dos poetas brasileiros e Leandro Gomes de Barros, autor de Dois dos Três Que me inspirei em folhetos n. escrever o Auto da Compadecida: O Enterro do Cachorro e A História do Cavalo Que Defecava Dinheiro".

LEANDRO POR ELE MESMO
A cabeça grande e redonda Tanto hum Bem,
O Nariz, afilado, grosso Pouco UM;
Como Orelhas Não São muito pequenas,
Beiço fino e Não Pescoço Quase dez.
Tem um Pouco fala fina, hum som sem Voz,
De cor branca e altura regular,
Pouca Barba, Bigode fino e louro,
UM Cambaleia Tanto Quanto andar AO.

Grandes Olhos, azuis Bem, da cor do mar;
Corpo mole, Mas não é tipo Esquisito,
Tem Pessoas Que Acham o Muito feio,
Mas mamãe, QUANDO VIU o, Achou bonito!


Fonte: Blog Cultura Nordestina
Imagem: http://www.enciclopedianordeste.com.br/imagens/biografias/751.jpg

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