CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Abertas as inscrições para 1ª Mostra de Literatura de Cordel de Juazeiro do Norte [CE]



Com o objetivo de estimular a produção escrita como ferramenta política e cultural, fomentando e revelando autores, poetas e cordelistas de Juazeiro do Norte, estão abertas as inscrições para a 1ª Mostra de Literatura de Cordel. A iniciativa é da Prefeitura Municipal de Juazeiro do Norte, através da Secretaria de Cultura. Nesta edição, a Mostra homenageará o poeta Expedito Sebastião da Silva, através da publicação de cordéis com autores de Juazeiro do Norte (cordelistas e poetas). Os temas sugeridos no edital são Cinquentenário da Estátua do Padre Cícero e Memória, Identidade e Patrimônio de Juazeiro do Norte. Podem participar autores cordelistas e poetas residentes e domiciliados em Juazeiro do Norte. A data limite para o envio das propostas vai até o dia 20 de agosto. A inscrição é gratuita e a previsão para o lançamento do cordel é o dia 23 de outubro de 2019. Os interessados em participar da 1ª Mostra de Literatura de Cordel podem acessar o edital publicado no Diário Oficial do Município de Juazeiro do Norte com data do dia 05 de julho de 2019, disponível no site www.juazeiro.ce.gov.br.

Presídio Feminino de Patos [PB] terá literatura de cordel para remição de pena

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A Secretaria de Estado da Administração Penitenciária - SEAP - desenvolve, com parceiros, projetos de remição de pena através da leitura e da música, em algumas penitenciárias. A Penitenciária Feminina da cidade de Patos, inicia no dia 7 de agosto o Projeto Remição de Pena pela Leitura "ABRINDO A MENTE PARA A LIBERDADE". A abertura do projeto será às 15 horas.
A iniciativa é da Direção do presídio com os seguintes parceiros: Juiz da Vara de Execuções Penais de Patos, Ramonilson Alves Gomes; Promotor da Vara de Execuções Penais de Patos: Uirassu de Melo Medeiros; Defensoria Pública de Patos e Educação Prisional de Patos. De acordo com a Diretora da unidade prisional, ASP Cláudia Shymenne, o espaço de leitura para as reeducandas contém especificamente literatura de cordel, uma das expressões culturais do Nordeste.
Após a leitura de um cordel, por mês, as reeducandas deverão apresentar uma resenha crítica sobre o cordel lido. A comissão de avaliação, composta pela representante da Defensoria Pública e professores da Educação Prisional. Uma vez aprovada cada resenha será enviada ao Judiciário apreciação e decisão sobre a remição da pena.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Cordelista Manoel Belizario lança cordel em João Pessoa




O poeta cordelista Manoel Belizario lança o cordel intitulado "Leitura na escola" hoje no Sarau "Cantos e contos da cidade". O evento ocorre numa parceria entre o Centro Cultural Ariano Suassuna [TCE/PB] e a Academia de Cordel do Vale do Paraíba. 
"Leitura na escola" é um cordel consequente dos estudos do Mestrado profissional em Letras (PROFLETRAS) que o autor vem cursando desde o ano passado. Embasado nesses estudos, o autor busca contribuir com a compreensão acerca das três concepções  de leitura presentes na prática pedagógicas das escolas brasileiras que são a "leitura focada no autor", a "centrada no texto" ou a "voltada para a interação entre autor, leitor e texto".

O folheto é iniciado com as seguintes estrofes:

"É janela do saber,
Portal maior da cultura,
No qual se viaja ao longe
Seja por letra ou figura
Ou nos vãos do pensamento;
Ponte do conhecimento
Denominado LEITURA!

Ler vai muito além das letras
Penduradas num suporte;
É ver por trás da linguagem,
Multifuncional transporte
Dos sentidos pluricores;
Apreciar os sabores
Que a composição der porte.

A seguir explanaremos
Para o leitor vigilante
As concepções de leitura
Mais aceitas nesse instante
No mundo da academia
Que pesquisa todo dia
Numa produção constante."
[...]

O lançamento ocorrerá no Centro Cultural Ariano Suassuna localizado na Rua Prof. Geraldo Von Sohsten, 147, Jaguaribe,  João Pessoa.
Data: 25/07/19
Hora: 18h45min
Localização: https://g.co/kgs/qjYFSF

Cordelista Manoel Belizario toma posse na Academia de Cordel do Vale do Paraíba e lança folheto de cordel (João Pessoa)




O cordelista Manoel Belizario tomará posse na Academia de Cordel do Vale do Paraíba hoje, em evento que ocorrerá às 19h na sede do TCE/PB, em João Pessoa. Manoel Belizario é natural de Aguiar (PB), mas desde 2004 reside na capital do estado. Ao longo dos últimos quinze anos, Belizario publicou cerca de 35 folhetos, vários  poemas disponíveis a internet, 02 cordelivros, além de coordenar diversos projetos de cunho educativo na área, inclusive de propostas oriundas das esferas municipal, estadual e   federal. É no campo da Educação o âmbito de formação do autor. O mesmo é graduado em Letras (UFPB), especialista em Língua, Linguagem e Literatura (CINTEP/PB) e mestrando em Letras (UFPB). Seguindo rigorosamente os horizontes de sua formação, desde que ae mudou para o ponto mais oriental das Américas, o poeta atua como professor de Língua Portuguesa nas redes estadual da Paraíba  e municipal de João Pessoa. Na mesma ocasião será lançado o folheto intitulado "Leitura na escola"

Obras e premiações do autor

Na estilística do cordel, é autor dos seguintes folhetos, cordelivros e poemas:

 FOLHETOS

A arte de pirangar – 2009
A médica que apodreceu em vida por ter maltratado os pacientes (folheto) – 2009
Alerta ao usuário do Orkut – 2007
As aventuras de Teó da Lage em busca de assombração – 2011
Carta de Satanás ao Sistema Correio de Comunicação – 2009
Carta de m jumento à CNBB por causa das presepadas de um bispo – 2009
Carta do primo jumento ao goleiro Bruno – 2010
Cordel do ECA – 2007
Conselhos de mãe – 2004
Fora Ricardo Teixeira – 2011
História de trancoso – 2004
Homenagem ao CQC – 2010
Homenagem aos políticos corruptos – 2008
Lamentos de uma Tuia – 2008
Melancolias de um Sertanejo Longe de Seu Torrão – 2009
O assassinato da juíza Patrícia Acioli – 2011
O Casamento da Feira de Caruaru com o Povo Brasileiro – 2010
O Homem que teve 300 mil filhos depois de morto – 2009
O Político que analisou o peido e a bufa por falta do que fazer– 2009
O político que engabelou o povo comprando voto fiado nas eleições de 2008 – 2008
O romeiro e a promessa – 2009
O surgimento da mentira no brasil – 2010
Passeio em São Merdoê – 2008
Paulistas do paraguai no sertão – 2009
Peleja do aluno preguiçoso com o estudioso – 2004
Plano de assistência Social de João Pessoa – 2011
Recordando o Aguiar: meu torrão natal – 2010
Satan Processa Bin Laden e Bush Por Plágio e Difamação – 2007
Sítio Lages: a capital de Aguiar – 2010
Tributo ao sítio Oitis – 2010
Triste fim do jovem Besta Fera – 2010
Tiradentes: o lado mais fraco da corda – 2010
Tom e Macicley: uma história de amor – 2010
Tributo ao índio – 2010
Versos em homenagem ao amigo Luiz – 2010
 
POEMAS (disponíveis na internet )

A chuva e o vento feito gato e rato – 2010
A arte da babação – 2012
Adeus morcego (de Augusto dos Anjos) – 2016
A confusão do IPED – 2015
À Pedra Bonita – 2016
À repugnância de “psicologia de um vencido” (do poeta Augusto dos Anjos) – 2016
Ao Padre Amâncio – 2016
Aos logos os cordeiros – 2015
Ao verme operário das ruínas do poeta Augusto dos Anjos – 2016
Ápice e declínio de nossos impérios – 2016
As 200 mil toneladas de lixo que o gato comeu – 2015
Beco sem saída ou sem luzes no fim do túnel – 2014
Boicote no curral do poderio (poema) – 2015
Campanha para ajudar o nobre deputado Abelardo Camarinha – 2011
Candidatos A ou B ou Conveniências – 2014
Conversa com a saudosa arte cordel – 2010
Conselhos aos servos do rei sertão – 2010
Dia dos jovens – 2010
Dia mundial da saúde – 2010
 presidente para dar continuidade ao governo nota mil – 2010
 e a ilusão voluntária – 2015
Emanuelle completa três aninhos de idade – 2018
Filme da vida real – 2018
Flor mulher – 2010
Hugo Mota: o deputado da pizza – 2015
João Pessoa: uma aventura na tábua de pirulito ou passeio em buracolândia – 2015
Lamento de um riacho sertanejo – 2006
Meu primeiro livro – 2011 O alimento cordel – 2011
Meu sertão sertanejo – 2010
Palavras ao vento nas cascatas da Web – 2010
Páscoa – 2010
Pedaços de silêncio – 2010
Reunião no céu sobre a copa do mundo – 2010
Semeando cordel na plataforma da WEB – 2011
Mensagem dos professores aos alunos concluintes do Augusto dos Anjos João Pessoa – 2016
Meu  sertão particular – 2015
Nuvens nas nuvens – 2018
Ode à madrugada – 2010
O amor de Emanuelle – 2015
Paraíba Saqueada – 2011
Privatização da arte – 2015
O pato arrependido – 2016
Parabéns, Emanuelle – 2017 Parabéns, Campina Grande – 2010
Poesia sertã – 2010
Por Justiça Social – 2010
Setenta por cento de espinhos – 2015
São João Sertanejo – 2007 Velório no sertão – 2010
Sertão Sertanejo, Sertanejo Sertão – 2010
Versos para minha mãe Maria José – 2017
Versos para Rosário – 2012
Vossa excrescência – 2016
Vinde à nós ó poesia – 2015

CORDELIVROS

Agruras de um poeta popular ou poeta dos poetas populares no paraíso – 2011
Trágica história de amor – 2018

Na área poética diversa do estilo do cordel, publicou as seguintes obras:

LIVROS

Cavalgando o Sol – 2015
Poesia em Trânsito – 2016
Poesia do oprimido – 2018

POEMAS

Capital da Paraíba – 2010
Dorme em paz, meu defunto – 2010
Irmã Dorothy Stang – 2010
O Amor Pelo Torrão Desperta a Resistência Sertaneja – 2010

Além disso, foi premiado nos seguintes concursos de poesia:

1°Concurso de Poesia Narciso Araújo da Academia de Artes Cultura e Letras de Marataízes – ES (2013) – poema “Palavragem;
Prêmio Cataratas de Contos e Poesias de Foz do Iguaçu, PR (2012/2013) – Poema “Receita de Po(ema)";
10º Concurso de ‘Poemas no Ônibus’ de Gravataí, RS (2013) – poema “Transferidor”;
Sarau Virtual “Reticências em Versos”, Guarulhos, SP (2013) – poema “Ipsis Litteris” (publicado na obra "Poesia em Trânsito").


Parte de sua obra está disponível gratuitamente em sites e blogs na internet podendo ser acessada por meio da página Manoel Belizario literário (no Facebook), do blog cordelparaiba.blogspot.com e de buscadores da internet (como o Google).

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Cordelistas da Academia preparam coletânea para lançamento em agosto (João Pessoa)

Da esquerda para a direita: Gilberto Baraúna, Cristine Nobre e Chico Mulungu, poetas participantes da coletânea

Em comemoração aos 100 anos de nascimento de Jackson do Pandeiro e aos quatro anos da fundação da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, o núcleo de editoração da entidade prepara coletânea de folhetos de dezoito poetas para lançamento em agosto de 2019. A publicação tem organização de Fábio Mozart, com apresentação de Marconi Araújo e traz dezoito textos poéticos escritos por acadêmicos, versando sobre os mais diversos assuntos, desde a obra de Jackson do Pandeiro à morte de Bob Motta, poeta membro da Academia, ocorrida no ano passado. Um dos poemas homenageia o estudioso do cordel, professor Aderaldo Luciano, escrito por Gilberto Baraúna, de Pilões (PB). Outros trabalhos falam de temas como odontologia, física, combate às endemias, conciliação judicial, literatura popular, feira livre em Itabaiana e outros temas do realismo fantástico do cordel.  

Para o coordenador do projeto, Fábio Mozart, “a maior parte dos cordelistas que participam desta coletânea tem formação acadêmica. Nestes trabalhos, entretanto, resta preservada a linguagem simples e envolvente dos cordéis, mesmo quando trata de assuntos sérios como o tema explorado pela odontóloga Cristine Nobre ou pelo físico Jota Lima. Em outros folhetos da mostra aparece a objetividade ingênua, própria da literatura de cordel, as narrativas acentuadas pela oralidade, a musicalidade como característica marcante deste gênero”.

O Presidente da Academia de Cordel, Marconi Araújo, convocou reunião com os poetas participantes para este sábado, 13, às 14 horas, no Museu de Jurandir Maciel, no centro histórico de João Pessoa, para assinatura do Termo de Anuência e discussão das estratégias de publicação e circulação da obra. “Estamos buscando parcerias com universidades e outros órgãos públicos ligados à cultura para viabilizar a publicação da coletânea, cujo título é “Cordéis acadêmicos”, informou Marconi.

Fonte: Tribuna do Vale

Oliveira de Panelas é escolhido Presidente Honorário da Academia de Cordel (João Pessoa)


Acadêmicos na assembleia dos poetas de cordel

O poeta repentista Oliveira de Panelas foi eleito por unanimidade para a presidência de honra da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, em assembleia realizada neste sábado, 13, no Museu de Jurandir Maciel, em João Pessoa. Na mesma plenária, os poetas associados elegeram Chico de Assis, de Ouro Velho, Juliana Soares, de Cabaceiras, Nelson Nunes Farias e Bartolomeu Xavier, de Caiçara, Kidelmy Dantas, de Nova Floresta, além da violeira Maria Soledade, de Alagoa Grande, para o quadro de sócios efetivos da Academia.
Seu nome de batismo é Oliveira Francisco de Melo, com o nome artístico de Oliveira de Panelas. Pernambucano nascido no município de Panelas (PE), o repentista foi adotado pela Paraíba, onde reside há 30 anos e conquistou o título de cidadão pessoense e de cidadão campinense, além da medalha Augusto dos Anjos.

Na mesma assembleia, foi aprovado o Código de Ética da Academia e a participação da entidade na Federação Folclórica Internacional.

ACADEMIA DE CORDEL DO VALE DO PARAÍBA PROPÕE CONCURSO DE CORDELISTAS À SECULT/PB


O Presidente da Academia de Cordel do Vale do Paraíba, Marconi Araújo, encaminhou ofício ao Dr. Damião Ramos Cavalcanti, Secretário da Cultura da Paraíba e Presidente do Conselho Estadual de Cultura, sugerindo estudos de viabilidade no sentido de promover um concurso destinado à publicação de cordel em todas as Regionais de Cultura do Estado, “a fim de proporcionar a difusão da história de cada um dos seus municípios-sede, tratando poeticamente sobre a história social e política das cidades-sede das respectivas regionais”, com produção destinada prioritariamente aos alunos da rede pública.

A proposta foi encaminhada nesta sexta-feira (5), durante reunião do Conselho Estadual de Cultura, do qual Marconi Araújo é membro efetivo. “Em contrapartida, a Academia se propõe a promover, na medida do possível, oficinas de cordel nas escolas públicas, com o objetivo de desenvolver a valorização da cultura regional a partir do contato com a literatura de cordel, tendo como eixo a perspectiva lúdica e descobrimento de talentos, fortalecendo o compromisso social dos espaços escolares”, adiantou Marconi.
O Conselho Estadual de Cultura aprovou por unanimidade a proposta apresentada, juntamente com voto de louvor à atuação da Academia de Cordel proposto pelo conselheiro Bibiu de Jatobá.

Fábio Mozart

Fonte: Diário PB

Literatura de Cordel é declarada Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial de Aracaju

O projeto é de autoria do ex-vereador e atual deputado estadual, Iran Barbosa.


Literatura de Cordel é declarada Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial de Aracaju

A partir de agora, a Literatura de Cordel se torna Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial de Aracaju. A sanção da lei ocorreu na tarde desta quinta-feira, 11, pelo prefeito Edvaldo Nogueira. O projeto é de autoria do ex-vereador e atual deputado estadual, Iran Barbosa. 
"O cordel está na base cultural do Nordeste. Embora de origem portuguesa, avançou e cresceu muito no Brasil, sobretudo no Nordeste. Sua raiz está em Pernambuco e Alagoas, mas se difundiu por toda região, inclusive em Sergipe. Em Aracaju há uma produção muito interessante”, destacou Edvaldo.
Para o gestor municipal, “o cordel tem uma linguagem diferenciada, que encanta”.  “São casos interessantes, relatos de vida, além de também contar a história do país. Há ainda a vertente musical, que é o repente, muito presente na boa música nordestina. Então, me sinto muito feliz em poder sancionar esta lei", salientou.
Acompanharam a sanção da lei os secretários Jorge Araújo Filho e Nildomar Freire.

sábado, 29 de junho de 2019

Estudantes da rede estadual de ensino recebem oficinas de xilogravura (RN)

Projeto busca resgatar cultura e tradições nordestinas
Por Redação
Com o intuito de resgatar a cultura, tradições e história do Nordeste, a Rede Potiguar de Televisão Educativa (RPTV), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer do Rio Grande do Norte (SEEC), está realizando oficinas temáticas, entre elas, a de xilogravura.
A xilogravura é  uma das marcas da identidade da cultura nordestina. A arte consiste na técnica de talhar um pedaço de madeira usando faca e, em seguida, pintar as depressões entalhadas. Alunos da rede de educação pública estadual aprendem essa técnica e outros temas em oficinas temáticas realizadas pela Rede Potiguar de Televisão Educativa (RPTV) e pela Secretaria de Educação e Cultura (Seec).
No projeto, quem ministra a oficina de xilogravura é Erick Lima, professor da rede estadual e artista. Há cerca de 13 anos, ele trabalha com xilografia, técnica que aprendeu a partir da literatura de cordel, outro símbolo da cultura nordestina. Para Erick, o aprendizado sobre xilogravura nas escolas reforça o resgate de tradições e da cultura regional.
Uma das escolas estaduais que realizou a oficina foi a Nestor Lima, localizada no bairro de Lagoa Seca, em Natal. A ideia de levar a oficina para sala de aula foi da professora Vilka Lorena, docente de matemática. Para Lorena, a atividade motivou os alunos, que saíram satisfeitos com o resultado. “Parte dos alunos não conheciam a técnica e se revelaram naquele momento. O brilho nos olhos foi a beleza final da oficina”, relata de forma contente a educadora.
Muito dos estudantes que participaram das oficinas, tiveram contato com a xilogravura pela primeira vez durante a atividade. Ryan Silva, estudante da 1ª série do ensino médio da escola estadual Nestor Lima, relata que a dinâmica foi significativa. “Foi uma experiência muito boa, conheci uma nova arte e consegui aplicar os conhecimentos na prática”, explica o aluno.
Raimundo Melo, coordenador das oficinas de Arte, Cultura e Comunicação realizadas pela RPTV, vinculada a SEEC, explica que as atividades servem como estratégias para o desenvolvimento do ensino e aprendizagem. “Ao desenvolver metodologias diferenciadas e participativas que coloca em evidência o protagonismo do aluno, isso gera um interesse maior do estudante trabalhar com essas linguagens e estimula o aprendizado, criando novas possibilidades”, destaca Raimundo.
Outras oficinas estão marcadas para serem desenvolvidas durante o próximo semestre. Uma das escolas que será contemplada com a oficina de xilogravura e outras, será a Dioscoro Vale, localizada em Natal.
Fonte: Portal no ar

sexta-feira, 28 de junho de 2019

“Vai ter Cordel nas escolas da Paraíba”, ressalta Raniery ao comemorar projeto de sua autoria que agora virou Lei Estadual

por Henrique Lima

Deputado Raniery Paulino diz que Progressistas e o PSC podem apoiar Maranhão
A rede estadual de Educação na Paraíba via implantar o Cordel entre as opções de disciplinas para o alunado. A iniciativa se deve a um projeto apresentado pelo deputado estadual Raniery Paulino e que agora virou lei estadual.
Nas redes sociais, o parlamentar fez questão de festejar a conquista. Segundo ele, isso representa um gesto de valorização dos cordelistas, além da preservação da cultura nordestina.
“Vai ter cordel nas escolas da Paraíba! 📖  Foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), nosso Projeto de Lei 11.354/2019 que institui o Programa “Literatura de Cordel nas Escolas”. Um gesto de valorização dos autores cordelistas e preservação da cultura nordestina através das gerações. 👍
📌Confira a lei na íntegra no DOE 18/06/2019 acessando o www.paraiba.pb.gov.br”, postou.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Poetas de cordel homenageiam Jackson do Pandeiro em sarau no TCE (João Pessoa)


Hoje, quinta-feira, 27 de junho, a Academia de Cordel do Vale do Paraíba e o Centro Cultural Ariano Suassuna, do Tribunal de Contas do Estado, realizam mais uma edição do projeto “Poemas e cantos da cidade”, com sarau e números musicais focando a figura do cantor paraibano Jackson do Pandeiro, cujo centenário de nascimento é comemorado em 2019.
Na programação, entre outras participações, estão previstas apresentações do forrozeiro campinense Biliu de Campina e banda Ripa na Chulipa. Os poetas Oliveira de Panelas, Thiago Alves, Sander Lee, Sander Brown, Claudete Gomes e Zezita Matos declamarão com o tema do “rei do ritmo”, que também é tema de vários folhetos que serão lançados, de autoria de poetas da Academia de Cordel. O professor Aderaldo Luciano será um dos homenageados, ele que é considerado um dos maiores mestres da literatura de cordel no país.
O Centro Cultural Ariano Suassuna está localizado na Rua Professor Geraldo Von Sohsten, 147, em Jaguaribe (antigo Detran), e o evento terá início às 18 horas com entrada franca.

Projeto leva literatura de cordel para a escola Geraldo Veloso (Marabá, PA)

Por Karine Sued
O cordelista Adão Almeida e a coordenadora do projeto, a professora Cley / Fotos: Divulgação

Como forma de incentivo à leitura, a Escola Geraldo Veloso inova ao desenvolver um projeto voltado para os alunos do 7º ao 9º ano do ensino fundamental. O “Dia D Cordel” levou para os estudantes uma expressão viva da valorização da cultura nordestina através da contação de histórias da literatura e da ocina de elaboração dos livretos. 

Desenvolvido pela professora, poeta e coordenadora, Cley Ferreira Araújo, o projeto contou com o apoio e incentivo da diretora Ingrid Brandão e da vice-diretora Aurelice Queiroz. Além de incentivar a leitura, o tem o intuito de valorizar e respeitar a multiculturalidade própria do país e os signicados de coletividade e experiência comunitária presentes na produção do cordel. 

De acordo com a coordenadora, através da xilogravura, que é uma arte milenar que marca a identidade da cultura do Nordeste, os alunos puderam conhecer a riqueza da literatura por meio da escrita, leitura e da linguagem não verbal. “Nós quisemos proporcionar a inclusão da literatura de cordel porque as pessoas olham e acham que é uma literatura de cunho popular que só vende em feira. É a melhor leitura para se fazer em sala de aula e os meninos gostam”, explica. 


“Os alunos conheceram o cordel através de pesquisas e zemos isso justamente para aproximá-los da cultura popular nordestina e também a valorização da leitura”, esclareceu. 

A convite da coordenação do projeto, o poeta e cordelista Adão Almeida deu vida às histórias. Foi ele o responsável por contar aos alunos as histórias durante a ocina, que ocorreu no início deste mês. Segundo ele, os alunos se mostraram muito interessados na literatura ao questioná-lo sobre como deve ser a forma de escrita das histórias. “Falei sobre meu histórico de vida, biograa e na roda de conversa eles abordaram diversas curiosidades em torno do cordel am de se aprofundarem”, armou. 

Questionado pela Reportagem do CORREIO, o cordelista, membro da Academia de Letras do Brasil (ALB), arma que, de fato, por meio do projeto “Dia D Cordel”, os alunos passam a ler, apreciar e produzir cordéis que aproximam a música nordestina e a cultura popular da realidade de cada um deles. “Seu principal objetivo é incentivar o prazer no hábito da leitura”, destacou.


Entenda 

O cordel é uma manifestação cultural que aborda a leitura, o canto, o aspecto rítmico compassado das declamações e a ilustração das capas, por meio de xilogravura, desenho, foto ou pintura. Além disso, o cordel possibilita a memorização de fatos históricos ou acontecimentos e deixa um registro na memória nem sempre possível no texto em prosa. 

A literatura com rima e ritmo, favorece a aprendizagem e estimula a valorização do lugar de pertencimento, ao mesmo tempo em que proporciona aos estudantes vislumbrar novas perspectivas de assimilação e de busca do conhecimento. 

No espaço escolar o cordel pode ser usado para estimular a criatividade. Como é uma leitura que pode ser cantada, acompanhada de um ou vários instrumentos musicais como viola, rabeca, sanfona, violão, pífano, zabumba, auta, pandeiro ou outro de interesse do professor. 

Por ser confeccionado com material simples, o folheto de cordel tradicionalmente teve preço acessível e as pessoas de baixo poder aquisitivo sempre tiveram oportunidade de adquiri-lo. 

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Lei que institui programa de estímulo à Literatura de Cordel nas escolas é promulgada na Paraíba


Por Manoel Belizario

Foi publicado no Diário Oficial da Paraíba do dia 18 de junho de 2019 a lei 11.354, de 17 de junho de 2019, de autoria do deputado Raniery Paulino, que cria o programa de estímulo à Literatura de Cordel nas escolas da rede pública e privada do Estado da Paraíba:
“LEI Nº 11.354, DE 17 DE JUNHO DE 2019.

AUTORIA: DEPUTADO RANIERY PAULINO

Institui o programa de estímulo à literatura de cordel nas escolas da
rede pública e privada do estado da Paraíba.
O PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DA PARAÍBA
Faz saber que a Assembleia Legislativa decreta, e eu, em razão da sanção tácita, nos
termos do § 1º do Art. 196 da Resolução nº 1.578/2012 (Regimento Interno) c/c o § 7º do art. 65, da
Constituição Estadual, Promulgo a seguinte Lei:
Art. 1º Fica instituído o programa de estímulo à literatura de cordel nas escolas da rede pública e privada do estado da Paraíba.

Art. 2º O programa “Literatura de Cordel nas Escolas” tem como objetivo:
I – contribuir para o conhecimento da comunidade escolar acerca da cultura popular
brasileira;
II – prevenir a erradicação da literatura popular em verso;
III – diminuir a discriminação referente à cultura regional, em especial a nordestina.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Paço da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, “Casa de Epitácio Pessoa”, João Pessoa, 17 de junho de 2019.”

Confira no DO PB






terça-feira, 25 de junho de 2019

Festival de cordel mobiliza alunos de escola municipal (Cachoeiro do Itapemirim, MG)

Por Assessoria de Comunicação

A atividade foi voltada para estudantes dos 7º e 9º anos do ensino fundamental

Aprender os diferentes tipos de gêneros textuais foi um dos principais objetivos do “Festival de Cordel”, que aconteceu no último dia 14, na escola municipal “Galdino Theodoro da Silva”, no bairro Jardim Itapemirim, em Cachoeiro.
Voltada para estudantes dos 7º e 9º anos do ensino fundamental, essa proposta pedagógica foi elaborada por professores de história e língua portuguesa, juntamente a coordenadores, pedagogos e gestora.
O projeto possibilitou o conhecimento sobre o gênero textual cordel, o forró – ritmo musical tipicamente nordestino – e, também, o entendimento sobre movimentos sociais de contestação ao conorelismo (comum no período da Primeira República, no qual os movimentos do cangaço ficaram conhecidos).
As famílias participaram ativamente. Os estudantes produziram seus cordéis para a apresentação e os ensaios aconteceram em casa, o que mobilizou pais e responsáveis. A comunidade também foi envolvida. Um grupo de sanfoneiros do bairro foi convidado para fazer uma apresentação ao final da leitura das produções.
“Através dessa atividade, mergulhamos no universo nordestino. Tivemos contato com a literatura de cordel, com os ritmos característicos da região e aprendemos sobre a história do cangaço. Foi uma experiência maravilhosa e muito significativa para nós”, afirmou a aluna Kyeilla Victória Miranda Queiroz, do 9º ano.
“Esse movimento na escola só comprova o quanto todos os dias professores e estudantes produzem atividades inovadoras partindo dos conteúdos obrigatórios. São situações de aprendizagem que envolvem a comunidade escolar e famílias, o que contribui diretamente para o desenvolvimento de cada estudante”, ressaltou a secretária municipal de Educação, Cristina Lens.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

FILHA DE VALDIR TELES FAZ CORDEL PARA DEFENDER O FORRÓ E IRONIZAR O SERTANEJO NO SÃO JOÃO (Recife)

Mariana é filha do repentista Valdir Teles, de São José do Egito, e já lançou o livro O novo mar de poesia (2015).
(Foto: Reprodução/Facebook).


O caderno Viver, do Diário de Pernambuco, publicou no dia 15 uma matéria sobre a poesia - escrita pela poeta, filha do poeta José Teles, Mariana Teles, que nasceu em Tuparetama - em defesa do São João tradicional, contra a invasão sertaneja e os altos ganhos das empresas que 'terceirizam' a festa com atrações que não condizem com os festejos juninos nos pólos da tradicional festa nordestina.
Em um dos trechos, Mariana diz: "Não é contra o sertanejo / Maiara nem Maraísa / Mas no São João precisa / Tocar "lembrança de um beijo" / É contra a máfia que eu vejo / Ganhando licitação / Usurpando a tradição / Vendendo a identidade / Pelo forró de verdade / "Devolva meu São João".
A campanha "Devolva Meu São João", encabeçada por artistas, músicos e sanfoneiros nordestinos, foi mote para a poeta e advogada pernambucana Mariana Teles, que aborda o tema com versos e rimas. Na poesia de cordel, Mariana reforça a reinvidicação de artistas que alegam ter perdido espaço nas grades dos festejos juninos para os cantores do sertanejo e ainda denuncia a descaracterização do São João na região.

"Se quiser ouvir Marília/ No mesmo tom da sofrência/ É comprar com antecedência / Villa Mix de Brasília... / Mas no São João tem família / Que não desce até o chão / Vai pra ouvir Assisão", diz um trecho. 

A poeta nasceu em Tuparetama, no Sertão do Pajeú, mas mudou para o Recife. Mariana é filha do repentista Valdir Teles, de São José do Egito, e já lançou o livro O novo mar de poesia (2015).

"Sou apologista do Nordeste e admiradora das artes. Em relação a essa polêmica, acredito que é preciso uma janela mais democrática na construção de festas que atendam os novos públicos, mas não deixe os artistas que militam o ano inteiro pela causa de fora", comenta. "Tem que ter nomes mais conhecidos, mas dando prioridade aos que carregam a bandeira do forró e da tradiçãoo junina", completa.

Confira a poesia de Mariana Teles:

Não é contra o sertanejo,
Maiara nem Maraísa
Mas no São João precisa
Tocar "lembrança de um beijo",
É contra a máfia que eu vejo
Ganhando licitação,
Usurpando a tradição,
Vendendo a identidade
Pelo forró de verdade,
"Devolva meu São João"

Imaginem Salvador
Pátria do axé brasileiro,
Colocando um violeiro
Num trio do parador,
Leo Santana e um cantador
Dividindo a percussão
Vila Nova num cordão,
Sem tocar mais Preta Gil
Pelos ritmos do Brasil,
"Devolva meu São João"

Cultura é identidade!
É patrimônio de um povo,
E nenhum sucesso novo
Compra originalidade.
Não discuto a qualidade
Mas discuto a tradição,
Quem quiser ouvir modão,
Ou a Festa da Patroa,
Vá pra terra da garoa.
"Devolva meu São João"

Se quiser ouvir Marília
No mesmo tom da sofrência,
É comprar com antecedência
Villa Mix de Brasília...
Mas no São João tem família,
Que não desce até o chão
Vai pra ouvir Assisão,
Forró sem som de "breguismo"
Não dê lucro pra o modismo.
"Devolva meu São João"

Pela pátria nordestina!
Pelas nossas tradições!
Vamos romper os cordões
De camarote em Campina,
São João é na concertina,
Não se divide em cordão
Para quê segregação
Numa festa popular?
Ninguém pode separar!
"Devolva meu São João"

E as próximas gerações,
O que irão conhecer?
Irão "curtir e beber"
Como ensina esses modões?
Que será das tradições,
Com o som de apelação?!
De Wesley Safadão
Que o forró não promove
É brega noventa e nove...
Só um por cento é São João

ENTENDA O CASO - Durante a abertura oficial do ciclo junino da cidade de Caruaru, no dia 3 de junho, a cantora Elba Ramalho, um dos ícones do São João nordestino, criticou a programação de Campina Grande, na Paraíba, e reclamou do espaço tomado por artistas da música sertaneja nas grades juninas.

"Falei com a Paraíba, reivindiquei porque o São João de lá está muito mais comprometido que o São João daqui. Eu não tenho nada contra nenhum artista, nada contra nenhum sertanejo. Tem espaço para tudo, no céu cabem para todos os artistas, ninguém atropela ninguém. Porém eu não toco na Festa de Barretos, Dominguinhos também não cantava. A festa é deles, é dos sertanejos, e eles têm bem esta coisa: essa área é nossa", disse ela, pouco antes de apresentação na Capital do Forró.