CORDEL PARAÍBA

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Bem-vindos, peguem carona/Na cadência do cordel,/Cujo dono conhecemos:/Não pertence a coronel./É propriedade do povo:/rico, pobre, velho, novo/deliciam-se deste mel./Rico, pobre, velho, novo/Deliciam-se neste mel.

(Manoel Belisario)



quarta-feira, 16 de maio de 2012

PARTICIPE DO VI PRÊMIO COSERN LITERATURA DE CORDEL.

Reproduzido do Blog da Joceilma Arte Cultural


Com o tema “O que é ser cidadão”, está lançado o VI Prêmio Cosern Literatura de Cordel. Dividido em três categorias - Ensino Fundamental, Ensino Médio e Categoria Livre – o concurso receberá inscrições até o dia 7 de julho de 2012 e distribuirá aos vencedores troféus e mais de 4 mil reais em prêmios.

O Prêmio Cosern Literautura de Cordel faz parte da programação do Circuito Potiguar do Livro e os vencedores serão conhecidos na abertura da 8ª Feira do Livro de Mossoró, no dia 08 de agosto desse ano.

A exemplo das edições anteriores, além da premiação, os três melhores trabalhos de cada categoria serão reunidos em um livro, cuja distribuição será feita entre as  bibliotecas da rede pública de ensino do Rio Grande do Norte.

Para participar os candidatos devem ler o regulamento e preencher a ficha de inscrição disponíveis na internet, no endereço: www.premiocordel.com.br.

Leonardo Dantas

OFICINA COMUNICAÇÃO CORPORATIVA - A Agência do Nordeste.

Phone: +55 84 3201 0501 | Fax: +55 84 3211 5304 | Mobile: +55 84 8851 4693

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Momento Cultural: Já nas bancas os cordéis: "O Chofer de Caminhão" e " A Mulher Matadeira", escritos por Sr. Luiz Leopoldino... Um poeta canguaretamense!!! - RN

Reproduzido de canguaretamaemchamas

"A Mulher Matadeira" e o "Chofer de Caminhão" são apenas duas entre as mais de 30 obras literárias no campo da literatura de cordel escritas pelo poeta popular Sr. Luiz de Andrade, um filho natural de Canguaretama.

Luiz Leopoldino de Andrade nasceu em 25 de agosto de 1943 no Engenho Outeiro. Filho de  Arminda Maria de Oliveira Lopes e de José Francisco Leopoldino de Andrade, conhecido como "Zé Padre", herdando assim, a alcunha de "Luiz Padre". Desde seu nascimento, sempre viveu na mesma comunidade, sendo um verdadeiro amante de sua terra natal.

Na maioria de suas obras, este cordelista faz homenagens à  grandes amigos, alguns falecidos, figuras cômicas, colocando a figura da mulher  como centro das atenções  e expondo suas diversas personalidades focadas em uma ótica política e socioeconômica da realidade brasileira.

Sr. Luiz, desde menino foi agraciado por Deus com a brilhante habilidade para escrever versos populares, atingindo grande destaque na literatura de cordel.

Amante da vida e da cultura popular brasileira, Sr. Luiz Leopoldino vem deixando os leitores com grande animação e entusiasmo ao ler seu verdadeiro acervo literário.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Palestra sobre Literatura de Cordel Com Frank Muniz – São José do Rio Preto - SP

Reproduzido de A Tela da Reflexão
CONVITE PALESTRA LITERATURA DE CORDEL e LANÇAMENTO DO LIVRO "SETE" DE FRANK MUNIZimage                                                                                   Imagem 
CONVITE
O ROTARY CLUB SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - BOA VISTA tem a honra de convidá-lo para participar da palestra LITERATURA DE CORDEL, a ser proferida pelo escritor FRANK MUNIZ, no dia 15 de maio de 2012 (terça-feira), às 20:00 horas, na sua sede à Rua Tenente João Bosco de Camargo, 88 – Boa Vista – São José do Rio Preto, juntamente com o lançamento, pelo ROTARY CLUB BOA VISTA, do livro “SETE” (literatura de Cordel), livro premiado pelo Programa Municipal Nelson Seixas de Fomento à Produção Cultural 2011.
Entrada franca. Esse convite é extensivo a sua família e amigos que queira convidar. Após a reunião será servido jantar, e você, familiares e amigos, são nossos convidados (também Entrada Franca) – mas obrigatório confirmar a presença de todos os participantes, tanto para a palestra como para o jantar. Solicitamos confirmação de presença pelo e-mail pfcb@excelenciaglobal.com.br, ou pelo telefone 9123-7518, até o dia 14 de maio de 2012 (segunda-feira), sem falta. Desde já agradecemos a sua participação. Evaldo Metzger FilhoPresidente 2010/2011

ROTARY CLUB S. JOSÉ DO RIO PRETO
BOA VISTADistrito 4480 – No. 7802
Fundado em 22 de outubro de 1979

Literatura de Cordel tem oficina gratuita para Professores da Rede Pública (DF)

Reproduzido de Famaliá

image Imagem

 

Estão abertas, até o dia 23 de maio, as inscrições para as oficinas “A música e a poesia na cultura brasileira”, resultado do prêmio “Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa do Assaré”. Direcionada aos professores de escolas públicas do DF, o curso de literatura de cordel será ministrado pelo professor Jairo Mozart que tem como objetivo difundir esse importante elemento da cultura popular brasileira na sociedade, e é por isso, destinada aos professores, responsáveis por disseminar o conhecimento aos seus alunos, que através deste curso terão em mãos uma nova ferramenta para desenvolver exercícios em diversas disciplinas escolares.

Lá no curso de Cordel

Poesia vai rolar

Com rima e métrica

Quem vier vai constatar

Do prazer e certeza

Dessa arte milenar

 

Com Sextilha, Gemedeira.

E também Quadrão Mineiro

Sem esquecer o Martelo

E de ser bom companheiro

Nesse trabalho de grupo

Pra ver quem chega primeiro.

Jairo Mozart.

 

No início do Brasil colônia, os países europeus, já tendo sua cultura influenciada pelos Mouros, os quais foram subjugados por 7 mil anos, nos deixaram, também, como herança a literatura de cordel que muito tempo depois passou a ter força através de Leandro Gomes de Barros. A região nordeste do Brasil, depositária de grande diversidade de influências culturais durante o processo de colonização, desenvolveu técnicas de poesia que é considerada um dos veículos mais antigos de comunicação de massa – a Literatura de Cordel. Tradicionalmente vendidos em feiras livres, os livretos eram pendurados em um varal feito com cordão. Esse tipo de leitura sempre foi muito popular, pois é utilizada para informar e debater com a população os mais diversos assuntos, adotando estilos variados, cada qual com regras próprias.

Segundo Mozart, a ideia de ensinar as técnicas de cordel para os professores faz parte da preocupação em reforçar a identidade cultural brasileira e a manutenção do patrimônio imaterial do Brasil. “A importância da Literatura de Cordel, na cultura brasileira, fez com que seu ensino fosse incorporado ao currículo escolar da educação básica. Quando utilizado em sala de aula, dentro do processo de alfabetização, os exercícios de composição oral poderão ser poderoso motivador para a aquisição da leitura e escrita”, diz o professor.
Os educadores interessados no curso devem se inscrever na EAPE (907 sul) até o dia 23 de maio. Serão quatro turmas de 50 alunos, com cinco encontros previstos para os meses, maio e junho. O curso é gratuito, devido a prêmio recebido no Ministério da Cultura em 2010, e ao final, a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE) irá conceder certificado de participação. Os horários e carga horária (20 horas por turma) da oficina foram estipulados para que os professores possam aproveitar o tempo destinado a coordenação da escola e utilizar-la na somatória necessária para a formação continuada e promoção dentro do Plano de Carreira. Inscrições no site: www.eape.se.df.gov.br

O professor

Jairo Mozart é músico, compositor, cordelista e artista plástico, paraibano natural de João Pessoa, com mais de 30 anos de carreira artística. Sua discografia tem 12 títulos, fez apresentações musicais em vários estados brasileiros e fora do Brasil. Musicou e fez direção de peças teatrais, participou de exposições com suas pinturas e publicou vários títulos de literatura de cordel (A Peleja dos Ipixunas com os Brancos Invasores, O Auto de Lampião no Além, O Cordel do Peixe-Boi; O Vaga-lume perde a Luz na Queimada da Floresta; A História do Cordel em Cordel, O Cordel da Missão Cruls, entre outros).

Desenvolve há alguns anos a atividade de divulgação e ensino da Literatura de Cordel para alunos e para professores do ensino básico – Colégio Marista Taguatinga/DF, Centro Educacional Setor Leste/DF, professores dos municípios de Chapada Gaúcha, Arinos, Unaí, Urucuia e Buritis, e nos Distritos de Serra das Araras e Sagarana, na região do Parque Nacional Grande Sertão Veredas (MG). Atuou como facilitador em projeto social destinado a alunos pobres da rede pública do DF.

Atua também como produtor cultural, tendo iniciado essa carreira em 1978 na CBS, como produtor de Raimundo Fagner, Juca Chaves e Cátia de França. Criador de vários projetos culturais, entre eles: Projeto Araponga (PB), Projeto Som Nosso (PB), Projeto Som Brasília (DF), Projeto Trilha das Águas (DF), Projeto Cordel na Escola (TO), e Projeto Etnias.

Início das Aulas: 28 de maio de 2012

Horário: Turmas no período matutino e vespertino.

Local: Escola de Aperfeiçoamento da Secretaria de Educação do DF – EAPE. A EAPE é uma parceira da oficina.

Inscrições a partir do dia 09 de maio no site: www.eape.se.df.gov.br

Informações: 61 4141.1061 Chang Produções

terça-feira, 8 de maio de 2012

CORDEL “A POLÍTICA E A POLITICAGEM”

Reproduzido do Blog de Alvinho PatriotaimageImagem

 
Autor: PAULO TARCISO

Caros ouvintes vos peço
Atenção uma vez mais
Para fazer uma análise
Creio interessa demais
O tema é muito importante
Me escutem por um instante
E saiba como se faz!

Política e politicagem
A prática e a teoria
A diferença é tão grande
Chega a gente se arrepia
A beleza da origem
É mesmo de dar vertigem
A prática do dia a dia.

O pai daciência política
Aristóteles é seu nome
Maquiavel também mostra
Ao político ou governante
Como se deve governar
E ao povo fez ensinar
Dar “Tchau” ao mau governante.

A política e sua origem
Thomas Hobbes avaliou
Era um absolutista
Montesquieu inaugurou
Três poderes Separados
Pra um governo organizado
Um grande avanço marcou.

Para criar nossas leis
O Poder Legislativo
Já pra nos governar
Chama-se o Executivo
E para a lei aplicar
Nos temos que convocar
Judiciário é preciso.

Em toda sociedade
Precisa organização
Um povo, cidade ou Estado
Ou mesmo em qualquer nação
E preciso existir leis
Para governantes ou reis
Para lhes dar direção.

Todo poder vem do povo
E em seu favor deve ser
Aplicada qualquer lei
Sem nunca se esquecer
Dos pobres e desvalidos
E dos grupos de excluídos
Que em toda terra há de ter.

Toda verba aplicada
Em favor da educação
Saúde e no social
Pra toda a população
Escola é muito importante
Governo pra ir avante
Ao professor dar atenção.

Como disse Maquiavel:
Um governante pra ser
Benquisto pelo seu povo
Com ele vá conviver
Morar em sua cidade
Saber das necessidades
Nunca, jamais, se esconder.

(…)

Leia o texto integral aqui

Jovens vivenciam a Literatura de Cordel em bairro popular/Salvador-BA

Reproduzido de Poesia Baiana

O projeto sócio-educativo ocorre aos fins de semana e pretende formar agentes multiplicadores e preservar a literatura de Cordel

Literatura de Cordel para jovens de um dos bairros mais tradicionais e populosos de Salvador. A Bumbá – Escola de Formação Artística, Organização Não-Governamental (ONG), realiza todos os fins de semana, no bairro da Boca do Rio, o Projeto Cordel na Boca e neste domingo (13), a partir das 9h da manhã, os jovens atendidos pela ação sócio-pedagógica receberão a visita de dois conhecidos cordelistas do cenário soteropolitano – Jotacê e Antonio Barreto. A ideia é promover uma aula especial, com intercâmbio de experiências e relatos sobre o fazer da Literatura de Cordel.

O projeto como um todo será realizado até o mês de agosto e culminará em uma grande mostra artística ao ar livre no próprio bairro. Serão mais de 120 horas de formação com o objetivo imprimir uma prática artístico-pedagógico que forme novos leitores e criadores de Literatura de Cordel na comunidade da Boca do Rio e com isso divulgar e preservar esta cultura popular.

“O maior desejo é estimular o exercício da auto-estima, comunicação, relacionamentos interpessoais, capacidade de se auto gerir, tomada de decisões, enfim, contribuir para maior integração e participação dos jovens com seu entorno social e, conseqüentemente, com sua cidade e história”, explica Sérgio Bahialista pedagogo, cordelista e instrutor do projeto.

Bumbá – Escola de Formação Artística - A Bumbá – Escola de Formação Artística, é uma ONG (Organização Não- Governamental) que surgiu a partir de experiências locais na comunidade da Boca do Rio, em Salvador – BA, na perspectiva da consciência da cultura como potencial para o desenvolvimento econômico e social local. Apesar de recente, a Bumbá reúne profissionais com uma longa trajetória em instituições inovadoras na área do Terceiro Setor e na construção e desenvolvimento de metodologias de educação, arte, cultura e comunicação para a cidadania com vista à autonomia, criatividade e visão empreendedora de adolescentes e jovens baianos.

Serviço

O quê: Projeto Literatura de Cordel

Quando: Sábados e domingos

Onde: Alto Beira Mar, S/N – Boca do Rio (próximo a Vidraçaria São Paulo)

Quanto: Gratuito

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Alunos lançam livro de cordel com recursos próprios na localidade Sítio do Alegre

Reproduzido de Revista Az

Os alunos do 8º ano e EJA da 4ª Etapa, lançaram um livro voltado à literatura de cordel na localidade Sítio do Alegre. O evento foi realizado na noite da última sexta-feira (04) e aconteceu na Escola Municipal Estevão Ferreira da Costa. O evento teve como objetivo levar ao conhecimento dos alunos o verdadeiro estilo de leitura e escrita do Cordel Piauiense. O projeto foi batizado como “O Encanto do Cordel” e reuniu uma variada sequência de versos, todos de autoria dos alunos das referidas séries escolares.

É importante destacar que os alunos realizaram a customização de capa, layout e impressões de exemplares com o dinheiro do próprio bolso e com a ajuda de populares que se interessaram pelo trabalho desenvolvido sob o comando da professora esperantinense Jesus Miranda e a aluna Sandra Carvalho do Eja que ajudou a organizar o lançamento do livro.

O evento teve a presença ilustre do repentista Chaguinha da Viola acompanhado de sua filha Marcelane que encantou o público presente com suas rimas e enboladas numa “cantoria” que durou cerca de duas horas.

              

Livro destaca o papel político da literatura de cordel na Primeira República

Reproduzido de FAPERJ

Débora Motta

Reprodução

Capa do livro: obra resgata a atuação
    política de Leandro Gomes de Barros

A Primeira República ou República Velha (1889-1930), que vai da proclamação do modelo republicano ao início da era Vargas, costuma ser relatada, na historiografia oficial, como um período de inexpressiva mobilização política do povo, que teria sido conduzido passivamente pelas elites da época. Mas para a pesquisadora Ivone da Silva Ramos Maya, a produção literária do poeta paraibano Leandro Gomes de Barros (1865-1918), considerado o fundador da literatura de cordel impressa, coloca-se como um contraponto a essa ideia. No livro O povo de papel – a sátira política na literatura de cordel, a autora defende que o povo era informado, pelos poemas, sobre como funcionava o sistema político da época. A obra foi publicada com apoio da FAPERJ, pelo Programa de Auxílio à Editoração (APQ 3).

Com uma abordagem original, que associa a obra de Leandro Gomes de Barros ao contexto político da Primeira República, o livro se situa na fronteira entre a poesia e a história. "O foco da pesquisa consistiu, essencialmente, em buscar os temas trabalhados pelo autor sobre o contexto político da época e inaugurar uma nova historiografia para o período conhecido como Primeira República", conta Ivone. Para isso, ela se debruçou por cerca de cinco anos sobre um vasto acervo de folhetos de cordel escritos por Leandro Gomes de Barros. "Baseei-me, sobretudo, na seleção de poemas políticos que já havia começado a estudar, quando coordenei o projeto de pesquisa intitulado ‘Folhetos de Papel: Memória do Cordel’, realizado sob o patrocínio da FAPERJ, para a Fundação Casa de Rui Barbosa, sobre a obra do poeta", acrescenta.

A passagem da monarquia à república é descrita pelo poeta paraibano como um momento de grandes reviravoltas sociais, políticas e econômicas. Ele era uma voz popular que se posicionava claramente contra o novo regime. "Leandro Gomes de Barros representou o panorama político e social da Primeira República ao denunciar os fatos do cotidiano daquela época, sobretudo os de caráter político, com uma linguagem facilmente inteligível por seu público, em que prevalece a ironia, a sátira e, algumas vezes, a paródia", avalia Ivone. "Nesse sentido, o poeta desnuda para o leitor os bastidores do poder fazendo poemas sobre eleições, carestia, impostos, seca, corrupção, etc. que constituem, na opinião dele, os ‘pilares’ da Primeira República", completa.

Leandro Gomes de Barros descreveu ainda a atuação de coronéis, chefes do cangaço e membros das oligarquias locais, além das relações entre os poderes municipal, estadual e federal. Com acidez e humor, ele despertava entre seus leitores o sentimento de cidadania, ainda que marcado pelo ceticismo. Um exemplo desse espírito crítico resgatado no livro é o trecho do poema "Ave Maria", que destaca o sistema corrupto eleitoral, tanto em nível distrital, estadual, quanto nacional: No dia da eleição/O povo todo corria/ Gritava a oposição/ Ave Maria/ Via-se grupos de gente/ Vendendo votos nas praças/ E a urna do governo/ Cheia de graça.

                   Reprodução

Com ironia, o poeta criticava
o regime político da 1ª República

Para a doutora em Literatura Geral e Comparada pela Universidade de Paris III, a importância de Leandro Gomes de Barros transcende a poesia e vai para o campo da militância política. "O poeta parece perpetuar uma tendência crítica aberta desde o século XVIII na literatura brasileira, que se baseia na denúncia dos males sociais através da ironia e do humor. Além de representar uma obra em que a originalidade dos temas constitui a chave para o sucesso de sua poética", diz a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).

De acordo com a autora, O povo de papel é uma oportunidade de divulgar pérolas da obra de Leandro Gomes de Barros e de revisitar criticamente a história da Primeira República. "A principal contribuição do livro é iniciar um trabalho de resgate dessa obra poética de tamanha importância histórica, mas relegada praticamente ao campo da literatura popular. Minha intenção foi produzir um texto em que viesse à tona essa lacuna historiográfica, que seria preenchida com as observações aguçadas de um poeta popular à frente do seu tempo", conclui.

Da Literatura de Cordel à Arte da Xilogravura – Rio de Janeiro/RJ

Arte de Xilogravura

Extraído de Congregação de Nossa Senhora - Notre Dame

Dando continuidade ao Projeto de Leitura da Rede Notre Dame – Lendo e escrevendo na escola: uma atitude necessária e sustentável, O Rei do Baião “invadiu” as turmas do 8° ano!

A cultura nordestina chegou aos estudantes pela literatura e pela música popular brasileira, tendo a obra O Auto da Compadecida como inspiração inicial que levou os alunos à criação de um texto em cordel abordando do centenário de Luiz Gonzaga ao universo criado na obra de Ariano Suassuna.

A arte da xilogravura é a técnica de criação e impressão de gravuras a qual se utiliza da madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel. É um processo muito parecido com um carimbo.

Na sala de projeção, imagens sobre a origem, a história e as características da Arte da Xilogravura e da Literatura de Cordel aguçaram a percepção de um Brasil diferente. “A xilogravura é uma das artes que mais fascina nesse mundo mágico da Literatura de Cordel. Ela dá vida à madeira e retrata, em seus desenhos e criações, formas e sonhos” , afirma a professora de artes, Débora de Castro.

 
Literatura de Cordel

  
Literatura de Cordel
 
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
Arte de Xilogravura 
Arte de Xilogravura
Arte de Xilogravura
Arte da Xilogravura
Arte da Xilogravura
Arte da Xilogravura
Arte da Xilogravura 

Palmarino se destaca com literatura de cordel no Estado do Tocantins

 

Reproduzido do site A Terra da Liberdade

Muita gente não sabe, mas o cordelista Antônio Farias da Silva, de 63 anos, sucesso no Estado do Tocantins, nasceu aqui em União dos Palmares. E foi justamente em homenagem ao município de nascimento, que Antônio adotou o nome de Palmares.
Foi em meados da década de 80 que Antônio Farias começou a se dedicar a literatura de cordel. Além dos livros publicados, ele, que desde 1999 mora em Gurupi, município de Tocantins, já compôs cerca de 200 músicas.

A história de Palmares é cheia de grandes desafios que ele enfrentou até atingir várias conquistas. Era analfabeto, mas, mesmo assim, declamava seus versos para que alguém escrevesse e, dessa forma, registrasse seu trabalho num caderno.

Em 2004, matriculou-se num curso de alfabetização que era realizado em parceria com o Sesi e um programa de extensão do Centro Universitário UnirG. Aprendeu a ler e escrever e deu prosseguimento a seus estudos. Neste ano, colou grau pela UMA – Universidade da Maturidade, em Gurupi, e agora faz pós-graduação.

Palmares é autor de dez livros, todos de literatura de cordel, nas mais diferentes temáticas, que vão da questão da defesa do meio ambiente, passando por vaquejadas e histórias infantis. Os CD gravados já somam sete, nos ritmos de forró, xaxado e baião. Nos dois últimos trabalhos, ele inovou por causa da religião evangélica que abraçou. As músicas foram gravadas em ritmo de forró gospel.

Em 2011, o poeta e jornalista Zacarias Martins lançou o documentário “Palmares – o Cantador de Cordel”. Além de atuar como diretor, Martins também foi responsável pelo roteiro do documentário que conta um pouco da trajetória do poeta popular alagoano. O documentário está à venda pelo site www.livrariaveloso.com.br.

Palmares é um dos mais expressivos poetas de literatura de cordel da região Sul do Estado.

Literatura de Cordel em São Paulo

Reprodução do blog Cordel Atemporal

Brevíssimo histórico

Antônio Teodoro dos Santos, o Poeta Garimpeiro, foi o
grande desbravador da Literatura de Cordel em  São Paulo

A história do Cordel em São Paulo está diretamente ligada à diáspora nordestina e ao interesse de uma tradicional editora, fundada por um imigrante português, na década de 1910, em contemplar a grande massa de leitores,composta por trabalhadores atraídos pelas oportunidades de trabalho que a incipiente indústria brasileira oferecia. Abaixo, apresento um resumo desta história adaptado a partir do capítulo O Cordel no Sudeste, que integra o livro Breve história da Literatura de Cordel (ed. Claridade, 2010).

A Tipografia Souza, dirigida pelo imigrante português José Pinto de Souza (1881-1950), surgiu em 1912. Segundo Joseph Luyten, José Pinto veio para o Brasil em 1895, estabelecendo-se como tipógrafo na capital paulista. A princípio, a tipografia publicava modinhas e folhas soltas. Depois, foram editadas histórias tradicionais portuguesas em prosa e verso. Luyten informa que, desde a década de 1930, tais histórias foram retrabalhadas por poetas brasileiros, em geral nordestinos. Desta tipografia surgiu, em 1952, a editora Prelúdio, dirigida pelo filho de José, Arlindo Pinto de Souza e seu meio-irmão Armando Augusto Lopes.

No mesmo período, o poeta baiano Antônio Teodoro dos Santos apresenta alguns originais à editora. Teodoro escrevia sobre tudo, para todos. Seu cordel Vida e tragédia do presidente Getúlio Vargas, de 1954, escrito após o suicídio de Getúlio, vendeu, na primeira edição, impressionantes 260 mil exemplares.  Começa o período áureo da Literatura de Cordel publicada no Sudeste. A obra de Teodoro é vasta e de boa qualidade e, dentre os muitos títulos de sua lavra, ainda se destacam João Soldado, o valente praça que meteu o Diabo num saco e Lampião, o rei do cangaço, clássicos incontestes.

Para expandir a linha editorial abraçada pela Prelúdio, Arlindo Pinto se valeu de um artifício: publicou, sem autorização, títulos de grandes autores nordestinos. Manoel D’Almeida Filho e Rodolfo Coelho Cavalcante estavam entre as vítimas da “apropriação indébita”. Bateram às portas da editora e ouviram de Arlindo uma desculpa que acabou sendo convincente: as obras foram publicadas para forçar um contato com os autores residentes no Nordeste. Deu certo. Os poetas tornaram-se amigos e revendedores do esperto editor. Almeida, tempos depois, se tornaria o selecionador de textos da editora, função que exerceu até 1995, ano de sua morte.

Manoel D'Almeida Filho, mesmo residindo em Sergipe,
era o principal consultor da Luzeiro

A Prelúdio, após decretar falência, em 1973, adotou a razão social da Luzeiro (do Norte), de João José da Silva, de quem adquiriu os direitos de publicação de títulos de autores clássicos, como Manoel Pereira Sobrinho, José Camelo de Melo Resende, Severino Borges Silva e Caetano Cosme da Silva. Fez do nome o símbolo de seu renascimento. E, superando os problemas, a Luzeiro seguiu imprimindo os clássicos do gênero sob a orientação abalizada de Manoel D’Almeida Filho. Entre 1980 e 1986, a editora, com mais de seiscentos revendedores espalhados por todo o Brasil, viveu um ótimo momento.

O fracasso do Plano Cruzado, a partir de 1987, seguido da grave crise econômica que prostrou o país, atingiu em cheio a casa paulistana. O Cordel, aos poucos, desaparecia das feiras. Em 1995, Arlindo Pinto de Souza, desiludido com os efeitos da crise e o desinteresse dos filhos em dar continuidade à tradição familiar, vendeu a editora à firma dos Irmãos Nicoló, e a Luzeiro passou por um período de dificuldades. No mesmo período morre, vítima de enfisema pulmonar, Manoel D’Almeida Filho, amargurado ante o futuro incerto da editora e da própria Literatura de Cordel. Numa carta emocionada endereçada ao “compadre” Arlindo, o velho poeta não esconde a decepção e pressagia o próprio fim, que não tardaria a chegar.

Hoje, Gregório Nicoló é o único proprietário, e a Luzeiro, superando alguns problemas, renova as suas publicações, mantendo os títulos tradicionais, ainda com boa aceitação popular. Cordéis do acervo da velha Prelúdio, há muito fora de catálogo, retornaram às prateleiras e novos poetas foram incorporados ao elenco da editora. Nomes como Arievaldo Viana, Varneci Nascimento, Marco Haurélio, Rouxinol do Rinaré, Cacá Lopes, Evaristo Geraldo e Moreira de Acopiara, ao lado dos veteranos João Firmino Cabral, Antônio Alves da Silva e Mestre Azulão trouxeram novo alento ao cordel editado em São Paulo.

Outras iniciativas

Desde fins da década de 1970 até boa parte dos anos 1980, o pernambucano Jota Barros (João Antônio de Barros) e o baiano Franklin Maxado disputavam fregueses na Feira de Artes da Praça da República. Na Praça da Sé, o violeiro pernambucano João Cabeleira revendia os folhetos da Luzeiro, que ainda estavam expostos em várias bancas de revistas do Brás, bairro onde a editora estava estabelecida, à Rua Almirante Barroso. Outro grande divulgador foi o engajado poeta e ator pernambucano Rafael de Carvalho, cuja morte precoce, no início dos anos 1980, impediu a continuidade de um trabalho de cunho reivindicatório de suma importância, hoje quase esquecido.

Antônio Amaury Correa, estudioso do cangaço, e em especial de Lampião, também contribuiu para ampliar a bibliografia em versos do bandoleiro. O seu Lampião: origens de família e primórdios guerreiros do famoso cangaceiro é o único dos oito folhetos sobre o tema que foi publicado. Conta com belíssimas xilogravuras de Jerônimo Soares, e é hoje uma raridade. Severino José (Zacarias José), poeta popular e colecionador de folhetos, teve atuação marcante junto ao movimento sindical. O folheto Acidentes de trabalho no ramo da construção abriu espaço para outros trabalhos “de encomenda”, em que usam a fácil comunicação da Literatura de Cordel para alertar a respeito da prevenção de acidentes, doenças e até mesmo promover a conscientização política.

O mineiro Téo Azevedo (Teófilo de Azevedo Filho), repentista, cantor e compositor, gravado por grandes nomes da MPB, como Luiz Gonzaga e Zé Ramalho, esporadicamente dedica-se à Literatura de Cordel. Escreveu, em parceria com Klévisson Viana, A peleja de São Paulo com o monstro da violência, um folheto que toca no “calcanhar de Aquiles” da metrópole: a segurança pública.

Caravana do Cordel

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Na atualidade, o a poesia popular é representada, em São Paulo, por poetas oriundos de vários estados da “nação nordestina”, criadores e mantenedores do grupo cultural Caravana do Cordel, surgido em 2008. Renovando a tradição itinerante da poesia popular a Caravana já se apresentou em locais os mais variados: cineclubes, teatros, bibliotecas, escolas e praças. O grupo é composto por poetas, artistas plásticos, estudiosos e entusiastas da poesia popular do Nordeste. A origem dos caravaneiros é prova cabal da diversidade de propostas. Em várias apresentações, a caravana já rendeu tributo a poetas como Antônio Teodoro dos Santos, alem dos pioneiros Leandro Gomes de Barros e Francisco das Chagas Batista.

Outro que fator que contribuiu para a afinação entre os membros do grupo foi o lançamento da coleção Clássicos em Cordel, da editora Nova Alexandria. Alguns membros da Caravana são autores da referida coleção: o alagoano João Gomes de Sá trouxe para o Nordeste os personagens de O corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo. Varneci Nascimento, baiano de Banzaê, recontou em cordel o clássico de Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas. O cerarense Moreira de Acopiara deu nova vestimenta ao famoso romance de Daniel Defoe, As aventuras de Robinson Crusoé. Costa Senna, seu conterrâneo, cordelizou Viagem ao centro da Terra, de Júlio Verne. E Cícero Pedro de Assis deu continuidades aos romances de cavalaria, trazendo para o Cordel a emblemática história do Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda. Além de autores residentes em outros estados, a coleção ainda traz versões poéticas de dois clássicos de William Shakespeare: A megera domada (por Marco Haurélio) e Romeu e Julieta (por Sebastião Marinho).

Autores publicados pela Luzeiro, apoiadora da iniciativa, também marcam presença no grupo: Nando Poeta, Cleusa Santo, Pedro Monteiro, Luiz Wilson, Cacá Lopes, Carlos Alberto e Josué Araújo, entre outros. Aderaldo Luciano, doutor em Letras pela UFRJ, também trouxe valiosa contribuição, transformando o grupo num movimento-escola. O lema criado por João Gomes de Sá – É o mundo do Cordel para todo o mundo! –, coroando o êxito da Caravana do Cordel, tornou-se, também, um legítimo manifesto.

Nota: Texto publicado, com modificações, no livro Acorda Cordel na Sala de Aula, de Arievaldo Viana (org).

Múltiplas Linguagens na Sala de Aula: a Literatura de Cordel e a Cultura Popular em Questão

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Silvio Profirio da Silva [1]

Graduando em Letras pela UFRPE.

André Almeida da Silva [2]

Graduado em Licenciatura em Ciências Agrícolas pela UFRPE.

Jacineide Gabriel Arcanjo (Orientadora) [3]

Mestre em Ensino das Ciências pela UFRPE.

 

            Nos últimos anos, uma ampla quantidade de autores tem voltado seu olhar para a temática da utilização de múltiplas linguagens como suporte didático nos processos de ensino de ensino e de aprendizagem. Dito de outra forma, o uso de novos recursos  e suportes didáticos, que subdisiam estratégias de ensino inovadoras e diferenciadas. Podem ser apontados como exemplos dessas múltiplas e diversificadas linguagens: Charges, Cinema, Histórias em Quadrinhos [HQs], Jogos, Jornais, Redes Sociais [Facebook, MSN, Orkut etc.], Revistas, Tirinhas etc. (GOMES & NASCIMENTO NETO, 2009). Atrelado a essa questão, uma gama de autores tem voltado sua atenção para o uso da Literatura de Cordel como suporte didático nas práticas de ensino. No dizer de Fonseca & Fonseca (2008), essa literatura consiste em uma poesia de cunho/ teor popular, que propaga e prolifera os mais diversos aspectos/ fatores da cultura nordestina, retratando o cotidiano nordestino, os costumes, as histórias, as lendas, as memórias, as tradições etc.. Dentro dessa perspectiva, esse tipo de literatura propicia a inserção da cultura popular nos processos de ensino e de aprendizagem, levando para os muros escolares a diversidade cultural proveniente da realidade social brasileira.

            Durante décadas, a cultura popular foi algo depreciado, sendo considerada inapropriada a fazer parte das práticas educativas presentes no universo escolar. O ensino, sob essa perspectiva, se voltava para o padrão culto, preconizado pelos Livros Didáticos (LDs) e pelos grandes autores renomados. Ao centrar-se, preponderantemente, na cultura preconizada pelos segmentos sociais privilegiados economicamente, excluia-se uma gama de aspectos da cultura popular brasileira. As práticas pedagógicas, amparadas nesses paradigmas, distanciavam-se cada vez mais das práticas culturais presente nos mais diversos espaços brasileiros. Diante desse quadro, diversos gêneros textuais, que abordam as produções da espécie humana [independente, do padrão social], as práticas corriqueiras do dia a dia do povo, se utilizando de uma linguagem viva [sem preconceitos], eram excluídos do cenário educacional. São exemplos que podem ilustrar tal situação: as Charges, as Tirinhas e. sobretudo, a Literatura de Cordel etc. . Este último, objeto de estudo deste trabalho, sofreu, durante muito tempo, um intenso preconceito social, em função de carregar as marcas do povo, dos segmentos sociais menos privilegiados economicamente, lançando mão de uma linguagem que reflete o cotidiano dos espaços culturais brasileiros.

            Nos dias de hoje, podem ser percebidos novos fundamentos/ paradigmas educacionais, que respaldam novos enfoques e perspectivas, acompanhados de estratégias de ensino inovadoras. Ao invés de distanciar e erradicar a cultura popular, em suas múltiplas formas, dos processos de ensino e de aprendizagem, as novas orientações para o ensino preconizam a inserção dos artefatos culturais no cenário educacional. Para realização dessa faceta, há uma gama de estratégias. Entre elas, propõe-se, nesta escrita, a utilização da Literatura de Cordel como suporte didático nos processos de ensino e de aprendizagem.

            Apesar desses progressos paradigmáticos, não se pode dizer que o preconceito tecido em face desse tipo de literatura tenha sido totalmente erradicado/ extinto. Em outras palavras, diversos educadores que compartilham de concepções e modelos de ensino tradicionais ainda tecem posicionamentos contrários a essa literatura. Contudo, uma vasta quantidade de autores tem se debruçado sobre a Literatura de Cordel, abordando seus subsídios para novas práticas pedagógicas, rompendo/ quebrando com padrões tradicionais de ensino, rumo a novas formas de construção da aprendizagem. É nesse sentido que a Literatura de Cordel propicia a eclosão de novas tendências pedagógicas para o ensino, a partir da inserção de múltiplos e diversificados aspectos/ fatores da cultura popular nos processos de ensino e de aprendizagem. O que, por conseguinte, leva para o cenário pedagógico novos horizontes para a construção social do conhecimento do discente.

Referências

FONSÊCA, Alexandre Vítor de Lima; FONSÊCA, Karen Sheron Bezerra. Contribuições da literatura de cordel para o ensino da cartografia. Revista Geografia, v. 17, n. 2, Londrina, 2008.

GOMES, Gustavo Manoel da Silva; NASCIMENTO NETO, Luiz Domingos do. A Cultura Afro-Brasileira no Saber Escolar Contemporâneo: articulando histórias, linguagens, memórias e identidades. Revista Encontros de Vista, v. 02, p. 13-24, 200

Reproduzido de Notícia da Hora

Imagem da internet

quarta-feira, 28 de março de 2012

ESTE BLOG NÃO ESTÁ INFECTADO

Caros leitores, este blog está sendo notificado nas pesquisas do Google como contendo uma possível ameaça de vírus. Porém o que acontece é que algum site cujo link foi por mim colocado na área de visualização do blog pode estar infectado e desta forma a internet "interpreta" como se o site hospedeiro (no caso este) também estivesse infectado. Mas não está. E para que tal problema seja solucionado, ou seja, para que a internet pare de "acusar" este blog, deletei todos os links de terceiros da área de visualização. Por isso o blog está aparecendo agora neste formato, como se estivesse despido..., mas espero que o problema possa ser solucionado.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Cordelista Manoel Belizario desenvolve o projeto “Cordel no Espaço Escolar”

image                       Equipe de apoio entregando cordéis em escola beneficiada

Durante este mês de março, o cordelista e administrador deste blog, Manoel Belizario, está desenvolvendo o projeto “Cordel no Espaço Escolar”. A iniciativa ficou em 3° lugar no Prêmio Mais Cultura de Literatura de cordel 2010 e pretende influenciar a leitura de Literatura de Cordel nas escolas de João Pessoa. Cinquenta escolas estão sendo beneficiadas com a doação de cinquenta e seis folhetos de cordel divididos nos seguintes títulos: Cordel do Estatuto da Criança e do Adolescente, Alerta ao Usuário do Orkut/Lamentos de um Riacho Sertanejo, Peleja do Aluno Preguiçoso com o Estudioso, Conselhos de Mãe e O Político que Engabelou o Povo Comprando Voto Fiado nas Eleições de 2008. As escolas beneficiadas são:

EE IEP

EE José Lins do Rego

EE Liceu Paraibano

EE Presidente João Pessoa

EE Professora Maria Geni de Sousa Timóteo

EEEF Doutor José Medeiros Vieira

EEEF Doutor Otavio Novais

EEEF Epitácio Pessoa

EEEF Frei Martinho

EEEF Irmã Severinha Cavalcante Brito

EEEF Isabel Maria das Neves

EEEF Padre Miguelinho

EEEF Professor Mateus Ribeiro

EEEF Professora Argentina Pereira Gomes

EEEF Professora Olivina Olivia Carneiro da Cunha

EEEF Tiradentes

EEEFM Cônego Nicodemos Neves

EEEFM Papa Paulo VI

EEEFM Professora Liliosa de Paiva Leite

EEEFM Professora Maria do Carmo Miranda

EEEIEF Adelaide de Novais

EEEIEF Gonçalves Dias

EEEIF Professor Orlando Cavalcanti Gomes

EEEM Professora Úrsula Lianza

EM Agostinho Fonseca Neto

EM Almirante Barroso

EM Américo Falcão

EM Analice Gonçalves de Carvalho

EM Aníbal Moura

EM Arnaldo de Barros

EM Augusto dos Anjos

EM Cantalice Leite Magalhães

EM Castro Alves

EM Damásio Franca

EM Francisco Pereira Nóbrega

EM João Monteiro da Franca

EM João Santa Cruz

EM José Novais

EM Leônidas Santiago

EM Luiz Gonzaga Burity

EM Luiz Mendes Pontes

EM Oscar de Castro

EM Padre Pedro Serrão

EM Professor Durmeval Trigueiro Mendes

EM Professora Anayde Beiriz

EM Rotary Francisco E. de Aguiar

EM Santa Ângela

EM Santos Dumont

EM Ubirajara Targino Botto

EM Zulmira de Novais

Equipe de apoio: Danielle Santos e Diego Santos

sábado, 18 de fevereiro de 2012

ESTROFES DE CORDEL DO DIA



Com a Ficha Limpa aprovada
Teremos bastante avanço -
Apesar do Brasil ser
Mais lerdo que burro manso.
Acho q a corrupção
Vai nos dar algum descanso.

Alertem-se safadões,
Ladrões de monte, de sobra
A Ficha Limpa chegou
Contra esse monte de 'obra'.
A Ficha limpa é a lei
Que honestidade cobra.

Manoel Messias Belizario Neto

Imagem: joanavieirapontocom.com

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

INSTITUTO LEANDRO GOMES DE BARROS

(Carta recebida via email)

Prezado(a) Senhor(a),

O INSTITUTO LEANDRO GOMES DE BARROS (ILGB), fundado recentemente, é uma instituição sem fins econômicos, com o objetivo de promover a literatura de cordel, por meio de projetos de pesquisa, programas editoriais de folhetos, livros, revistas e jornais, projetos de incentivo à leitura, junto aos diversos públicos, por meio de sites e portais na Internet, concursos literários, cursos, oficinas, sessões de narração de histórias, leituras dramáticas, congressos, seminários, exposições, audiovisuais, documentários, bem como de outros projetos culturais, abrangendo as diferentes expressões artísticas como música, artes cênicas e artes plásticas visando criar acesso ao conhecimento.

A primeira diretoria eleita do ILGB, para o triênio julho/2011 a julho/2014, foi composta pelo o funcionário público e poeta cordelista Pedro Monteiro de Carvalho (presidente) e o professor e poeta cordelista João Gomes de Sá (vice-presidente), além de uma experiente equipe de diretores e consultores.

O ILGB foi idealizado e constituído a partir da ampla e profícua atuação cultural de poetas, escritores, editores, pesquisadores, educadores e divulgadores da literatura de cordel, realizando os mais diferentes projetos literários.   Projetos como o Cordel da Cortez – ampliado para Encontro Nacional de Leitura, realizado até a 7ª edição, com a curadoria de Gilmar de Carvalho, professor da Universidade Federal do Ceará, e a coordenação do poeta Moreira de Acopiara –, com ampla divulgação na imprensa, possibilitando maior visibilidade para o cordel e para aqueles que o fazem.

Portanto, com satisfação dirigimo-nos a Vossa Senhoria para comunicar a existência de um Instituto para promover da literatura de cordel e que homenageia o mais importante cordelista brasileiro, com sede no maior centro econômico e cultural do país. O ILGB está aberto e com disposição para atuar levando o melhor da cultura brasileira para aqueles que mais precisam do conhecimento.  

Cordialmente,

PEDRO MONTEIRO DE CARVALHO

Presidente do Instituto Leandro Gomes de Barros ILGB

P.s.: Tentamos, na medida do possível reunir todos os contatos. Por favor, encaminhar para os seus contatos.

obrigado.

Para saber mais, visite o nosso blog: http://ilgbsp.blogspot.com/

Lançamento de cordel do poeta Roniere Soares: história real vira literatura

image Cordelista escreve seu nono trabalho sobre a morte coletiva de 13 vacas leiteiras que ocorreu no Município de Boa Vista, no início deste mês. O autor, Roniere Leite Soares, é genro do proprietário Oton Gomes de Lacerda (Tota) e seus pais moram em Boa Vista-PB. A apresentação do folheto é feita pelo poeta Marco di Aurélio, pernambucano radicado em João Pessoa-PB. O folheto de cordel ainda não tem data para lançamento, pois depende dos trâmites da gráfica na qual será reproduzida em série, possivelmente até o final deste mês de fevereiro. Será composto por 8 páginas de texto e 8 páginas de xilogravuras que representarão o ambiente e o enredo do ambiente rural no qual ocorreu a morte das vacas. São 24 sextilhas, capa branca.

Prefácio:

Neste cordel recheado de sentido e sob a mais perfeita descrição, Roniere Leite Soares nos apresenta uma página sofrida de nossa história contemporânea. A lida de nossos irmãos que cuidam do gado, frente à inocência e o desconhecimento no uso dos inúmeros venenos que contaminam nossas vidas. Um fato verídico que pode e deve nos servir de alerta quanto ao uso indevido dos pesticidas.

Poeta Marco di Aurélio

Fonte: Roniere Leite Soares por email

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Com elementos em cordel, Gaviões da Fiel retrata vida de Lula

Igor Carneiro é um dos carnavalescos que trabalham para materializar o enredo. Foto: Mauro Horita/Terra

Igor Carneiro é um dos carnavalescos que trabalham para materializar o enredo
Foto: Mauro Horita/Terra

Thyago Furtado via diversao.terra.com.br

Quando der o primeiro passo no sambódromo do Anhembi, no dia 18 de fevereiro, a Gaviões da Fiel promete emocionar milhares de brasileiros com a história do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com o samba-enredo biográfico Verás que o filho fiel não foge à luta - Lula, o retrato de uma nação, os espectadores visualizarão por 26 alas a saga do menino que saiu do sertão nordestino rumo a São Paulo e alcançou seu objetivo.

Para ilustrar cada etapa da vida do corintiano, a Gaviões decidiu usar elementos da literatura de cordel - considerada pela escola rimas felizes e despretensiosas. Pretensiosamente ou não, a intenção da agremiação é conquistar o quinto título e, para isso, conta com a ajuda de três carnavalescos: Igor Carneiro, Delmo Moraes e Fabio Lima.

"A equipe é enorme. Quando definimos o enredo, vamos lapidando a ideia até chegarmos ao produto final", conta Igor ao Terra. De acordo com ele, esse processo de criação - que começou há quase um ano - passou pelo crivo do ex-presidente da República. "Apresentamos o projeto ao Lula, que fez alguns adendos, não muitos. Ele gostou muito", diz.

Mesmo sem poder visitar a quadra da escola, Lula, que trata um câncer na laringe descoberto em outubro do ano passado, está a par de tudo o que acontece. "Desde a fantasia aos carros alegóricos", afirma o carnavalesco.

No barracão, o clima é de suspense. As alegorias são envoltas por plásticos pretos, que revelam pequenas porções do que o torcedor corintiano verá na avenida. Uma delas traz os hiperbólicos escorpiões, que representam o signo de Lula. Sobre isso, Erika Papangelacos, membro da equipe da Gaviões, é reservada, mas não esconde a empolgação. "Não posso dizer muito, mas vai ser lindo".

Lula deve entrar no último carro alegórico ao lado de sua mulher, Marisa. A Gaviões da Fiel será a sexta escola a entrar no Anhembi no segundo dia de desfile das escolas paulistanas.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Carnaval: Salgueiro falará da literatura de cordel

Agremiação promete fazer bonito na passarela do samba na Marquês de Sapucaí

Carnaval: Salgueiro falará da literatura de cordel

DIVULGAÇÃO/ SITE OFICIAL

A escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, que é bastante popular, falará da literatura de cordel. Com o enredo “Cordel Branco e Encarnado”, a agremiação transformará em samba essa grande inspiração que vem do cordel, contando a fantástica história de todos os poetas populares do Brasil.
A vermelho-e-branco tem Regina Duran no comando, e Renato Lage e Márcia Lage como carnavalescos. A agremiação será a terceira escola a desfilar no segundo dia de Carnaval do Rio de Janeiro e promete fazer os foliões cantarem e dançarem ao som do samba-enredo.

Reprodução do site: jovempan.uol.com.br

Literatura de Cordel: cultura roraimense narrada em versos

Cordelista nas horas vagas, Rodrigo de Oliveira contou sua paixão pela literatura e pelas belezas naturais da Amazônia

RORAIMA – Botânico, professor do Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Roraima e cordelista nas horas vagas, Rodrigo de Oliveira é natural de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Neto do poeta popular Urbano de Souza Costa (“Seu Pirrito” de Glória do Goitá-PE) e irmão do cordelista Rafael de Oliveira, Rodrigo começou a escrever contos de cordel em 2008, dois anos após ter escolhido Roraima para viver.

Cordelista Rodrigo de Oliveira. Foto: Raimesson/Amazon Sat

Segundo Rodrigo, sua principal inspiração para iniciar este trabalho foram as belezas da Amazônia e o Trio Roraimeira – grupo de artistas locais que retratam em músicas e poesias, história, lenda  e cultura de Roraima. “Quando cheguei a Roraima, em março de 2006, para dar aulas, me deparei com as belezas naturais da região: savana em meio à floresta amazônica, isso me chamou muito a atenção”, disse.

Com o tempo, Rodrigo começou a se interessar pela cultura da região. Poesias, artistas e curiosidades em geral que levaram o, até então, professor universitário, a arriscar os primeiros versos de cordel, incentivado pela visita do irmão cordelista a Roraima. Este que lhe passou às técnicas e os primeiros passos dos contos.

Dentre as referências, Rodrigo citou o primeiro cordelista da história, Leandro Gomes de Barro e não esqueceu do avô e irmão. Rodrigo falou ainda sobre sua admiração aos cordelistas de Roraima - Mestre Egídio, Otaniel, Zanny, Bach – , e falou da sua admiração especial ao cordelista Xarute – Alberto Francisco Nascimento, popular por escrever cordel sobre notícias do dia-a-dia em Roraima.

Coleção de cordeis do escritor Rodrigo de Oliveira. Foto: Raimesson/Amazon Sat

‘O Código Macunaíma – Encontro de Makunaima com Mário de Andrade’, foi o primeiro cordel de Rodrigo. Nesse conto, o cordelista explica a mudança na grafia entre um das lendas de Roraima, o Makunaima e a obra Macunaíma do escritor Mário de Andrade. Rodrigo possui ainda mais sete obras lançadas: O Encontro de Makunaima com Ajuricaba, O Encontro de Makunaima com o Trio Roraimeira, Lavradeiro, O ET de São João da Baliza, O Inesquecível Monsenhor de Lins, Ao Nobre Evangelista e O Baile do Judeu, adaptado da obra de Inglês de Souza. Todas as obras estão disponíveis para leitura no site Recanto das Letras .

“Cruviana trouxe Neuber
Mestre que é u-choa-à parte
Do buriti com farinha
A maloca virou arte.

Na dança do Parixara
De Pacaraima ao Bonfim
Veio o cavalo selvagem
Como o poeta Eliakim.

Zeca Preto cá chegou
Em barcos de buriti
O filho de Dona Neuza
Resolveu viver aqui.”

(Trecho do cordel “ O Encontro de Makunaima com o Trio Roraimeira” )

As obras são escritas por Rodrigo e publicadas pela Editora Coqueiro, em Pernambuco. Rodrigo não comercializa os cordéis. Segundo o cordelista, as tiragens são distribuídas para alguns comerciantes locais venderem e obterem o lucro. Além disso, Rodrigo deixou algumas edições na Biblioteca Pública de Roraima e com amigos.

Literatura de Cordel

A literatura de cordel é um gênero literário. Conhecida como folheto, é um tipo de poema popular originalmente oral, e depois impresso. O nome ‘cordel’ vem de Portugal, onde esses folhetos eram pendurados em cordas, cordéis ou barbantes.

Cordel. Foto: Wilson Júnior/AE

O início dessa literatura está relacionado à divulgação de histórias tradicionais, narrativas de época, que a memória popular foi conservando e transmitindo por meio dos folhetos. As narrativas que exigem uma estrutura particular de contagem das sílabas para serem rimadas e recitadas, relatam uma infinidade de assuntos, conforme a inspiração do cordelista.

Antigamente, antes do acesso as mídias, a literatura de cordel era a principal forma de transmitir a informação. Além disso, em algumas regiões, o cordel ocupava o lugar das cartilhas e era auxilio para a alfabetização.

No Brasil, a literatura de cordel surgiu no nordeste com raízes lusitanas, por volta do século XVI e XVII, trazida pelos colonos.

Fonte: Literatura de Cordel – M. Diegues Júnior

Reproduzido do site: www.portalamazonia.com.br

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

BIBLIOTECA NACIONAL NO III SEMINÁRIO DO VERSO POPULAR

Por Dalinha Catunda (via email)

A Biblioteca Nacional que começa a fazer uma campanha para arrecadar cordéis, no intuito de melhorar seu acervo e prestigiar a cultura popular, está enviando para o III Seminário do Verso Popular, em Crato-CE, sua representante Daniele del Giudice.

Daniele entre os assuntos a serem divulgados, falará sobre a organização de um seminário cujo tema será: literatura cordel na FBN, provavelmente em abril.

É importante a divulgação e a participação dos poetas cordelistas nesta campanha de construção de acervo da nação, já que a FBN representa a Coleção Memória Nacional, a qual deve possuir todos os exemplares produzidos no país.

Já estive em reunião na FBN e como colaboradora, representando o blog Cordel de Saia, estarei junto com Daniele nesta divulgação que será feita em Crato.

Programação III Seminário do Verso Popular

Imagens: http://cordeldesaia.blogspot.com/

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Curso Online: A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL EM SALA DE AULA com certificado

CURSO CORDEL ONLINE

                         Apresentação

Esse curso foi criado pensando na contribuição que a literatura de cordel pode oferecer no processo de alfabetização e na ação de aprendizagem dentro da sala de aula. Ideal para professores e estudiosos na área de literatura.

Autor(a): CLODOMIRO PEREIRA VALEIRO

Graduado em Licenciatura Plena em Letras pela UNEMAT - Universidade do Estado de Mato Grosso. Graduando em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas e Pós Graduando em Gestão Municipal pela UAB/UNEMAT.

  • Aqui você não precisa esperar o prazo de compensação do pagamento para começar a aprender. Inicie agora mesmo e pague depois.
  • O curso é todo feito pela Internet. Assim você pode acessar de qualquer lugar, 24 horas por dia, 7 dias por semana.
  • Se não gostar do curso você tem 7 dias para solicitar (através do email buzzero@buzzero.com) o cancelamento ou a devolução do valor investido.*

    * Desde que tenha acessado a no máximo 50% do material.*

  • CAPÍTULOS DO CURSO

     

  • A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NA SALA DE AULA
  • 1. A ORIGEM DA LITERATURA DE CORDEL
  • 2. OS FOLHETOS DE CORDEL
  • FOLHETO NA VERSÃO ORIGINAL, OUTRO REEDITADO
  • 2.1 A xilogravura
  • 2.2 O “professor” cordel
  • 3. A LITERATURA DE CORDEL NA SALA DE AULA
  • Se os textos usados em sala de aula são sempre clássicos, que lugar teria a literatura de cordel na esfera didática
  • Para se inscrever clique aqui

    Fonte: www.buzzero.com

    Luzeiro relançará o clássico "João Soldado" com atualização ortográfica

    por Marco Haurélio

              O clássico "João Soldado, o valente praça que meteu o Diabo num saco", de Antônio Teodoro dos Santos, ganhará nova edição na Editora Luzeiro. Publicada desde o tempo da Prelúdio (1959), a obra é um best-seller com centenas de milhares de exemplares vendidos e mais de 50 anos de publicação ininterrupta.
              No blog CORDEL ATEMPORAL, em artigo, analiso as origens do conto, que tem origens no mito do herói que burla o Diabo, presente em vários países, como Rússia, Romênia, Alemanha, Espanha e Portugal, de onde veio para o Brasil:
    JOÃO SOLDADO, UM CORDEL ATEMPORAL
              Antônio Teodoro dos Santos (1916-1981) teve a ventura de versar, ou seja, verter para a literatura de cordel, a história de João Soldado, o Valente Praça que Meteu o Diabo num Saco, conhecida de muitos estudiosos e dos irmãos Grimm, que a recolheram na Alemanha, há cerca de dois séculos. Há uma versão mais antiga, O Diabo e o Soldado, escrita por Firmino Teixeira do Amaral e publicada pela extinta Editora Guajarina, de Belém do Pará. A versão de Teodoro situa o soldado na Palestina, onde, futuramente, ele irá encontrar o próprio Jesus Cristo:

    João Soldado se criou
    Na terra da Palestina
    Ficou órfão logo cedo
    Foi bem triste a sua sina
    Mas porém foi coroado
    Por uma estrela divina.

              João, então, resolve “assentar praça”. Contudo, a sua honestidade impede que faça carreira na polícia; a crítica é sutil e, infelizmente, atual:

    O que é certo que João
    Na vida não fez carreira
    Somente por um motivo
    De não pegar na chaleira
    Até que saiu da praça
    Limpo sem eira nem beira.

              Após vinte e quatro anos de bons serviços, João recebe como soldo “uma farda/ quatro vinténs e um pão/ um capacete rasgado/ e um par de botinão”. Voltando para a casa, João tem um encontro que mudará, para sempre, a sua vida: dois mendigos lhe pedem uma esmola e recebem uma parte do pão; por mais três vezes eles aparecerão até que João lhes entregue “o último dinheiro”. Aí há a revelação:

    Aqueles dois mendicantes
    Eram São Pedro e Jesus
    Quando andavam neste mundo
    Trazendo a divina luz
    Provando os bons corações
    Com sua pesada cruz.

               Em retribuição à boa ação, Jesus se mostra disposto a satisfazer qualquer pedido de João. São Pedro, então, instiga-o a pedir a salvação de sua alma, mas ele acaba fazendo outro pedido:

    ... Peço ao mestre que me dê
    Uma força divinal
    De tudo quanto eu mandar
    Entre aqui no meu bornal.

               O dilema de João Soldado – escolher entre a salvação e a possibilidade de gozo no plano material – está presente em outras adaptações pertencentes ao mesmo ciclo. A título de comparação analisemos algumas delas. Em Jesus e o homem do Surrão misterioso, de Manoel D’Almeida Filho, há o encontro da personagem principal, apelidado de Moleza, com os dois benfeitores de João Soldado. Almeida assim descreve os dois velhos (note a semelhança com a descrição de Teodoro):

    Então aqueles dois velhos
    Que falavam com Moleza,
    Eram Jesus e São Pedro,
    Dentro da sua grandeza,
    Que sofriam pela terra
    Para ajudar a pobreza.

    À pergunta direta de Jesus, “- Quer riqueza ou salvação?”, Moleza não titubeia e responde talqualmente João Soldado:
    Quero que neste surrão
    Tudo que eu mandar entrar
    Entre no mesmo momento
    Sem fugir nem recusar,
    Seja coisa viva ou morta,
    Só saia quando eu mandar.
    (...)
    Íntegra em: http://marcohaurelio.blogspot.com/2011/03/antonio-teodoro-dos-santos-1916-1981.html

    Fonte: fotolog.terra.com.br/marcohaurelio

    [Cultura na Rede] Literatura de Cordel na Internet

    Os admiradores da tradicional literatura de cordel agora têm mais um recurso ao alcance de um clique – o site Cordel: Literatura Popular em Versos.

    Cordel [Cultura na Rede] Literatura de Cordel na Internet Cordel - Literatura Popular em Verso

    No portal, é possível encontrar mais de 9.000 folhetos catalogados – todos da extensa coleção de Leandro Gomes de Barros-, dos quais quase 2.500 foram digitalizados e podem ser lidos online. Além disso, o site disponibiliza aos usuários as biografias de poetas e cantadores e um “dicionário do cordel”.

    No site, as obras dos poetas estão divididas em duas gerações – a primeira correspondendo aos pioneiros do cordel, nascidos na segunda metade do século XIX, e aqueles que ingressaram na literatura de cordel depois que a produção e distribuição dos folhetos já estava estabelecida.

    Luciano Joaquim [Cultura na Rede] Literatura de Cordel na Internet

    Fonte: falacultura.com